segunda-feira, 30 de abril de 2018

TENHA DEUS NO SEU CORAÇÃO

A Bíblia conta que Deus deu grande apoio ao povo de Israel. Realizou maravilhas para tirar esse povo do Egito e se comprometeu em protegê-lo sempre. Bastaria que cada israelita mantivesse Deus no seu coração. Mas não foi isso que aconteceu.

Lembro disso toda vez que vejo carros que carregam colantes com mensagens cristãs, ou letreiros de negócios com nomes evangélicos, ou mesmo profissionais que distribuem cartões com a frase "Deus é fiel". Será que cada uma dessas pessoas de fato carrega Deus no seu coração? Sinceramente, eu duvido muito.

É sobre isso que eu falo no meu mais novo vídeo - veja aqui.

Se você quiser ver outros vídeos recentes meus, veja aqui e aqui.

sábado, 28 de abril de 2018

UMA ÚNICA PALAVRA QUE MUDOU MUITA COISA

Uma única palavra mudou a vida espiritual de todo o povo cristão. Jesus usou muito essa palavra durante seu ministério na terra e isso teve enorme impacto e o apóstolo Paulo falou exatamente sobre isso na carta aos Romanos capítulo 8, versículo 15: 
Pois vocês não receberam o espírito que os torne escravos medrosos e servis, mas receberam o Espírito que os adota como verdadeiros filhos, pelo qual clamamos: 'Abba, Pai'.
A palavra "abba" significa "pai" no aramaico (a língua que Jesus falava) e Ele a usou com frequência, como quando ensinou os discípulos a orar chamando Deus dessa forma - foi assim que nasceu a famosa oração do "Pai Nosso". 

A palavra "abba" é uma maneira informal que as crianças usavam para se referir aos próprios pais - parecido com o nosso "papai". E essa forma de se referir a Deus era impensável, até Jesus passar a fazer isso. 

Até então, o povo judeu só se referia a Deus de maneira muito formal, chamando-o de "Senhor", o "Todo Poderoso", o "Eterno" e assim por diante. Jesus, portanto, propôs uma nova forma das pessoas se relacionarem com Deus, passando a vê-lo também como seu Pai, um Ser cujo amor pelos seus filhos/as é inesgotável. 

Foi como se Jesus tivesse "liberado" as pessoas para se dirigir a Deus com mais intimidade. Como se Ele tivesse incentivado o povo cristão a se aproximar mais de Deus, pedindo e recebendo carinho d´Ele.

A ideia que Deus deve ser visto assim caiu imediatamente no agrado das pessoas e a palavra "abba" passou a ser largamente utilizada. 

Por isso Paulo fez referência a essa palavra na carta aos Romanos, escrita para a igreja cristã em Roma, comunidade formada quase toda por pessoas de origem gentia (não judaica). A carta aos Romanos foi escrita em grego, língua de grande aceitação naquela época (como é o inglês hoje em dia), mas Paulo fez questão de colocar no meio do texto em grego uma única palavra em aramaico ("abba"). 

Ele usou a palavra que se tornou como uma "marca registrada" do ministério de Jesus. Foi para o ensinamento de Jesus, de considerar Deus como Pai, que Paulo apontou, quando usou a palavra "abba".

Essa palavra representa a relação íntima que qualquer ser humano pode ter com Deus, mediada pelo Espírito Santo. "Abba", uma única palavra que qualquer criança de dois anos pode pronunciar sem dificuldade, mudou muita coisa na nossa vida.

Com carinho

quinta-feira, 26 de abril de 2018

POR QUE O TOURO NÃO MATA O TOUREIRO?

Preste atenção quando touro e toureiro se enfrentam numa arena. Por que o touro, muito mais forte e rápido, quase sempre acaba morto pelo toureiro? Simples: o touro ataca a capa que o toureiro balança diante de seus olhos para o distrair. O touro quase nunca vai em cima do inimigo verdadeiro, o toureiro, e aí...

Assim também costuma acontecer na vida espiritual de muita gente: os problemas não são resolvidos porque as pessoas não se concentram nas questões reais. Elas atacam o que é secundário e aí...

Uma situação assim ocorreu numa igreja que frequentei, anos atrás. Um dos ministérios não funcionava bem pois sua líder não era comprometida com a responsabilidade que tinha assumido. Em dado momento, outros/as líderes, mais atuantes e responsáveis, propuseram medidas para substituir a líder sem compromisso, mas o pastor da igreja argumentou que isso não seria cristão. E o tempo foi passando e a dificuldade nunca foi superada, até que a própria líder ineficiente se deu conta do mal que estava causando e pediu para sair.

A falta de vontade política do pastor para resolver o problema levou-o a desviar a questão verdadeira (a falta de compromisso com a obra de Deus) para outro tema (a necessidade de tratar todo mundo de forma cristã). O pastor colocou um cena um outro tema que funcionou como "capa", impedindo que o problema real (o "toureiro") fosse atacado. Com isso a solução do problema acabou adiada.

A vida espiritual costuma das pessoas costuma estar cheia de situações do tipo touro e toureiro. Por exemplo, ha´quem se afaste de qualquer contato com Deus por uma razão simples: não quer abandonar seus pecados de "estimação". Ora, quando uma pessoa tem pecados de "estimação", a presença de Deus incomoda e, então, ela busca uma zona de conforto que não a pressione a mudar de vida. E, para se justificar, cria para si mesma um monte de desculpas: culpa as igrejas e pastores/as, diz que não gosta da Bíblia, defende que todos os caminhos levam a Deus e assim por diante. Arruma um monte de "capas" para se distrair e não enfrentar o "toureiro" (a necessidade de mudar sua vida).

É comum também que pessoas ditas cristãs passem sua vida escolhendo quais mandamentos querem obedecer. E escolhem a dedo aqueles que parecem compatíveis com seu estilo de vida - aqueles que não requeiram mudança real. Essas pessoas tentam construir um cristianismo "sob medida" para suas próprias necessidades. E para se justificar, criam suas próprias "capas": nunca têm tempo pois são muito ocupadas, sempre procuram fazer o bem por onde passam, são contra o legalismo e assim por diante.

No livro do Apocalipse, na mensagem à igreja de Laodiceia, Jesus Cristo chamou aquela comunidade de "morna" - nem "fria" e nem "quente". As pessoas dessa comunidade tocavam suas vidas espirituais exatamente dessa forma, criando um monte de "capas" para desviar sua atenção dos problemas reais e não se sentirem incomodadas com isso. E Jesus Cristo fez uma advertência terrível:
Eu conheço bem suas obras, sei que você não é quente nem frio; e Eu desejaria que fosse uma coisa ou outra! Porém, já que você é meramente morno, eu estou a ponto de vomitar você da minha boca! Apocalipse capítulo 3, versículo 15
Aprenda com touro e toureiro: olhe para sua vida espiritual e veja se você não está se distraindo com as "capas" balançadas à sua frente, evitando enfrentar suas questões reais. 

Passe a ser um "touro inteligente" e use sua força espiritual para ir atrás dos verdadeiros "inimigos" da sua fé, coisas como acomodação, conforto diante do pecado, egoismo, falta de compromisso com a obra de Deus, etc.

Com carinho

domingo, 22 de abril de 2018

VOCÊ É ÚNICO PARA DEUS

Você é único para Deus. E nisso você parece com um floco de neve. Quando a neve cai, os flocos são incontáveis, de tão numerosos, mas não há dois entre eles que sejam iguais. Todos são diferentes uns dos outros. Cada floco de neve é único, assim como você é único/a, em meio a mais de sete bilhões de pessoas.

Agora, Deus ama você exatamente como você é, com suas características individuais únicas, tanto as boas, quanto as ruins. Nada pode separar você do amor de Deus.

E o Espírito Santo distribui seus dons para cada pessoa exatamente de acordo com as necessidades específicas dela, de modo a fortalecê-la para poder fazer bem a obra de Deus.

Os dons espirituais são diferentes e as pessoas nunca são iguais, mas o Espírito Santo é sempre o mesmo. Ele é único. E por isso, pessoas tão diferentes entre si podem operar de forma harmônica, igual aos diferentes órgãos do corpo humano. 

É sobre isso que falo no meu mais novo vídeo - veja aqui.

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quarta-feira, 18 de abril de 2018

SERÁ QUE TODOS OS CAMINHOS LEVAM A DEUS?

Nesses dias li a entrevista que uma artista da Rede Globo deu, falando sobre uma novela que acabou de estrear. Como está ficando cada vez mais comum, a tal novela apresenta uma visão do mundo baseada na doutrina espírita e esse era o tema da entrevista.

Essa atriz vai fazer o papel da mocinha da estória, que se envolve pesadamente com experiências espíritas. Ela disse que está se sentindo muito bem porque acredita em todo tipo de experiência espiritual. Completou sua declaração dizendo que quem defende haver apenas uma fé verdadeira (como é o caso dos cristãos) demonstra ter mente estreita e intolerante.

A posição que essa atriz defende é muito comum e pode ser resumida na famosa frase: "todos os caminhos levam a Deus". Essa tese pode ser simpática e até parece boa, por expressar respeito pelo próximo, mas o problema é que está errada. 

E se for aceita pelas pessoas, pode levá-las a tomar decisões ruins. E, portanto, ser contra ela e combatê-la não é uma posição intolerante - trata-se apenas de estabelecer a verdade dos fatos e de proteger as pessoas. 

Nem todas as crenças podem ser verdadeiras
É fácil de perceber que nem todos os caminhos espirituais existentes podem estar certos. Isso é logicamente impossível. E explico a razão.  

Se olharmos para o conjunto de religiões existentes, fica evidente a grande diversidade de concepções do mundo espiritual que elas defendem. Algumas falam de uma força impessoal que não tem plano de ação ou vontade própria. Outras, como o cristianismo, entendem que Deus é um Ser racional, com vontade e emoções próprias, que criou e controla tudo que existe. Existem ainda as religiões politeístas, que defendem a existência de inúmeros deuses - os hinduístas adoram centenas deles -, cada um(a) com seu papel e área de atuação no campo espiritual.

A diversidade de crenças é até maior do que esse resumo simples mostra. Mas o que falei já basta para demonstrar que as diversas crenças se contradizem na forma como vêem o funcionamento do campo espiritual. Sendo assim, não é possível que todas elas estejam certas e afirmar que todos os caminhos espirituais levam ao fim desejado contraria a lógica. 

Afinal, se existe um único deus, quem afirma existir muitos deuses está errado. E vice versa. Se alguém adora um deus com vontade própria e raciocínio, não pode também acreditar que a base de tudo é uma força impessoal. E vice versa.

Palavras finais

As contradições entre as várias crenças obrigam necessariamente que alguém esteja certo e alguém errado. É impossível, em termos lógicos, que todas as religiões estejam igualmente certas. E não há como fugir disso. 

Portanto, afirmar que há crenças certas e outras erradas pode não ser simpático mas é a coisa certa a fazer. E quem defende a igualdade de todos os caminhos espirituais, como a artista que citei no começo deste post, não parou para pensar bem no significado dessa afirmação ou, o que é ainda pior, sabe que está contrariando a lógica e segue em frente, porque essa é uma posição simpática.  

A consequência direta de tudo isso é que as pessoas precisam ser incentivadas a encontrar o caminho espiritual certo. Precisam acreditar na coisa certa. Afinal, defender a igualdade de todos os caminhos torna as pessoas abertas a experiências que deveriam evitar. 


Agora, se há doutrinas espirituais certas e erradas é preciso procurar a verdade. Assim é razoável que o cristianismo seja questionado por aqueles que pensam diferente. Como também que os cristãos questionem as outras doutrinas. E não há nada de intolerante nisso. 

Antes de terminar é preciso deixar claro que eu não falei nada aqui para comprovar ser o cristianismo a doutrina verdadeira. Mas tenho inúmeros outros escritos no blog que tratam exatamente disso. Hoje quis apenas mostrar que a afirmação "todos os caminhos levam a Deus" é errada e perigosa. 

Com carinho 

segunda-feira, 16 de abril de 2018

PORTAS QUE SE ABREM

O tema do vídeo de hoje é: portas que se abrem. E começo a falar sobre isso, lembrando que Jesus morreu na cruz para nos abrir as portas da salvação. Ele abriu todas as portas de que precisávamos. 

Agora, Jesus nos mandou continuar também a abrir portas, por onde viermos a passar - esse é o significado último do mandamento que Ele nos deu para falarmos sempre do Evangelho durante nossa caminhada na vida. 

Portanto, abrir portas é a essência da missão cristã e é sobre isso que falo no meu mais novo vídeo - veja aqui.

Se você quiser outros vídeos recentes meus, veja aqui e aqui.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

COMO FAZER PARA CONHECER DEUS

Não há como construir uma identidade cristã sólida e um relacionamento aprofundado com Deus sem ter uma boa noção de quem Ele. Sem aprender a conhecer Deus.

Uma forma de fazer isso é olhar para sua obra - o universo e os próprios seres humanos - e encontrar ali suas "impressões digitais" (veja mais). E com base nisso concluir diversas coisas sobre Ele, como seu imenso poder, sua inteligência absurdamente grande e sua capacidade criadora sem limites.

Mas muitas outras coisas sobre Deus somente podem ser conhecidas a partir das referencias bíblicas e da reflexão teológica. É assim que conseguimos saber coisas como a Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo), que Ele é amoroso e misericordioso, etc. 

Se você quiser saber mais sobre esse tema veja essa lista de atributos de Deus. Para cada atributo, fornecemos a devida referência bíblica para facilitar seu estudo.

Finalmente, o conhecimento de Deus também vem da experiência - da vivência da fé de forma individual, especialmente nos momentos de grande dificuldade. 

Rubem Alves foi um teólogo de formação presbiteriana, como também um belo escritor, cujos textos são bem poéticos. Seu relato sobre o conhecimento de Deus que pode obter ao longo da sua vida é particularmente edificante - veja aqui

Nota: Este texto foi baseado numa aula de Escola Bíblica, ministrada pela pastora Carol em 08/04/2018.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

A IMPORTÂNCIA DA CORAGEM MORAL


Coragem moral é simplesmente a capacidade de agir de acordo com o que é certo, mesmo quando as circunstâncias não são favoráveis. Pessoas com coragem moral são importantes para a sociedade, em geral, pois são elas que enfrentam governos e pessoas poderosas e falam as verdades que precisam ser ditas, cobrando ação para corrigir erros e injustiças. 

Infelizmente pessoas com coragem moral são cada vez menos encontradas no mundo de hoje. O padrão tornou-se curvar a cabeça ante os interesses do momento e encontrar desculpas para a covardia moral - basta olhar para o cenário político brasileiro que isso fica evidente.

Na Alemanha, durante o período nazista, um jurista muito respeitado (seus livros eram citados em tribunais de todo o mundo naquela época) acabou sendo condenado pelo Tribunal de Crimes de Guerra exatamente porque lhe faltou coragem moral. 

E ele mesmo explicou o que tinha acontecido, quando testemunhou no banco dos réus: sua carreira perdeu o rumo na primeira vez em que violou sua consciência e deu um veredicto injusto para agradar os poderosos de plantão (os nazistas). Sua queda começou quando lhe faltou coragem moral. E ele acabou condenado pelo Tribunal e ficou totalmente desmoralizado.

A Bíblia tem uma história muito interessante que trata exatamente desse tema. Essa história se passou no tempo de Acabe (1 Reis, capítulo 22). Ele foi um rei arrogante, injusto e infiel a Deus , permitindo que sua mulher, Jezebel, incentivasse o paganismo entre o povo. 

Em dado momento do seu reinado, Acabe queria guerrear seus inimigos e convocou um grupo de "profetas" para lhe aconselhar. Todos deram razão ao rei, pois ninguém se atrevia a discordar dele. Aí um importante general, desconfiando daquela unanimidade, perguntou a Acabe se não havia outro profeta para ser consultado. 

O rei respondeu que havia ainda o profeta Micaias, que nunca era chamado à sua presença porque só falava coisas que o desagradavam. O general insistiu em ouvir essa outra opinião e um mensageiro foi enviado para convocar Micaias à presença do rei. 

Ao transmitir o chamado, o mensageiro aconselhou o profeta a dizer somente aquilo que o rei queria ouvir e Micaias respondeu: "...o que o Deus me disser, isso falarei". Em outras palavras, para esse profeta o que importava era ouvir a voz de Deus e não a quem o recado dado por ele agradava ou desagradava. Micaias tinha coragem moral.

E ele foi a única pessoa a desaconselhar o rei a travar a guerra que planejava. Micaias não foi ouvido e Acabe acabou por atacar seus inimigos, colhendo resultado desastroso: acabou morto durante o conflito.

Outro exemplo muito conhecido de coragem moral é Thomas More, primeiro ministro e amigo do rei Henrique VIII da Inglaterra (aquele que se casou várias vezes). 

O rei queria se separar da sua primeira mulher para se casar com Ana Bolena e pediu a More que encontrasse uma forma legal de fazer isso. O primeiro ministro, pessoa muito religiosa, se recusou a atender o pedido do rei por entender que aquele ato seria contra a vontade de Deus. 

Por conta disso, More acabou sendo perseguido pelo rei, forçado a renunciar, acusado de traição e executado. E os outros ministros que vieram, depois de More, concordaram cegamente com a vontade do rei.

Outro caso interessante é o de Charles Colson, grande escritor cristão, que foi auxiliar do Presidente Richard Nixon na época do escândalo de Watergate. Colson acabou indo para a cadeia por conta das irregularidades que cometeu durante seu período no governo. E foi na cadeia que ele se converteu e se tornou um grande líder cristão. 

Em seus livros, Colson relatou que Nixon recebeu a visita de pastores importantes, mas que nenhum deles teve a coragem moral de dizer para o Presidente dos Estados Unidos aquilo que precisava ser dito - que ele estava errado, tinha caído em pecado e precisava mudar seu comportamento.

E Nixon acabou tendo que renunciar à Presidência e caiu em desgraça, porque não mudou seu comportamento. Faltou-lhe conselheiros com coragem moral para lhe dizer o que precisava ouvir. 

Henrique VIII teve um conselheiro com coragem moral - Thomas More - mas não quis ouvi-lo porque não gostou do conselho que recebeu. Não respeitou a pessoa que Deus tinha colocado no seu caminho e pagou um preço político terrível pelo que fez (passou para a história como um rei sanguinário). 

Acabe também não quis ouvir o profeta Micaias e preferiu seguir os conselhos de pessoas que não tinham coragem moral para falar a verdade. E acabou pagando com a vida.

Portanto, tome cuidado com quem você ouve, com a pessoa cujos conselhos você eventualmente segue. Não escolha ouvir determinados pregadores/as apenas porque gosta deles/as e eles/as são bons de palavra. Escolha seguir quem fala a verdade transmitida por Deus, doa a quem doer. 

E considere amigos(as) verdadeiros(as) as pessoas que dizem a verdade para você, aquilo que você realmente precisa ouvir, porque gostam de você de fato. Afinal, se você tiver um doença grave não vai querer consultar um/a médico/a que minta para você e lhe diga que está saudável, mas sim aquele/a que vai lhe claramente sobre a doença que coloca sua vida em risco, por mais doloroso que isso seja. Da mesma forma, o bom amigo/a e aquele/a que fala a verdade para você. 

Por outro lado, tenha coragem moral para dizer a verdade para as outras, mesmo que essa verdade seja desagradável. É claro que você deve fazer isso de forma educada e gentil, mas nunca deixe de dizer o que é preciso. É isso que Deus espera de você. 

Com carinho

terça-feira, 10 de abril de 2018

COMO VOCÊ DEVE AGRADECER A DEUS


A maior parte das orações costuma ser composta por pedidos que as pessoas fazem a Deus - você pode confirmar isso com facilidade prestando atenção às orações que houve por aí.

Não há nada errado em pedir coisas a Deus - Jesus mesmo nos ensinou a fazer isso. Afinal, quando você pede algo, está demonstrando fé que Deus tem poder e vontade para atender o pedido feito. E uma demonstração de fé sempre agrada a Deus.

Agora, o que você não pode deixar de fazer é agradecer toda vez que receber uma benção de Deus. Toda vez que tiver um pedido atendido por Ele. E deixar de fazer isso seria ingratidão e evidentemente Deus não fica feliz com pessoas ingratas.

Mas qual é a forma correta de agradecer a Deus por uma benção recebida? É comum ver pessoas fazendo sacrifícios, pagando promessas e outras coisas assim, para demonstrar sua gratidão. Mas penso que essa não é a forma correta de agradecer a Deus. 

Acredito que há três formas efetivas de agradecer as bençãos recebidas: oração, testemunho e ação em favor do próximo. Vamos ver como cada uma delas funciona:

Oração
Se o pedido a Deus foi feito em oração, é adequado que o agradecimento também possa ser canalizado através de uma oração. Faz todo sentido. 

Assim, se você orou por uma benção, nunca se esqueça de falar com Deus, em oração, e demonstrar sinceramente sua gratidão pelo favor recebido. Simples assim.

Testemunho
Acredito que a oração somente, não expressa de forma suficiente a gratidão a Deus, especialmente no caso de bençãos muito grandes. É preciso fazer mais.

Uma forma muito efetiva de demonstrar gratidão a Deus é testemunhar perante terceiros o que a pessoa recebeu d´Ele. É muito comum as igrejas abrirem espaço durante seus cultos para que pessoas façam esse tipo de depoimento, contando o quê pediram, como foi o processo de espera e a benção que receberam.

A importância do testemunho é dupla. Primeiro, ele reconhece publicamente que houve uma intervenção de Deus - passa a glória do resultado obtido para Ele. 

Depois, o testemunho também é importante porque encoraja outras pessoas que estejam passando por dificuldades semelhantes. Ao ouvirem o que Deus fez pela que está prestando testemunho, aqueles(as) que sofrem vão se animar. Afinal, o mesmo poder que gerou a benção sendo testemunhada continua à disposição para ajudar outras pessoas. 

Portanto, nunca deixe de dar testemunho público sobre as bençãos que tiver recebido. Quanto mais você conseguir falar sobre isso, melhor.

Ação em favor do próximo 
Essa forma de agradecimento é menos conhecida, mas talvez seja a mais importante de todas. A ideia por trás dela nasce da percepção que Deus age neste mundo essencialmente através das pessoas que estão comprometidas com sua obra. Nós somos os agentes da maior parte das bençãos que Deus derrama no mundo.

Muitas vezes quando acontece algo de ruim e as pessoas se perguntam onde estava Deus, que permitiu que aquilo acontecesse, na verdade a pergunta deveria ser: "onde estavam os filhos(as) de Deus, que nada fizeram a respeito?"

A obra de Deus precisa ser entendida como uma cadeia de ações feitas por quem está comprometido(a) com ela. Alguém você ajuda, num momento de dificuldade (uma palavra amiga, uma oferta financeira, apoio numa providência administrativa, etc) e você vê a mão de Deus por trás dessa boa ação. 

Aí, num momento seguinte, você, agradecido/a Deus pelo apoio recebido, faz o mesmo por outra pessoa. E, mais adiante, essa terceira pessoa vai ajudar alguém mais. E a cadeia vai seguindo. É assim que a obra de Deus é feita neste mundo.

Portanto, fazer algo de bom por outra pessoa, em reconhecimento àquilo que Deus fez por você mesmo/a, é uma forma muito efetiva de agradecimento a Ele.

Com carinho

domingo, 8 de abril de 2018

LÍNGUA, UMA ARMA MORTAL

Cena 1: O marido chega em casa estressado, pois a situação anda difícil no trabalho. E ele está cansado, muito cansado. Pouco depois, por um motivo qualquer, sem muita importância, ele explode com a mulher e os filhos e vomita todo o fel que tinha acumulado dentro de si. Diz poucas e boas, descontando nas outras pessoas sua frustração. Mais tarde, cai em si e se justifica: “...estou passando por um momento difícil”.

Cena 2: Frequenta a igreja uma senhora que conhece detalhes da vida de várias pessoas – problemas financeiros, desencontros familiares e assim por diante. Todo domingo, ao final do culto matutino, ela vai passando de grupo em grupo, como se fosse um passarinho pousando aqui e ali, para falar do que sabes. E no início de cada conversa, ela sempre fala o seguinte: "vocês sabem da última?” Ela não percebe o mal que faz pois acha que ser seu "dever" manter todo mundo bem informado.

Cena 3: Ele é um político jovem, bonito e bem falante. Tem um monte de ideias novas e motiva as pessoas a segui-lo. Mas, lá no fundo, sua agenda verdadeira é obter vantagens pessoais, garantindo sua independência financeira no futuro. Mas acalma a própria consciência dizendo para si mesmo que, embora tire vantagens do cargo público que ocupa, também faz coisas boas para um monte de gente. Ele pensa ser melhor que a maioria dos/as outros/as políticos/as.

Cena 4: Ela é uma mulher insegura e quer ficar bem com todo mundo. E para ficar bem, evitando desagradar as pessoas, se acostumou a ir contando umas mentirinhas “brancas” aqui e ali. Mas, pensa ela, não é por mal. Só não quer brigar com ninguém.

Palavras iradas (cena 1), fofoca (cena 2), hipocrisia (cena 3) e mentiras (cena 4) são exemplos de pecados cometidos com a língua. E trata-se de coisa muito comum – todos nós já fizemos (ou fazemos) isso vez por outra. 

Agora, é importante perceber que pecados da língua podem causar muito mal - veja o que a esse respeito, Tiago, irmão de Jesus (capítulo 3, versículos 6 a 9):
Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade... contamina o corpo inteiro e não só põe em chamas toda carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo Inferno... a língua, porém, nenhum homem consegue domar; é mal incontido carregado de veneno mortífero. Com ela bendizemos ao Senhor e Pai; também com ela amaldiçoamos os homens...
A língua é um instrumento tão poderoso que permitiu a Adolf Hitler dominar a Alemanha e gerar um horror gigantesco. A palavra eloquente deu condições ao pastor Jim Jones levar seus seguidores ao suicídio coletivo. A palavra impensada permitiu aos acusadores dos donos da Escola de Base, em São Paulo, destruírem o negócio de pessoas honestas e dedicadas, com acusações falsas. A palavra bonita permitiu a vários políticos importantes saquearem o Brasil por muitos anos. 

A língua é uma arma mortal pois faz mais do que matar o corpo. Ela pode destruir a alma das pessoas, roubar-lhes a paz de espírito e até afastá-las de Deus. 

Mas o pecado da língua não prejudica só quem ouve as palavras erradas. Quem comete tal tipo de pecado também acaba pagando um preço. Mentirosos/as se enrolam nas próprias mentiras e perdem credibilidade, fofoqueiros/as perdem respeito e amizade das outra pessoas, hipócritas cedo ou tarde mostram sua face verdadeira e acabam rejeitados/as e quem se costuma a proferir palavras iradas acaba perdendo o amor e o carinho da família e amigos/as. 

Enfrentando os pecados da língua
O passo mais importante na luta contra esse tipo de pecado é reconhecer a existência do problema. Conseguir perceber que se faz esse tipo de erro.

Falo isso porque é muito comum que as pessoas usem as palavras para prejudicar as outras pessoas e não reconheçam o que fizeram. Como o exemplo do marido, que descrevi na cena 1 acima, que se justifica por estourar com a família pelo fato de estar submetido a estresse. Ou o político hipócrita, do exemplo da cena 3, que se julga melhor que os colegas, embora use as palavras para enganar o povo. 

Enquanto você não reconhecer que peca com a língua - pelas palavras iradas, pela hipocrisia, fazendo fofoca e/ou contando mentiras que parecem inócuas, não vai superar o problema. Simples assim.

Reconhecido o problema vem o segundo passo: pedir perdão a Deus e as pessoas que você eventualmente tiver magoado e prejudicado.

Esses dois primeiros passos permitirão que você "limpe" o terreno da sua vida, para poder passar a agir de forma diferente. 

O terceiro passo é pedir sabedoria ao Espírito Santo, antes de entrar numa conversa difícil ou ao se ver apertado a dizer o que não quer. A oração tem grande poder, especialmente quando feita com o objetivo de ajudar a pessoa a fazer aquilo que agrada a Deus. Pode ter certeza que se você pedir, Deus vai atender e dar a você forças e sabedoria para não usar suas palavras de forma errada - sei disso por experiência própria, pois o Espírito Santo já evitou que eu falasse muita bobagem. 

Finalmente, esteja sempre atento ao que fala. Não pense que, porque melhorou, já ficou curado/a da "doença da língua". Provavelmente, você vai lutar com essa dificuldade por toda a vida. Sempre precisará tomar cuidado para não ter uma recaída. 

Com carinho

sexta-feira, 6 de abril de 2018

CULTIVANDO O FRUTO DO ESPÍRITO

Todo ser humano tem dois lados, que parecem lutar entre si: um é ruim e outro bom. O lado ruim nos leva a fazer coisas que não devemos e da qual acabamos nos arrependendo muito. Já o outro lado, se caracteriza pelo fruto do Espírito, que gera coisas boas como domínio próprio, paciência, amor ao próximo, etc.

Nosso grande aliado nessa luta é o próprio Espírito santo. É Ele que nos ajuda a vencer, ao nos manter caminhando no lado certo. E também é Ele que nos alerta quando erramos, falando à nossa consciência. 

Esse é o tema do meu mais novo vídeo - veja aqui.

Para outros vídeos meus recentes, veja aqui e aqui.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

SALVOU-SE GRAÇAS A UM MILAGRE. MAS E OS QUE MORRERAM?


Em 2016, o mundo dos esportes foi abalado com a queda do avião que transportava o time de futebol da Chapecoense, desastre que matou quase todos os jogadores, a comissão técnica e os dirigentes do time, bem como tripulantes do avião (veja mais). 

Foram poucos os sobreviventes e, dentre os quais, um jogador evangélico. E familiares desse jogador deram entrevista á mídia atribuindo sua salvação à intervenção de Deus - um verdeiro milagre.

Aí surge uma grande dúvida: se atribuímos a Deus a salvação daquele jogador, não deveríamos atribuir também a Ele a morte das outras pessoas? Não teria havido uma escolha injusta, onde Deus decidiu quem ia morrer ou ser salvo? São questões difíceis mas é preciso respondê-las. Vou tentar fazer isso.

Começo lembrando que Deus é onipotente - isso quer dizer que Ele pode fazer qualquer coisa que seja logicamente possível. Assim, Deus pode fazer quase tudo, mas não pode, por exemplo, se suicidar, pois Ele é um ser eterno e imortal. 

Por outro lado, Deus nos deu a liberdade para fazermos nossas escolhas (livre arbítrio). E por causa disso, Ele, voluntariamente, abriu mão de fazer sua vontade valer sempre. Afinal, se os seres humanos têm livre arbítrio, eles podem escolher seguir por caminhos que contrariam a vontade de Deus. 

Isso não quer dizer que Deus não possa impor sua vontade, quando assim o quiser, pois é onipotente. E algumas vezes Deus fez isso, como quando tirou o povo de Israel da escravidão no Egito, lançando diversas pragas contra o faraó, que resistia a perder seus escravos. Mas, de forma geral, Deus permite que os seres humanos experimentem suas próprias escolhas.

As escolhas erradas feitas pelos seres humanos, portanto, podem ser consideradas como permitidas por Deus - pois Ele escolheu não intervir, embora tivesse capacidade para tanto -, mas não seguem necessariamente a sua vontade.

O desastre do avião da Chapecoense aconteceu por erro humano: para economizar, o volume de combustível usado no abastecimento da aeronave foi limitado e ela caiu por falta de combustível. A culpa, portanto, cabe a quem foi ganancioso e não levou em conta a segurança dos passageiros. Deus nada tem com isso.

Agora, por que então Deus escolheu não interferir e salvar todas as pessoas que estavam no avião? A resposta para essa outra pergunta passa pelo entendimento que Deus criou o mundo para funcionar com base em leis naturais (como a lei da
gravidade). 

E é preciso que essas leis estejam sempre presentes, senão o mundo seria absolutamente imprevisível – imagine como seria viver neste mundo se, num dia, a lei da gravidade estivesse funcionando e, noutro, estivesse "desligada". Não haveria como fazer uma sociedade organizada funcionar com tal grau de imprevisibiliade.

Milagres são justamente aquelas situações, muito especiais, em que Deus interfere no funcionamento das leis naturais. E isso precisa ser uma exceção, pois senão o mundo seria imprevisível, conforme comentei. 

Deus não tem qualquer obrigação de fazer milagres e faz isso quando entende que deve e pelos motivos que somente cabem a Ele saber (veja mais). 

Nós não temos direito de pedir explicações a Deus por suas atitudes, pois Ele não tem obrigação de fazer milagres. Os seres humanos não têm direitos adquiridos em relação a isso. 

Deus, portanto, pode perfeitamente escolher salvar uma única pessoa, no meio a um desastre de avião, por motivos que somente Ele mesmo conhece e não há injustiça nisso. E o fato d´Ele escolher salvar alguém já deve ser motivo de regozijo. 

Concluindo, quando ocorre um milagre e o/a cristão/ã que se beneficiou dele resolve agradecer e testemunhar o que Deus fez na sua vida - como ocorreu com a família do jogador salvo -, isso está correto. Esse reconhecimento e a gratidão devem mesmo haver, pois Deus fez o que não tinha obrigação de fazer.

E não há nesse ato de reconhecimento qualquer conotação de falta de consideração pelo sofrimento das famílias em sofrimento, pelo fato dos seus entes queridos não terem sido igualmente agraciados. 

É claro que isso não consola e nem deixa um gosto amargo na boca de quem está sofrendo e olha para o lado e vê outra pessoa sendo poupada. A pergunta "por que ele e não eu?" sem dúvida se aplica e não há como dar uma resposta satisfatória para ela, pois ninguém conhece as razões de Deus. 

A única resposta que existe é a fé, a certeza que Deus sempre faz o certo e ama igualmente a todo mundo. Eu sei que é difícil de aceitar, por quem está em sofrimento, mas essa é a única resposta que pode ser dada nessas circunstâncias.

Com carinho

segunda-feira, 2 de abril de 2018

APRENDENDO A CONQUISTAR AS COISAS COMO AS FORMIGAS

O livro de Provérbios, na Bíblia, ensina como conquistar as coisas como as formigas. Trata-se de um ensinamento muito oportuno e poderoso.

Deus nos incentiva a trabalhar para alcançar o que queremos, ser prudente e fazer sempre o melhor, mesmo sem supervisão. Ora, numa sociedade onde existe uma enorme propensão para consumir (e não poupar), esse ensinamento é fundamental. 

Ele também vai diretamente contra a tendência atual das pessoas a não mais se se comprometer com ideias e instituições. E aponta ainda que não é saudável viver relações totalmente fluidas, explicando que as formigas não fazem isso.

Aprendendo a conquistar as coisas como as formigas é o tema do mais novo vídeo da pastora Carol e da Alícia, que você pode ver aqui.

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