terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

OLHANDO COM "OLHOS DE VER"

Podemos aprender sobre Deus de várias formas: estudando a Bíblia sozinho/a, frequentando cursos, ouvindo pregações e assim por diante. Mas há uma forma de aprender que pouca gente usa: olhar para o mundo com "olhos de ver", ou seja, procurar encontrar nele as "impressões digitais" de Deus. 

Eu me explico. Como Deus criou tudo, a própria maneira como as coisas são organizadas no mundo fornece pistas concretas de como a mente de Deus funciona e quais são seus planos para a humanidade. Mas somente conseguimos perceber isso, quando olhamos para as coisas que nos cercam com "olhos de ver". Quando prestamos atenção não somente na aparência externa das coisas, mas também procurarmos entender seu significado e razão para existir.

Vou dar um exemplo. Somos criaturas que precisam de nutrientes externos para nos mantermos vivos. Agora, Deus poderia ter-nos criado para poder adquirir tais nutrientes de outra forma que não comendo - as plantas, por exemplo, não precisam comer e conseguem seu alimento via fotossíntese.

Portanto, se precisamos comer, há um propósito nessa escolha que Deus fez para nós. Com efeito, encontrar comida e torná-la disponível para consumo são atos que estão na base da organização e desenvolvimento da sociedade humana. 

Por causa dessa necessidade, foram desenvolvidas a agricultura e a pecuária, os meios de transporte, as indústrias para processar alimentos e os armazéns para guardá-los. E as coisas não terminam aí, pois ainda é preciso lembrar da necessidade de fazer a preparação final dos alimentos (cozinhar) e ter um lugar para seu consumo. Daí surgiram mais indústrias (como a de geladeiras e fogões) e serviços (como lanchonetes e restaurantes e entrega de refeições prontas). 

E não podemos esquecer que as atividades relacionadas com comer geraram hábitos sociais importantes, como as refeições em família ou com amigos.

Imaginem como nosso mundo seria diferente se os seres humanos se alimentassem simplesmente via fotossíntese. Portanto, quando Deus nos criou precisando de comida, havia um propósito por trás e isso fica claro na estrutura da sociedade humana. 

O ato de comer e trocar experiências em torno de uma mesa, tornou-se fundamental para a nossa sociedade e não foi por acaso que Jesus estabeleceu um sacramento (a Santa Ceia), onde os cristãos devem comer pão e vinho em memória do seu sacrifício, tudo isso baseado numa refeição.

Se não olharmos para o mundo com "olhos de ver", não perceberemos que o simples ato de comer moldou toda a sociedade humana e que a existência dessa necessidade revela um plano de Deus para nós. Eu diria que essa necessidade estabelece que Deus nos quer vivendo em comunhão, dependendo uns dos outros e ajudando uns aos outros. 

Existem muitas outras coisas similares a essa, que indicam o que Deus pensa e quer. E vou citar mais um exemplo apenas para comprovar o que acabei de dizer. 

Reflita por um momento comigo: por que a reprodução humana é feita através do sexo? Ora, muitos organismos se reproduzem por simples divisão celular, na chamada "reprodução assexuada". Portanto, se Deus decidiu que o sexo iria ser parte da vida humana, Ele tinha uma razão importante para isso. E não é por acaso que o sexo tem impacto tão gigantesco na sociedade. 

Concluindo, os planos de Deus são muito mais complexos do que percebemos com um olhar superficial, isso é quando passamos pelo mundo "sem olhos de ver". E é por viverem assim, sem procurar prestar mais atenção na forma como as coisas estão organizadas, que muitos seres humanos não conseguem perceber a existência de Deus, ou, se acreditam na sua existência, lhe dão pouca importância, vivendo como se Deus não existisse (veja mais). 

Deus está presente em todos os lugares, mas há mais n´Ele do que isso. Muito mais. Seus planos e decisões moldam a forma como vivemos e acabam por definir como a sociedade humana funciona. Por isso é lícito dizer que somos muito mais dependentes de Deus do que percebemos. 

E se não entendermos isso, Deus nunca vai assumir a importância que merece ter em nossas vidas. Somente a compreensão dessa verdade super importante vai nos fazer viver de fato o mandamento de colocar Deus em primeiro lugar, acima de qualquer outra coisa. Simples assim.

Com carinho

domingo, 25 de fevereiro de 2018

QUEM É DEUS?

Quem é Deus? Essa é uma pergunta de grande importância, pois precisamos conhecer bem esse Ser, de quem dependemos totalmente para nossa existência. Afinal, não é possível se relacionar bem com alguém que não se conhece, com alguém de quem nada se sabe.

Deus é muitas coisas - são inúmeras as características e qualidades que a Bíblia atribui a Ele. E seria quase impossível falar delas todas num único vídeo, com cerca de 5 minutos apenas. Por isso escolhi alguns aspectos que entendo serem especialmente importantes e tratei deles no meu mais novo vídeo - veja aqui

Vejas outros vídeos recentes meus aqui e aqui.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

PRISCILA E ÁQUILA: CONSTRUTORES DE IGREJAS

Prisca (ou Priscila, no diminutivo) e Áquila formaram o casal mais famoso do início da história da igreja cristã. Hospedaram o apóstolo Paulo em Corinto (Atos dos Apóstolos capítulo 18, versículos 2 e 3) e dirigiram igrejas em Éfeso (1 Coríntios capítulo 16, versículo 19) e em Roma (Romanos capítulo 16, versículos 3 a 5).

Curiosamente, das seis vezes em que o casal é citado na Bíblia, em quatro delas o nome de Priscila aparece antes do nome do marido, comprovando que a esposa era a personalidade mais importante do casal - na época em que o Novo Testamento foi escrito, as pessoas costumavam ser citas em ordem de importância.

Áquila (águia, no latim) era um judeu originário do Ponto (cidade do sul do mar Negro) que emigrou para Roma, onde sua profissão (fabricante de tendas) era muito requisitada. E foi essa profissão que garantiu ao casal uma vida confortável. 

Priscila e Áquila converteram-se ao cristianismo e foram expulsos de Roma, juntamente com outros/as cristãos/ãs, por causa de um decreto do imperador Cláudio, provavelmente no ano de 41 da nossa era (Atos capítulo 18, versículo 2). A alegação do imperador romano para cometer essa arbitrariedade foi que a comunidade cristã perturbava a ordem pública.

O casal acabou se estabelecendo em Corinto, onde anos depois encontrou Paulo, que chegou nessa cidade por volta do ano 50. A profissão comum (Paulo também fabricava tendas) deve tê-los aproximado e os três passaram a trabalhar juntos na residência de Priscila e Áquila. 

Só quando Silas e Timóteo juntaram-se a Paulo, trazendo consigo uma doação em dinheiro (Filipenses capítulo 4, versículo 1 e 2 Coríntios capítulo 11, versículos 8 e 9), foi que Paulo pode dedicar-se em tempo integral à pregação do Evangelho de Jesus Cristo, deixando de precisar da ajuda de Priscila e Áquila.

Esse casal teve papel muito importante na formação da igreja cristã em Corinto. Mais adiante, demonstrando grande coragem e compromisso com a obra de Deus, o casal deixou sua clientela em Corinto, formada ao longo de 10 anos, e foi para Éfeso, acompanhando Paulo. E ali eles ficaram para preparar a volta do apóstolo, que só ocorreu vários anos depois, quando da terceira viagem missionária de Paulo. Essa atitude, por si só, justifica o reconhecimento que Paulo sempre tributou ao casal. 

Logo depois, Priscila e Áquila foram para Roma e não é por acaso que Paulo também desejava ir até lá - mais uma vez o casal foi parte do grupo de apoio ao ministério do apóstolo (Romanos capítulo 1, versículos 10 a 13 e capítulo 15, versículo 24). 

Não sabemos quanto tempo eles permaneceram em Roma, já que depois são citados no texto bíblico como estando novamente em Éfeso (2 Timóteo capítulo 4, versículo 19). Acredito que, por causa da prisão de Paulo, em Roma, o apóstolo ficou impedido de viajar para apoiar a igreja em Éfeso e pediu para o casal fazer isso, em seu nome.

Priscila e Áquila são exemplos de trabalhadores/as na obra de Deus. Primeiro, por sua dedicação e fidelidade, não se cansando de abrir portas para o apóstolo Paulo, como também pastoreando o rebanho que foi se formando nos locais onde o casal veio a morar. 

Depois, porque deram exemplo de como trabalhar em conjunto na obra de Deus. Marido e mulher atuaram lado a lado, sem vaidades, apoiando-se mutuamente e a quem mais precisasse deles. 

Agora, é especialmente interessante perceber que, naquele casal, a mulher era mais importante na obra de Deus do que o marido, coisa que fugia completamente do padrão daquela época, quando as mulheres sempre ocupavam lugar de menor destaque na sociedade. 

Esse fato demonstra com clareza que as mulheres têm, na obra de Deus, a mesma importância que os homens, pois Deus não faz distinção de gênero para esse efeito. Ele usa quem desejar e da forma que quiser, seja homem ou mulher, desse ou daquele grupo étnico, de maior ou menor projeção social. 

Acho que o exemplo de Priscila e Áquila traz um grande ensinamento, infelizmente desprezado por muitos líderes religiosos cristãos que defendem a "reserva de mercado" de certos papéis na igreja exclusivamente para os homens. Por isso há denominações cristãs que não ordenam mulheres como sacerdotes (pastores ou padres) e/ou não permitem que mulheres ensinem nas igrejas. 

E ao procederem assim, essas denominações exclusivistas desperdiçam dons espirituais extraordinárias (como os de Priscila), que o Espírito Santo costuma derramar sobre as mulheres. Uma pena.

Com carinho

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A "NOVA SOLIDÃO" E SEU REMÉDIO

Estudos conduzidos em diversos países têm demonstrado que as pessoas se sentem cada vez mais solitárias - é o que os especialistas estão chamando de "nova solidão". E esse problema vem gerando todo tipo de consequência ruim, como o aumento do uso de drogas, apatia e até suicídio. 

O que é a nova solidão
As mídias sociais - Facebook, Twitter, Instagram e outras - estão mudando a forma como as pessoas se relacionam: a conversa "olho no olho" está sendo trocada pela "conexão" via rede social (mensagens, comentários, etc). 

As pessoas, conscientemente ou não, estão confundindo cada vez mais amizades verdadeiras com meros laços (conexões) que estabelecem via redes sociais - como esses laços são apelidados de "amizade" nas redes sociais, essa ilusão só faz aumentar.

As pessoas passaram a colecionar "amigos/as" como antigamente eu colecionava selos - quanto mais melhor. Algumas chegam a ter centenas de amigos/as no Facebook, enquanto não tem ninguém com quem abrir seu coração e dividir seus problemas e dificuldades. 

Há até quem confunda tanto essas coisas que, quando sua proposta de "amizade" no Facebook não é aceita, sentem-se ofendidas - tempos atrás recebi um email de uma pessoa reclamando sobre isso.

"Conversas" que realmente ajudam a desenvolver um relacionamento profundo precisam acontecer em tempo real - ou seja, as duas pessoas precisam estar participando ao mesmo tempo - e, de preferência, quando cada lado pode perceber como o outro lado reage ao que está sendo dito. 

Postagens - textos, fotos, etc - colocados em redes sociais não são conversas e nem podem pretender substitui-las. São simplesmente uma troca de informações. Cada pessoa "posta" o que quer e quando quer, e quem acessa, faz isso quando entende ser o melhor momento e somente absorve aquilo que lhe interessa. Não há qualquer tipo de compromisso de parte a parte.

A dinâmica de uma conversa real é bem diferente. Há muito mais interação e apelo muito maior à mente e aos sentimentos. 

Outro problema nas relações via redes sociais é o anonimato. Protegida por ele, muitas pessoas conseguem construir imagens de si mesmas que nada têm a ver com a realidade. Algumas vezes as pessoas criam verdadeiros/as "personagens", que as representam nos contatos, e gastam muitas horas vivendo essa realidade alternativa.

Redes sociais são boas para gerar informações e facilitar os contatos entre pessoas - são imbatíveis nessas funções e daí vem sua grande utilidade. Mas não são boas para aprofundar relacionamentos. Ao contrário, incentivam os relacionamentos rasos e sem substância. 

A nova solidão aparece quando as pessoas acreditam no mito que as redes sociais vão garantir que elas nunca mais se sentirão sozinhas, por estarem sempre conectadas ao mundo. Afinal, as redes sociais não vão lhes proporcionar abraços amigos, ou mesmo dar condições para que alguém lhes enxugue as lágrimas ou venha a velar sobre seu sono.

Por isso a solidão das pessoas é cada vez maior. Elas privilegiam os contatos via redes sociais, onde precisam se expor menos e investir pouco esforço, e acabam com relacionamentos superficiais. Acabam mesmo sozinhas.

Enfrentando a nova solidão
Eu não estou de forma nenhuma recomendando para você deixar as redes sociais de lado. Nada disso. Estou apenas alertando para você aprender a fazer o melhor uso possível delas.

É preciso usar as redes sociais naquilo que elas são imbatíveis, como obter informações, conhecer novas pessoas e retomar contatos perdidos ao longo da vida.

Agora, invista a maior parte do seu tempo nos contatos verdadeiros, face a face. Aqueles contatos onde você terá que se expor mais, mas também onde irá colher recompensas maiores. Invista na sua família e nos/as amigos/as que participam de fato da sua vida.

É por isso que eu, na minha caminhada espiritual, não mantenho apenas esse site. É verdade que falo com muita gente aqui no site e já fiz até algumas amizades. Mas isso não basta. 

Por isso frequento uma igreja, dirijo grupos de estudo presenciais, trabalho em obras sociais, etc. Afinal, nada substitui o calor do contato humano direto.

E é exatamente pela mesma razão que recomendo a você frequentar uma igreja, uma célula de discipulado e outros locais onde você possa conviver de perto com o povo de Deus. Pode ter certeza que é nesses contatos onde você vai crescer espiritualmente de fato.

Com carinho

sábado, 17 de fevereiro de 2018

DEUS FALOU COMIGO

Deus falou comigo. Eu tive essa experiência maravilhosa em janeiro passado, quando admirava o cenário mais bonito que já vi na minha vida, no Jalapão. 

Eu me senti no jardim do Éden, aquele que a Bíblia descreve no livro do Gênesis (capítulo 2, versículos 8 a 20). E naquele momento Deus falou.

E me disse que sua criação, ali exposta diante dos meus olhos, tinha sido feita para mim (assim como foi feita para você também). E Ele fez isso simplesmente porque nos ama. Essa é a única razão.

É essa experiência que quero compartilhar com você no meu mais novo vídeo - veja aqui.

Veja também outros vídeos meus recentes aqui e aqui.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

ANIMAIS PODEM IR PARA O CÉU?

Outro dia uma adolescente me perguntou se animais podem ser salvos, se há um céu esperando por eles. Essa pergunta, aparentemente trivial, é importante porque os animais são muito importantes para várias pessoas: são seus companheiros de vida e fonte de carinho constante. Parte fundamental das suas vidas. Daí porque a ideia de que os seus queridos não tenham a possibilidade de um futuro no céu as deixe tristes, como a amiguinha que me fez a pergunta.

Para responder, é preciso entender, à luz da Bíblia, o que significa ir para o céu ou o inferno. Trata-se de definir como será o relacionamento de cada ser humano com Deus na chamada Vidas Eterna, aquela que irá existir no final dos tempos. O céu corresponde a uma vida junto d´Ele, cheia da felicidade que daí decorre. O inferno é exatamente o contrário disso.

E o caminho de cada pessoa será consequência direta das escolhas que ela tiver feito na sua vida. E quem aceitar Jesus como Salvador será salvo, irá para o céu. Assim, parece correto dizer que não é Deus quem coloca as pessoas no inferno e sim a própria pessoa, mediante suas escolhas.

Logo, só faz sentido falar sobre céu e inferno com quem tenha capacidade para fazer escolhas, ou seja quem disponha de livre arbítrio. Mas somente livre arbítrio não basta: é preciso conhecer a diferença entre o bem e o mal. Uma criança tem capacidade para fazer escolhas, mas não sabe a diferença entre certo e errado e, portanto, não é responsável pelas escolhas que faz.

Em resumo, somente quando existe livre arbítrio e consciência do que é certo faz sentido responsabilizar um ser vivo pelos seus atos - a Bíblia chama as escolhas erradas de pecados. 

Mas somente os seres humanos têm essa capacidade pois foram feitos à imagem e semelhança de Deus (Gênesis capítulo 1, versículo 26). Os animais agem por intinto, pois não têm consciência dos seus atos no sentido que acabei de definir. 

Assim, não faz qualquer sentido dizer que o leão é pecador por matar a zebra - ele faz isso instintivamente porque tem fome e precisa sobreviver. Não há como aplicar o mandamento "não matarás" para ele. Simples assim.

Os animais não tem capacidade para pecar e, portanto, o conceito de céu ou inferno não se aplica a eles. Não faz sentido falar em salvação para um cachorro ou um gato, pelo menos no sentido que a Bíblia dá a esses conceitos. 

Isso não significa que os animais estarão ausentes do céu. Acredito (mas isso é apenas uma opinião) que eles estarão presentes sim, pois fazem parte da criação de Deus. Agora, não sei como isso se dará, pois a Bíblia nada fala a respeito. 

Com carinho       

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

JESUS TEVE IRMÃOS E IRMÃS?

Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lheMateus capítulo 12, versículo 46

A controvérsia sobre a existência de irmãos/irmãs de sangue de Jesus, por parte de Maria, tem dividido o povo cristão há séculos: de um lado, a Igreja Católica e alguns outros grupos afirmam que Jesus não teve irmãos/irmãs de sangue, enquanto, do outro lado, praticamente todos os grupos de protestantes e evangélicos afirmam que Jesus, sim, teve irmãos/ãs de sangue. 

Essa questão é mais do que uma simples curiosidade histórica, pois está no centro da discussão sobre o papel que Maria deve ter na fé cristã. 

Para os católicos, Maria é a mãe de Deus e isso já diz tudo. Portanto, assim como Jesus, ela não teria pecado e foi transladada para os céus, atuando como mediadora entre Deus e os homens - esse conceito está presente na famosa oração "Ave Maria", na parte em que se diz "... rogai por nós pecadores...". 

E a virgindade perpétua de Maria, com a exclusão da possibilidade de ter tido outros filhos/as, é parte importante da doutrina católica relacionada com ela.

Já para os protestantes e evangélicos, Maria foi uma pessoa muito especial - a Bíblia a chama de "abençoada entre as mulheres". E, não foi escolhida para ser mãe de Jesus por acaso. Portanto, ela é digna de toda consideração. 

Mas, seu papel não vai além disso. Para esses grupos de cristãos, Maria é mãe de Jesus, ou seja da manifestação humana (encarnação) do Filho de Deus. Portanto, ela não é mãe de Deus, simplesmente porque Deus é eterno e não pode ter mãe.

A diferença é bem expressiva: sendo Maria apenas a mãe de Jesus, ela não tem qualquer papel de intermediação para entre os seres humanos e Deus. 

E não há porque deixar de considerar que Maria teve uma vida normal com José, após o nascimento de Jesus, tendo tido inclusive vários /as filhos/as, o que significa que Jesus teve sim irmãos e irmãs

Análise da controvérsia
Quem afirma que Maria não teve mais filhos/filhas precisa explicar as inúmeras referências aos irmãos e irmãs de Jesus existentes na Bíblia, como aquela citada no início deste post. 

Há duas explicações que tradicionalmente têm sido dadas pelos católicos para enfrentar esse desafio. Uma delas praticamente já caiu em desuso, pois tem pouca base - trata-se de considerar as referencias bíblicas como tendo sido feitas a primos/primas e não irmãos/irmãs de Jesus. 

Há pouca base para essa alegação porque a palavra usada em todas essas referências bíblicas significa, sem qualquer dúvida, irmãos/irmãs e interpretá-la como primos/as é simplesmente "forçar a barra".

A outra possível explicação é mais realista e ainda largamente adotada pelos católicos. Essa alternativa parte do princípio que José era viúvo, quando se casou com Maria, e já tinha filhos/filhas doe casamento anterior. E Bíblia se refere a esses/as meio-irmãos/ãs. E Jesus foi de fato o único filho de Maria.

Há um argumento importante para justificar essa interpretação que se apoia na passagem onde Jesus entregou Maria aos cuidados do apóstolo João, pouco antes de morrer (João capítulo 19, versículos 26 e 27). Segundo os que defendem essa tese, caso Maria tivesse outros filhos de sangue, não haveria necessidade de Jesus ter feito isso, pois os outros filhos haveriam de cuidar dela. 

Agora, também há argumentos fortes contra essa tese do casamento anterior de José. Primeiro, na descrição feita na Bíblia sobre a família de Jesus, antes do seu nascimento, somente são citados José e Maria, não havendo qualquer referencia a outros filhos/filhas de José. 

Além disso, quando os pais de Jesus fugiram para o Egito (por causa da perseguição que o rei Herodes fazia aos recém nascidos judeus) e lá ficaram exilados por pelo menos dois anos, os/as filhos/filhas de José teriam sido deixados à própria sorte, em Nazaré, e isso parece bem improvável. 

E o fato de Jesus ter entregue Maria para o apóstolo João tomar conta, mesmo tendo ela outros filhos de sangue, pode ser perfeitamente explicado pelo fato que esses filhos, até então, não aceitavam Jesus como o Messias e tinham até se voltado contra Ele (Marcos capítulo 3, versículo 21) - os outros filhos de Maria somente vieram a se converter mais adiante. 

Assim, Jesus teria entregue sua mãe para João cuidar porque ela queria ficar no meio do povo cristão e ali ela não contava com o apoio dos seus outros filhos.

Finalmente, quando a Bíblia se refere a Maria e aos irmãos de Jesus, ela os trata como uma unidade, um conjunto familiar. Se os outros filhos de José não fossem também filhos de Maria, isso não aconteceria - a Bíblia tem vários relatos de famílias com filhos de múltiplas mulheres e cada núcleo familiar é tratado de forma independente, como no caso dos filhos de Jacó.

Conclusão 
Esse é apenas um resumo dos argumentos pró e contra relacionados com essa controvérsia e servem para dar uma ideia de como o assunto pode ser tratado, de forma respeitosa, mas com clareza e de forma conclusiva. 

Minha avaliação pessoal é que há muito mais suporte bíblico para a tese que atribui outros/as filhos/filhas a Maria - inclusive os/as historiadores/as independentes (não cristãos/ãs), de forma quase unânime, concordam com essa abordagem. 

Penso também que mesmo Jesus não tendo tido outros/as irmãos/irmãs de sangue, nem assim há suporte bíblico para a tese que Maria permaneceu virgem e não teve uma vida normal com José, conforme defendem os católicos. Muito menos para sua vida sem qualquer pecado e sua subida aos céus.

Finalmente, a Bíblia é muito clara que apenas Jesus é o intermediário entre Deus e os seres humanos, portanto não há como atribuir esse papel também a Maria.

Agora, nada disso desmerece a figura e a atuação dessa mulher extraordinária, que se viu grávida ainda na adolescência (com quatorze ou quinze anos), enfrentou grandes dificuldades e ficou ao lado de Jesus até sua morte. E esse grande mérito ninguém pode tirar dela.

Com carinho

domingo, 11 de fevereiro de 2018

ENCONTRANDO SEGURANÇA NO LUGAR ERRADO

É muito comum que pessoas que sofram com a insegurança encontrem consolo no chamado “falso positivo” - alguma coisa que, se conseguida, a pessoa pensa que vai torná-la mais segura ou lhe dar melhores condições para tocar sua vida. 

"Falsos positivos" bem comuns são emagrecer, ter um bom emprego, ter dinheiro ou manter aparência jovem. 

Ocorre que o "falso positivo" não dá garantia nenhuma a quem o conquista. Tudo não passa de um auto-engano que a pessoa constrói para si mesma, buscando fugir da insegurança que a vitima. 

A Bíblia tem um excelente exemplo de "falso positivo". Jacó, neto de Abraão, teve duas esposas: Lia e Raquel. E essa última era a esposa amada por ele, enquanto Lia era apenas tolerada. Lia era feia e somente tinha conseguido se casar por que seu pai (Labão) enganou Jacó, prometendo-lhe entregar Raquel e entregando Lia no seu lugar. 

Assim, tudo contribuía para que Lia se sentisse insegura em relação ao marido e essa foi uma carga que carregou por toda a vida. Lia, então, criou um "falso positivo": se desse filhos homens a Jacó, o marido acabaria por amá-la. Os filhos lhe dariam a segurança que tanto precisava. 

O fato é que Lia teve uma penca de filhos homens, mas isso não resolveu o problema, para sua grande tristeza (Gênesis capítulo 29, versículos 32 a 34). O relacionamento de Lia com Jacó nasceu torto e não eram os filhos homens que iriam mudar a situação. Lia foi respeitada pelo marido (acabou até enterrada ao lado dele), mas nunca foi amada. 

"Falsos positivos", conforme já comentei, não passam fontes de auto-engano para quem sofre com a insegurança. Parecem conter a solução, mas são vazios de significado. Alcançar um "falso positivo" é como colocar um dedo em um dos inúmeros vazamentos de uma represa - o vazamento cessa onde o dedo foi colocado, mas continua nos outros locais. 

Insegurança é um problema estrutural e o "falso positivo", quando alcançado, não resolve nada e só causa frustração e, muitas vezes, acaba tornando a pessoa ainda mais insegura. 

Um pequeno exercício mental pode ajudar você a descobrir alguns dos seus falsos positivos: pense numa pessoa do mesmo sexo e mais ou menos da sua idade que você considera ser melhor e mais segura. Depois, identifique as características que essa pessoa tem (e você não), como beleza, dinheiro, poder, sucesso, etc, que você não tem. Essas coisas tendem a ser seus falsos positivos. 

Se você se sente muito inseguro/a em alguma área da sua vida, não caia no erro de achar que você vai conseguir resolver isso conquistando algo que lhe faz falta. Algo que outras pessoas têm e você não.

Não espere que coisas materiais, a melhoria das circunstâncias da sua vida e outras coisas assim vão lhe garantir a segurança tão desejada. A resposta não está aí.

Sua segurança só pode vir de Deus. Ele é a sua verdadeira garantia. Nada mais pode ter esse efeito em sua vida (veja mais).

E nunca se esqueça que Deus já lhe disse quão importante você é para Ele - afinal, Deus mandou seu filho para morrer por você e lhe dar acesso à salvação (João capítulo 3, versículo 16). 

Portanto, deixe que o Espírito Santo trate sua insegurança e abra novos caminhos para sua vida! 

Com carinho

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

PROMESSAS DE DEUS SÃO SEMPRE CUMPRIDAS

Há uma enorme diferença entre as promessas feitas por Deus e as feitas por seres humanos. As promessas humanas costumam falhar, mesmo quando feitas com objetivos honestos, o que nem sempre é verdade (veja o caso dos políticos brasileiros). 

As promessas de Deus são diferentes: elas se cumprem. Sem exceção. Aconteça o que acontecer. 

Além disso, elas são sempre feitas para nos beneficiar. Visam o nosso bem. E o melhor exemplo é a promessa de Deus de enviar um Salvador para a humanidade, cumprida em Jesus Cristo. E esse é o maior bem que Deus poderia nos fazer.

É sobre isso que falo no meu mais novo vídeo - veja aqui

Para acompanhar outros vídeos meus recentes, veja aqui e aqui

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

QUANDO TENTAM IMPOR PROIBIÇÕES DEMAIS SOBRE SUA VIDA

Líderes evangélicos costumam gerar muitas polêmicas por causa das proibições a práticas normais da vida que tentam impor ao povo cristão. 

Costumam entrar nessas proibições coisas como música secular (não gospel), comida de origem afro, enfeites de Natal, certos filmes, livros ou programas de televisão, alguns tipos de roupas e por aí vai. O rol de itens é tão grande que é difícil enumerar tudo aqui.

Na prática, tudo aquilo que não tem origem no próprio cristianismo parece ser ruim e passível de proibição. Em especial, devem ser proibidas muitas coisas relacionadas com o folclore brasileiro (comida, música, roupas, etc), por causa das influências africanas, indígenas e/ou católicas nele existentes. O mesmo ocorre com os enfeites e outras comemorações de Natal (veja mais), os ovos de Páscoa, a música secular e assim por diante.

A batalha pela pureza
A primeira razão apresentada para essas proibições é manter a "pureza" do povo cristão - as práticas proibidas "contaminariam" as pessoas. 

É importante aqui fazer uma pausa para discutir o que contamina o coração dos/as cristãos/ãs e lembro que há na Bíblia uma resposta direta para essa questão, dada pelo próprio Jesus (Marcos capítulo 7, versículo 15): o que contamina o ser humano é aquilo que vem de dentro dele mesmo. 

A contaminação, portanto, vem de sentimentos ruins (inveja, orgulho, ganância, luxúria, raiva, etc), bem como das decisões e posturas pecaminosas dele decorrentes (hipocrisia, preconceitos, exploração dos mais fracos, etc). 

Repare que Jesus não fez qualquer referência à origem de coisas, hábitos e práticas de vida - Ele simplesmente não estava preocupado com isso. Ficar proibindo isso ou aquilo, por não ter origem cristã e gera contaminação, foge completamente do alvo apontado por Jesus. 

O que ajuda mesmo a resolver o problema da contaminação é discipular as pessoas para que elas aprendam a controlar os maus sentimentos e fazer as escolhas certas. 

Afastar influências malignas
A outra motivação para as proibições citadas é o receio de dar "brechas" para a ação de Satanás. Há alguma verdade nesse tipo de preocupação - por exemplo, eu nunca teria na minha casa um objeto consagrado num culto de umbanda, por prudência. 

Mas a tentativa de expurgar da vida cristã tudo aquilo que pode ter origem suspeita não faz qualquer sentido - isso é um exagero e beira o ridículo. Afinal, trata-se de coisa impossível de fazer. 

Essa tentativa me faz lembrar as pessoas que buscam seguir estritamente as leis sobre comida do Velho Testamento - não comem nada preparado no sábado, pois é proibido trabalhar nesse dia da semana. 

Essas pessoas olham o rótulo de cada alimento que consomem para verificar quando foi fabricado e não compram se isso tiver acontecido num sábado. Mas, como elas podem ter certeza que o alimento consumido por elas não foi transportado num sábado, ou que ovos, leite, trigo ou outros produtos usados na composição desse alimento não tenham sido colhidos num sábado? 

É claro que não conseguem garantir isso e, portanto, essas pessoas precisam "fechar os olhos", a partir de determinado ponto, para poder sobreviver. 

Da mesma forma acontece com a questão das influências não cristãs na nossa vida: elas são tantas e tão difundidas que simplesmente não é possível expurgá-las todas. Quem tenta fazer isso acaba necessariamente por adotar posições incoerentes: proíbe algumas coisas (por exemplo, um enfeite de Natal) e aceita outras (por exemplo, as vestes litúrgicas usados no culto), quando nos dois casos as origens são não cristãs. 

E não podemos esquecer que nem Deus fez esse tipo de exigência para o povo israelita. Por exemplo, o Templo de Jerusalém foi construído com base num modelo de arquitetura muito usado pelos pagãos e o rei Salomão recorreu a artesãos do Líbano para os trabalhos em pedra e a madeira (veja mais). E nem por isso Deus deixou de aceitar o Templo e se fazer presente nele.

Conclusão 
Concluindo, antes de aceitar proibições verifique bem o que a Bíblia ensina a respeito. Caso contrário, você corre o risco de ser vítima de legalismo. E Jesus travou uma luta incessante contra os fariseus, mestres em impor proibições indevidas - eram os legalistas daquela época. 

Jesus foi implacável com esse tipo de postura, por entender que uma religião legalista aprisiona o ser humano e o afasta de Deus.

Com carinho

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O QUE É MELHOR: VENCER OU FLORESCER?

Há pessoas com história de vida muito bonita - começam lá em baixo, na escala social, e a custa de muito esforço e competência, superando toda sorte de dificuldade, conseguem um lugar de destaque na sociedade. Normalmente, em casos assim, costuma-se dizer que a pessoa "venceu" na vida.

Essa expressão indica que a pessoa lutou uma "guerra" difícil (contra pobreza, preconceito, falta de oportunidades justas, etc) e ainda assim, muitas vezes contra todas as expectativas, acabou vitoriosa.

A Bíblia também usa metáforas de guerra para falar de verdades espirituais. Por exemplo, fala em "vencer" a tentação, "vencer" a "corrida" para a vida eterna ou lutar uma "batalha" espiritual contra as forças do mal. O apóstolo Paulo chega até mesmo a falar de uma "armadura" espiritual que o/a cristão/ã deve usar para se defender dos ataques do mal (Efésios capítulo 6, versículos 10 a 18). 

Não há dúvida que esse tipo de metáfora é muito útil para descrever as lutas que as pessoas enfrentam, tanto na sua vida diária, como no campo espiritual. Mas, sinceramente, eu gostaria que houvesse mais ênfase numa outra metáfora -"florescer" -, que acredito descrever melhor aquilo que deve ser a vida do povo cristão. 

E "florescer" é bem diferente de "vencer". É claro que uma pessoa que "vença" na vida também pode "florescer" nela - uma coisa não impede a outra. Mas as vitórias nas inúmeras batalhas da vida não garantem automaticamente o florescimento da pessoa como ser humano. Afinal, é comum ver gente vitoriosa profissionalmente que é um desastre na vida pessoal e/ou espiritual.

As condições para "florescer"
Uma planta, ao florescer, cumpre sua missão na vida - é preciso lembrar que a reprodução das plantas está ligada às flores e/ou aos frutos que elas produzem. Ou seja sem florescimento, a planta não deixa descendência e não cumpre seu papel na vida. E para que uma planta floresça é preciso duas coisas: estar saudável e que o tempo seja certo. 

No campo espiritual ocorre exatamente o mesmo: para sua vida espiritual "floresça" você vai precisar ter "saúde" e estar no "tempo" certo de Deus. 

A saúde da planta tem a ver com a qualidade da terra onde está assentada, o acesso abundante à água e à luz do sol, bem como a capacidade de resistir aos inimigos (as pragas, insetos, etc). 

Na parábola do semeador (Mateus capítulo 13, versículos 10 a 23), Jesus falou exatamente sobre isso: a semente do Evangelho é lançada em muitos tipos de terra diferentes e somente floresce mesmo quando a terra é adequada para isso . E a "terra" boa, nessa metáfora, é o coração da pessoa receptivo à mensagem do Evangelho e que não se deixa desviar do caminho certo, por causa das preocupações da vida.

A água e a luz do sol, necessárias para a nutrição da planta, representam a presença do Espírito Santo na vida da pessoa - sem Ele, não há como ter energia para uma levar uma vida espiritual saudável.

A resistência da planta aos inimigos (pragas, insetos, etc) tem a ver com a capacidade da pessoa de resistir aos ataques do mal (tentações, opressões, etc).

O tempo certo para florescer 
Agora, não há florescimento possível fora do tempo certo. E há dois aspectos que justificam isso. O primeiro é o amadurecimento do organismo da planta - se ela acabou de ser plantada, mesmo com boa terra, água e tudo o mais, não vai poder dar flores e/ou frutos, pois suas estruturas orgânicas não estão plenamente desenvolvidas. É preciso esperar pelo necessário amadurecimento, no tempo certo.

O mesmo se dá na vida espiritual: o apóstolo Paulo escreveu que o/a cristão/ã precisa amadurecer espiritualmente, através da instrução e da experiência, para poder viver plenamente o Evangelho de Cristo (veja mais).

O segundo aspecto relacionado com o tempo certo para florescer tem a ver com a estação do ano: plantas não dão flores ou frutos no inverno, só na primavera e verão. E a chegada da estação certa não depende da planta e sim do ciclo da natureza. Mas quando a primavera chega, a planta precisa estar pronta para florescer. 

A estação certa para o/a cristão/ã é o tempo que Deus determinar para ele (veja mais). E esse tempo não leva em conta as nossas ansiedades e a vontade que normalmente temos de antecipar as coisas, de tomar atalhos.

Certa vez, em conversa com um taxista, ele me confessou que tinha ouvido falar de Jesus muito tempo antes e que aquela palavra tinha ficado dentro dele, incomodando-o, embora ele não tivesse feito nada a esse respeito até aquela data. Depois da nossa conversa, ele me garantiu que ia finalmente buscar uma igreja e passar a viver verdadeiramente o cristianismo.

O plantio da semente do Evangelho na vida daquele homem tinha sido feito muito tempo antes e a semente ficou lá, como que adormecida, esperando o fim do "inverno". E a "primavera" de Deus, não sei a razão, somente chegou naquela conversa comigo. 

As consequências do florescimento espiritual
A primeira delas, e talvez a mais importante, é a capacidade de reproduzir, pois o pólen e as sementes sempre ficam nas flores ou frutos. Na vida espiritual, quem floresce traz outras pessoas para Cristo. 

A segunda consequência é que uma planta florescendo é linda de se ver e gostosa de cheirar. E o mesmo acontece na vida espiritual: quem "floresce" passa ser alguém buscado pelo próximo, tanto para se "alimentar" dos frutos espirituais que encontra nessa pessoa, bem como para sentir nela o "bom perfume" de Cristo. 

Portanto, seu principal objetivo na vida não é "vencer" e sim "florescer". Vitórias contra as batalhas da vida são imprescindíveis, mas constituem apenas um meio através do qual você conseguirá "florescer" espiritualmente, realizando todo seu potencial como ser humano. 

Com carinho

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

ORAÇÔES LANÇADAS AO MAR

O tema do meu vídeo de hoje é oração. Esse assunto veio à minha mente por causa da história de um baú encontrado no mar, contendo cerca de 300 pedidos de orações, sobre as mais diferentes causas. Esses pedidos foram feitos por diversas pessoas a um determinado pastor, que já tinha morrido. 

O repórter que fez a matéria comentou que essas orações certamente não tinham sido respondidas por Deus. Afinal, elas não chegaram a seu destinatário (o tal pastor). Ora, essa é uma conclusão totalmente fora do ensinamento da Bíblia.

Oração é coisa de grande importância. Como também é importante a forma como o pedido é apresentado a Deus. E ainda mais, haver fé, que permite (a quem pede) aguardar a resposta com confiança. Mesmo quando ela pareça demorar (afinal, o tempo de Deus é diferente do nosso). Veja esta minha nova reflexão aqui.

Veja outros vídeos recentes meus aqui e aqui.