segunda-feira, 30 de outubro de 2017

OS DEZ VERSÍCULOS MAIS POPULARES DA BÍBLIA

Estudo conduzido alguns anos atrás pela Bible Gateway, organização exclusivamente voltada para assuntos relacionados com a Bíblia, indicou, com base em 8 milhões de acessos feitos ao seu site, quais são são os dez versículos bíblicos mais populares:


1º      João capítulo 3, versículo 16

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.


2º      Jeremias capítulo 29, versículo 11
Eu sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.

3º       Romanos capítulo 8, versículo 28
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

4º       Filipenses capítulo 4, versículo 13                                 Tudo posso Naquele que me fortalece.

5º      Gênesis capítulo 1, versículo 1                                         No princípio criou Deus os céus e a terra. 

6º      Provérbios capítulo 3, versículo 6                                    Reconhece o SENHOR nos teus caminhos e Ele endireitará as tuas veredas.


7º      Provérbios capítulo 3, versículo 5

Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.

8º      Romanos capítulo 12, versículo 2

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.


9º      Filipenses capítulo 4, versículo 6

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições pela oração e pela súplica, com ações de graças.


10º    Mateus capítulo 28, versículo 19

Indo, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.



O estudo ainda mostrou que esses versículos formam como que um panorama do trabalho de Deus neste mundo: Ele criou tudo (5º colocado) e provou seu amor por nós ao mandar Jesus para morrer em nosso lugar (1º). Portanto, Ele só quer o nosso bem (3º). 

Ele tem um plano para nossas vidas (2º), nos dá a força necessária para enfrentarmos as lutas diárias (4º) e nos chama para confiar Nele (7º e 6º), para que possamos acalmar nossas ansiedades (9º). 

Pede ainda que mudemos as nossas vidas, não fazendo como faz a sociedade em geral (8º). Finalmente, pede que divulguemos as Boas Novas que Jesus trouxe para todos (10º). 


É interessante ainda observar que não há nenhuma referencia ao pecado nos primeiros colocados da lista - o primeiro versículo a tratar desse assunto está em 19º lugar (1 João capítulo 1, versículo 9). E há uma contradição aí, pois o papel de Jesus é reconhecido no 1º lugar, mas a razão para ter sido necessário o seu sacrifício na cruz – o pecado do ser humano – não é algo com que as pessoas se preocupem tanto assim. 

Outro aspecto a comentar, é a necessidade que as  pessoas têm de se certificar das promessas de Deus - seis dentre os dez versículos mais populares (2º, 3º, 4º, 6º, 7º e 9º), têm essa característica.

Finalmente, não foi surpresa para ninguém que o versículo mais procurado seja João 3:16. Mas, o segundo colocado, Jeremias 29:11, pode ser considerado uma surpresa, pois todos esperavam que esse lugar fosse ocupado por Romanos 8:28, que ficou no terceiro lugar. Outras surpresas foram os versículos de Provérbios entre os dez primeiros, no 6º e 7º lugares. 

PS A segunda parte do versículo 2 de Gênesis capítulo 2 - “... se tu uma benção”, o texto preferido por meu saudoso pai, não entrou na lista nem dos vinte mais populares. Não faz mal, esse versículo continua em 1º no meu coração.

Com carinho

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

CONHECEMOS O VERDADEIRO TEXTO DA BÍBLIA?


Será que conhecemos o verdadeiro texto da Bíblia. Aquele que foi escrito milhares de anos atrás e tem autoridade por ter sido inspirado por Deus? Pretendo esclarecer essas dúvidas no texto abaixo.

A Bíblia é composta de duas partes. O Velho Testamento foi escrito mais ou menos entre 1.450 AC (Antes de Cristo) e 400 AC, ou seja ao longo de quase mil anos. Já o Novo Testamento foi todo escrito na segunda metade do século I DC (Depois de Cristo), ou seja cerca de 50 anos. 

Evidentemente não dispomos dos originais desses textos pelo grande tempo que decorreu desde que foram escritos. O que temos são cópias, de cópias, de cópias. Para o Velho Testamento, as cópias mais antigas que temos datam do sec I AC (os manuscritos de Quram) e, para o Novo Testamento, do sec II DC (apenas fragmentos) e IV DC (texto completo).

Por causa da longa história do texto bíblico, muita gente tem dúvida quanto à autenticidade do texto bíblico hoje disponível. Seria ele fiel ao que foi escrito milhares de anos atrás pelos autores da Bíblia? 

A resposta para essa questão é fundamental pois o cristianismo defende que a Bíblia é a Palavra de Deus e, como tal, ela tem autoridade única, pois é a nossa regra de fé. Simples assim.

Agora, se o texto hoje disponível for diferente do original, essa autoridade ficou perdida. Aí a Bíblia não seria diferente de qualquer outro livro. Portanto, é fundamental termos certeza que o texto hoje disponível é fiel ao original.

Argumentos a favor da fidelidade do texto existente
Felizmente, há muitos argumentos fortes para nos dar tranquilidade quanto a essa questão: Você pode ter certeza que a Bíblia que tem nas suas mãos é fiel ao texto original e, portanto, sua Bíblia tem autoridade sim. 

O primeiro argumento forte a favor da fidelidade do texto bíblico é que todo cuidado foi tomado pelos copistas no processo de fazer cópias dos vários livros da Bíblia. Afinal, esses textos eram considerados sagrados.

Cópias de livros da Bíblia feitas em épocas diferentes, ao serem comparadas entre si, permitem aos/às estudiosos/as verificarem o grau de “contaminação” que o processo de cópia gerou ao longo dos séculos. 

Por exemplo, quando os Manuscritos do Mar Morto foram encontrados, estavam incluídos nesse achado cópias de quase todos os livros do Velho Testamento. E o mais importante é que essas cópias dos textos bíblicos eram vários séculos mais velhas do que aquelas disponíveis até então. 

Ora, quando os/as estudiosos/as compararam as cópias encontradas no Mar Morto com aquelas até então disponíveis, deram-se conta que as diferenças eram mínimas - uma letra aqui, uma palavra ali, mas nada de importante -, comprovando que a fidelidade dos textos originais foi preservada.

O segundo argumento a favor da fidelidade do texto bíblico atual leva em conta que, por serem muito populares, há mais cópias dos diferentes livros da Bíblia do que de qualquer outro texto antigo. Por exemplo, temos cerca de 24.000 manuscritos antigos, com o texto total ou parcial do Novo Testamento. Em comparação, existem apenas sete manuscritos antigos dos escritos do grande filósofo grego Aristóteles. 

Se os/as estudiosos/as consideram fiéis os escritos de Aristóteles e de outros escritores da antiguidade, com base em poucos manuscritos, com muito mais razão podem assumir a fidelidade dos textos bíblicos.

Por que o número de cópias antigas é importante para garantir a fidelidade de um texto? Simples, se alguém quisesse distorcer propositadamente determinada parte do texto da Bíblia, conseguiria ter influência apenas sobre uma “família” de cópias, aquelas feitas a partir da adulteração do texto original. Mas, esses corruptores do texto não teriam como influenciar outras “famílias” de cópias, não corrompidas.

Assim, por simples comparação entre os textos de “famílias” diferentes de cópias é possível identificar e avaliar distorções nos textos. 

A história que os 24.000 manuscritos existentes do Novo Testamento conta é que muito grande as divergências entre diferentes famílias é pequena. E elas não tratam de aspectos essenciais da fé. Mesmo assim as traduções da Bíblia de boa qualidade hoje publicadas tomam o cuidado de indicar os pontos de divergência entre as várias famílias de manuscritos colocando o texto em dúvida entre colchetes ou fazendo referência a notas de rodapé.

Posso garantir para você que nenhum texto antigo foi tão verificado como a Bíblia, inclusive por estudiosos/as não cristãos/ãs, cuja maior satisfação teria sido justamente abalar as estruturas do cristianismo. E os textos bíblicos passaram com louvor por todos os testes. 

Resolvida a dúvida quanto à fidelidade das cópias, ainda resta outra questão: Será que a Bíblia contem todos os textos que deveria ter? Afinal, sabemos que há textos que ficaram de fora tanto do Velho como do Novo Testamento.

Como o Velho Testamento chegou até nós
O Velho Testamento foi escrito ao longo de cerca de mil anos. A maioria dos livros (como o Pentateuco, ou seja, os cinco primeiros livros atribuídos a Moisés) já era considerada canônica (parte da Bíblia) no tempo de Jesus. E esses textos foram referenciados em pregações e discussões teológicas tanto por Jesus como pelos seus principais seguidores. 

Poucos livros, como Cantares de Salomão, ainda não tinham sido amplamente aceitos como canônicos na época de Jesus. E eles foram objeto das discussões por um grupo de rabinos, por volta do ano 70 DC, ou seja, cerca de 40 anos depois da morte de Jesus.

Jerusalém e seu templo tinham sido destruídos pelos Romanos, evento que abalou as fundações da religião judaica. Por causa disso, um punhado de rabinos escondeu-se na pequena cidade de Jamnia onde fundaram uma academia para dar continuidade aos ensinamentos do judaísmo, em risco por causa da destruição do Templo de Jerusalém, o centro da fé judaica até então. 

E, dentre as tarefas desse grupo de rabino, estava definir, de uma vez por todas, se certos livros deveriam ser considerados canônicos. O processo foi concluído cerca de 20 anos depois, quando livros como Cantares foram confirmados e outros, como 1 e 2 Macabeus, Eclesiástico (Ben Sira), Tobias, Baruc/2 Esdras e Judite, deixados de fora.

Aqui vale uma alerta: Quando conto isso não estou querendo dizer que seres humanos tomaram esse tipo de decisão por conta própria. Como a Bíblia é um texto inspirado por Deus, entendemos também que as pessoas que participaram desse processo - no caso do Velho Testamento, os rabinos da academia em Jamnia - foram inspirados pelo Espírito Santo a tomarem a decisão certa. E o mesmo aconteceu com o Novo Testamento. 

O conjunto de textos produto dessas discussões é aquele usado até hoje pelos judeus e foi o mesmo que Martinho Lutero, no início do séc XVI, usou como referencia para traduzir o Velho Testamento para o alemão. 

Lutero entendeu que o povo judeu era o guardião das tradições bíblicas do Velho Testamento e, portanto, deveria seguir o mesmo conjunto de textos adotado por eles. As denominações protestantes (evangélicas), a seguir, adotaram o mesmo princípio.

Já os católicos chegaram ao texto do Velho Testamento por caminho um pouco diferente e, por isso, a lista de livros que essa igreja aceita para o Velho Testamento é diferente, incluindo aqueles livros excluídos pelos rabinos judeus de Jamnia. 

Eu não tenho espaço a causa dessa diferença, e muito menos para argumentar pró e contra essa ou aquela posição, mas acho que a decisão de Lutero - aceitar o texto usado pelos judeus - foi correta. De qualquer forma, os livros que geram essa discórdia em nada modificam as teses básicas do cristianismo.

Como o Novo Testamento chegou até nós
O Novo Testamento teve uma história mais simples, pois é muito mais recente e foi escrito em apenas 50 anos, na segunda metade do sec I da nossa era, ou seja, no máximo 70 anos depois da morte de Jesus. 

É verdade que outros textos competiam pela honra de serem considerados canônicos, além daqueles que hoje compõem o Novo Testamento. E isso gerou algumas controvérsias.

Alguns textos como os quatro Evangelhos que adotamos (Mateus, Marcos, Lucas e João), Atos dos Apóstolos e as cartas de Paulos foram rapidamente aceitos pela comunidade cristã como inspirados por Deus. Praticamente nunca houve dúvida quanto a esses textos serem partes da Bíblia.

Uns poucos textos - como o Apocalipse - tiveram um processo de adoção um pouco mais difícil, mas acabaram sendo incluídos no Novo Testamento.

A lista definitiva de textos acabou sendo oficializada em alguns Concílios da Igreja cristã, ao longo do século IV, ou seja, apenas 300 anos depois de terem sido escritos. 

No caso do Novo Testamento, não há divergência entre o que pensam católicos e protestante (evangélicos), pois o conjunto de textos aceitos é o mesmo. 

Comentário final
Acredito que os livros contidos na Bíblia são aqueles que ali deveriam estar e também que conhecemos os seus textos originais com fidelidade.

Isto quer dizer que nenhuma parte da Bíblia pode ser eliminada e nada pode ser acrescentado ali. O Cânone está fechado e assim ficará até a consumação dos tempos. Amém.

Com carinho

domingo, 22 de outubro de 2017

PROFECIA OU PROFETADA?

As pessoas estavam reunidas numa roda de oração ao final de um estudo bíblico, num sábado à noite, e pediam a proteção de Deus para suas vidas. Foi aí que a esposa de um pastor pediu a palavra e disse: “O Senhor me faz saber que o Vinicius não deve viajar mais de avião porque ele está sujeito a passar por um desastre.” Todos (menos eu) deram glórias a Deus pelo aviso e a oração continuou. 

Ora, eu viajava de avião todas as semanas a trabalho e a tal “profecia” me colocava numa situação difícil: ou bem eu continuava a voar ou bem precisaria mudar de emprego. 

Felizmente tive a tranquilidade de raciocinar da seguinte forma: Se a mensagem tivesse vindo de Deus, eu poderia pedir uma confirmação (esse procedimento é bíblico). E até receber tal confirmação, continuaria a tocar a minha vida normalmente. A confirmação nunca veio, eu continuei a viajar de avião e não sofri qualquer acidente.

Esse tipo de coisa é muito comum nas igrejas evangélicas nos dias de hoje. As pessoas falam coisas, atribuindo-as a Deus (profecias), sem ter base para isso. E essas “profetadas” acabam atrapalhando a vida espiritual e material das outras pessoas (como poderia ter acontecido comigo).

Certa feita, num domingo antes do Carnaval, o bispo de uma denominação evangélica no Rio de Janeiro disse de púlpito que o Senhor tinha lhe revelado que uma grande escola de samba não iria conseguir desfilar naquele ano. Grandes aplausos e muitas aleluias foram ouvidos na igreja naquele domingo. 

Veio o Carnaval e nada disso aconteceu. E no domingo depois do Carnaval, fui à mesma igreja curioso para saber o que o bispo iria dizer. Para minha surpresa, ele ignorou o assunto - foi como se ela nada tivesse falado de púlpito. Decepcionado, nunca mais acreditei nas palavras daquele "profeta".

Felizmente eu pude superar casos como os que relatei acima sem perder minha fé, mas já vi profetadas afetarem muitos/as cristãos/ãs. Por exemplo, lembro do caso de uma senhora que tinha sido abandonada pelo marido e que recebeu o "aviso" de que ele iria voltar, coisa que nunca aconteceu. E ela perdeu inteiramente sua fé. Recordo também do caso da esposa de um pastor que foi considerada “curada” de um câncer, sem precisar tomar remédios, e morreu seis meses depois, amargurada. 

Os falsos profetas 
A Bíblia diz que há o dom de profecia (1 Coríntios capítulo 12, versículos 1 a 11). Portanto, eu acredito que profecias possam ser dadas por Deus a determinadas pessoas e elas precisam ser transmitidas a quem de direito. 

Mas o próprio Jesus alertou que existem falsos profetas (Mateus capítulo 24, versículo 24). E falso profeta é todo aquele que não tem 100% de acerto naquilo que afirma usando o nome de Deus. Não vale 99,99% de acerto, precisa ser sempre 100%. Afinal, se a revelação veio mesmo de Deus e a pessoa disse exatamente aquilo que recebeu, isto é, não acrescentou nada por sua conta, o acerto será sempre total. Simples assim.

Na maioria dos casos, os/as falsos/as profetas não fazem profetadas por maldade: eles/as se entusiasmam com alguns acertos eventuais e confundem seus pensamentos próprios com mensagens de Deus. E muitas vezes não é causado nenhum dano – exceto o pecado que cometem ao tomar o nome de Deus em vão. 

Mas, em outros casos, o resultado pode ser desastroso: Imagine que eu tivesse ficado apavorado, por conta da profetada da qual fui alvo, e tivesse mudado de emprego para parar de viajar?

Por isso, falsos/as profetas, mesmo aqueles/as bem intencionados/as, são muito perigosos/as, a ponto de terem sido motivo de uma advertência feita por Jesus. 

Para que servem as profecias?
Elas servem para que Deus revele sua vontade para seu povo. Não são destinadas a falar o que vai acontecer no futuro (embora isso possa estar embutido no meio de uma profecia) e muito menos para gerar ganhos materiais e vantagens pessoais para o/a profeta ou para quem recebe a mensagem de Deus. 

E, na maioria das vezes, as mensagens de Deus desagradam as pessoas poderosas e bem de vida e tanto é assim que quase todos os profetas da Bíblia foram perseguidos. 

As profecias podem ser coletivas. Por exemplo, uma mensagem de Deus para uma igreja comentando que ali falta amor ao próximo. Esse tipo de mensagem é pouco comum hoje em dia, embora seja o tipo de manifestação de Deus mais comum no relato bíblico. 

Existem também profecias dirigidas a pessoas específicas – por exemplo, Deus mandou o profeta Isaías dizer ao rei Ezequias que ele iria morrer (2 Reis capítulo 20, versículos de 1 a 11). 

Esse tipo de profecia é menos comum no relato bíblico, mas quase todas as mensagens transmitidas hoje em dia, como sendo profecias, são desse tipo. 

Só por isso já da para perceber que as práticas atuais no meio evangélico, em relação às profecias, não são as melhores. 

Avaliando as profecias 
Quando você ouvir de alguém a expressão “o Senhor me faz saber que...” tome cuidado. Se o que foi transmitido para você fizer eco no seu coração, peça a Deus que confirme e que a confirmação venha de outra forma, para você ter segurança. 

Analise também o conteúdo da profecia, pois Deus nada vai dizer que contrarie a Bíblia, que é a sua Palavra. Afinal, Deus não se contradiz. 

Verifique ainda se não há alguma vantagem embutida para quem está profetizando. Se o/a tal profeta não vai ganhar qualquer vantagem pessoal com a mensagem transmitida.

Finalmente, não se deixe abalar ao ver esse tipo de abuso acontecer em torno de você. Afinal, Deus não é responsável pelo mau uso que possam vir a fazer do nome d´Ele e existe até uma mandamento contra isto (não tomar o nome de Deus em vão). 

Profetadas são frutos de erros humanos e os que têm tal desvio de conduta vão responder com muita severidade pelos eventuais danos que vierem a causar. Pode ter certeza disto.

Com carinho

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

QUEM É O ÍMPIO

Quem é a pessoa ímpia? Hoje em dia existe um pensamento nas igrejas evangélicas que entende ser impio/a aquele/a que não frequenta uma igreja. Quem não congrega.

Mas esse não é o ensinamento da Bíblia. Segundo o texto bíblico, impiedade é uma coisa bem diferente e tem muita gente ímpia que não sabe disso. 

Esse é o tema que a pastora Carol e a Alícia discutem no seu mais novo vídeo - veja aqui.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O FOGO ACESO DENTRO DE NÓS

Todo/a cristão/ã tem um "fogo" aceso dentro de si. E a força desse fogo tem a ver com o tipo de relacionamento que a pessoa tem com Deus. 

Tem gente que cuida desse fogo diariamente, coletando lenha e amontoando-a, para alimentar as chamas, sempre preocupadas em que o fogo nunca se apague. 

Mas também tem gente, que trata esse fogo como se fosse a chama do fogão - acende quando quer e apaga quando acha que não precisa dela. E isso não é nada bom.

Esse é o tema do novo vídeo do Rogers: O fogo que existe dentro de todos/as nós - veja aqui.

sábado, 14 de outubro de 2017

EXISTE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA?


Você já deve ter ouvido falar muito de maldição hereditária (ou maldição de família ou pecado de geração). Trata-se de assunto muito popular no meio evangélico.

Quem acredita nisso defende que certas pessoas estão sujeitas à maldição por terem nascido em determinada família. A origem da maldição seriam pecados dos antepassados - palavras indevidas proferidas por eles, bens "contaminados" que passaram de pai para filho, etc.

Esse tipo de problema, segundo tal tipo de pensamento, geraria consequências terríveis para sucessivas gerações, sendo os descendentes de tais famílias acometidos por doenças (como alcoolismo ou câncer), tendo maior propensão ao adultério, correndo maior risco de acidentes, etc. 

Essas consequências terríveis seriam causadas por demônios que atuariam junto àquela família ao longo do tempo. Ficam como "agarrados" ao dia-a-dia daquele grupo social, fazendo tudo para trazer a desgraça para aquelas pessoas.

E acabou sendo desenvolvido, no meio evangélico, todo um conjunto de práticas para combater a maldição hereditária, que vão de cursos e seminários para formação de especialistas em quebrar tal tipo de maldição, até cultos de libertação e outras ações pastorais específicas para esse assunto. Essas práticas acabam atraindo grande interesse do público evangélico porque a crença na maldição hereditária é muito difundida.

Existe justificativa bíblica para a maldição hereditária?
O conceito de maldição hereditária foi desenvolvido no final da década de setenta por líderes pentecostais norte-americanos. No Brasil, esse tipo de teologia encontrou terreno fértil, como forma de combater as religiões de origem africana e o espiritismo, bastante populares entre nós. E, infelizmente, esse movimento tem feito mal a muitas pessoas, como mostrarei adiante. 

Antes de ir adiante, é preciso ver o que a Bíblia fala a esse respeito. O texto básico usado por quem acredita na maldição hereditária é Êxodo capítulo 20, versículo 5, onde está dito que Deus "visita" a iniquidade feita pelos pais, nos/as filhos/as, até a quarta geração. 

De acordo com essa linha de pensamento, os pecados dos pais podem gerar maldições hereditárias transferidas para seus descendentes. E como os descendentes, muitas vezes, acabam por pecar da mesma forma, a maldição vai se perpetuando indefinidamente, até ser quebrada. 

Outro texto usado para defender essa ideia é Romanos capítulo 5, versículo 12, onde Paulo fala que todos os seres humanos sofrem consequências por causa do pecado de Adão, o primeiro homem. Ora, se há uma maldição hereditária, gerada por Adão, podem existir outras maldições da mesma natureza.

Quando a maldição hereditária é diagnosticada, diz essa doutrina, torna-se necessário fazer algumas coisas para quebrar o ciclo negativo: por exemplo, a expulsão de demônios, o descarte de bens "contaminados", pedidos de perdão em nome dos antepassados, etc.

Felizmente, não há embasamento bíblico para essas conclusões todas. Em primeiro lugar, porque o texto do Êxodo acima citado se refere às consequências do pecado sendo sentidas pelas gerações posteriores e não de uma maldição. 

Por exemplo, filhos de pais alcoólatras podem sofrer de abusos, mal tratos, etc, o que contribui para que eles, por sua vez, também se tornem pessoas desequilibradas e possam vir a abusar dos seus próprios filhos/as, ou vir a ter problemas de saúde. Não se trata de uma maldição em funcionamento e sim da propagação das consequências dos pecados passados. 

Da mesma forma, que a grande chaga da escravidão ainda gera desigualdades sociais no Brasil dos dias de hoje. Os/as negros/as nunca tiveram as mesmas oportunidades que as pessoas brancas e isso se reflete em condições de vida piores, menor expectativa de vida, maior índice de criminalidade, etc. 

Em segundo lugar, a Bíblia nos diz que o/a filho/a nunca reparte a culpa com o/a pai/mãe e vice versa (Ezequiel capítulo 18, versículo 20). Cada pessoal é responsável pelos pecados que comete, inclusive perante a justiça dos homens. E é interessante observar que quando alguém usou o ditado popular “os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotaram”, Deus respondeu que esse provérbio não deveria nunca ser usado (Ezequiel capítulo 18, versículos 2 a 4). 

A terceira razão para não existir maldição hereditária toma por base o mesmo texto de Romanos acima citado. Nele, Paulo disse que o sacrifício de Jesus acabou com as consequências do pecado de Adão. Se Paulo estava mesmo falando de maldição hereditária, o que é muito questionado, tal problema acabou 2.000 anos atrás, com a crucificação de Jesus. 

E Paulo ainda falou que Jesus levou sobre si os nossos pecados e maldições e, por conta de suas feridas, fomos sarados/as. 

A última razão para justificar que não existe esse tipo de maldição é o fato que a maldição bíblica nada tem a ver com pragas, “olho gordo”, etc, coisas comuns no pensamento brasileiro. A maldição bíblica decorre do pecado da própria pessoa - em outras palavras, é ela que causa o problema para si mesma. Ora, sendo assim, não há qualquer sentido que filhos/as paguem por algo que os pais teriam feito. 

Consequências ruins dessa doutrina errada 
Na prática, costumam ocorrer três tipos de problemas para quem acredita em maldição hereditária. O primeiro deles é o excesso de diagnósticos de maldições – acabam sendo tantas as “ocorrências”, que as pessoas acabam fragilizadas e inseguras. 

O segundo problema é que, na ânsia de quebrar a maldição, as pessoas acabam sendo aconselhadas a fazer o que não deveriam, como difamar o nome dos antepassados, coagir familiares a confessar coisas sem sentido, descartar bens de valor, etc. 

O terceiro problema tem a ver com o fato que os/as líderes cristãos/ãs que acreditam no conceito de maldição hereditária não concordam muito entre si quanto ao que deve ser feito para superá-la - basta ler os livros falando sobre esse tema, para ter comprovação do que acabei de falar. Por causa disso, as pessoas que acreditam nisso acabam ficando muito confusas. 

Conclusão
Não existe a tal maldição hereditária - esse é um conceito desenvolvido recentemente que não tem respaldo bíblico. Esse desenvolvimento teológico nasceu na segunda metade do século passado e ganhou força por conta da sua novidade. 

Certamente que há pessoas sinceras defendendo essas idéias e eu mesmo conheço algumas delas. Mas um erro sincero, não deixa de ser um erro e pode causar prejuízos. Simples assim

Com carinho

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

CRISTÃOS FICAM TRISTES?

A tristeza é parte da vida - há momentos em que ficamos tristes e outros em que estamos alegres. Isso é normal.

Mas há uma percepção errada, dentro das igrejas, que cristãos/ãs verdadeiros/as não ficam tristes. Portanto, se alguém está triste é porque há algo errado com a vida espiritual dela. Isso é um grande erro e que pode causar muitos problemas.

No seu mais novo vídeo, a pastora Carol e a Alícia discutem justamente esses temas - veja aqui.

Para outros vídeos da pastora Carol, visite o canal dela aqui .