"Sempre o mal esteve relacionado com com as intenções de quem o cometeu. Os horrores do século 20 deviam nos ter ensinado que isso é uma ilusão. O absurdo é que um mal imenso ... possa caminhar junto com uma total ausência de más intenções." Jean Pierre Depuy no livro "Por um catastrofismo esclarecido"Em coluna publicada em 12/11/2013, no jornal O Estado de São Paulo, de onde tirei a citação acima, o cineasta Arnaldo Jabor comentou que o mal da sociedade hoje em dia não se deve a erros de ordem moral pois é sistêmico, isto é está embutido na forma como funciona a própria sociedade. Citou como exemplo a catástrofe ecológica, que não se deve à maldade do ser humano ou à sua estupidez, mas a uma forma de pensamento errada, torta mesmo.
Concluiu que hoje, contra o mal, só temos o fraco recurso de fazer cumprir os chamados "direitos humanos". E somente se pode ser feliz hoje em dia "fechando os olhos" para as injustiças, para as catástrofes e para as violências.
O artigo é muito interessante e não tenho espaço aqui para discuti-lo em detalhe. Mas o que me interessa analisar é que esse tipo de pensamento vai em direção totalmente contrária à do cristianismo.
Agora, por que é importante saber qual visão de mundo é a correta, a do Jabor ou a cristã? Porque quando o diagnóstico dos problemas é errado, a solução para eles também será. Jabor, de forma coerente com sua análise, não propõe nenhuma saída - se limita a mostrar como as coisas são - porque essa saída não existe. As coisas são assim porque são assim e não há muito o que possa ser feito. Não há esperança enfim.
O cristianismo diagnostica que o mal do mundo se deve ao pecado, ou seja ao fato dos seres humanos agirem de forma contrária à vontade (Lei) de Deus. Basta pensar como o mundo seria se todos seguissem verdadeiramente o mandamento de "amar ao próximo como a si mesmo".
O tal mal sistêmico, aquele inserido na forma como a sociedade funciona, se deve, digamos assim, ao "estoque" de pecados passados. Afinal, a sociedade onde vivemos é fruto de bilhões de decisões tomadas ao longo do tempo pelos nossos antepassados e nós mesmos. E se muitas dessas decisões foram erradas, por conta do egoismo, da ganância e de outros pecados, não é de admirar que as estruturas da sociedade sejam injustas e suas regras desumanas e tudo isso concorra para infelicitar os mais fracos.
Acho que Isso fica bem claro na questão ecológica. Diferentemente da conclusão de Jabor, foram os pecados que impediram os países de agirem de forma correta. Por exemplo, trinta anos atrás, quando a ciência entendeu verdadeiramente os problemas relcionados com a destruição do meio ambiente, para reduzir a energia baseada no carbono, trocando-a por energia limpa, um país veria seus custos de produção aumentados e perderia espaço nos mercados internacionais. E ninguém queria abrir mão de nada que tinha conquistado.
Aí todos os governos adotaram a posição de que fariam o certo apenas se todos os países fizessem o mesmo. Essa posição cautelosa, gerada pela falta de confiança, vem atrasando a solução dos problemas e a situação piorou muito nesses trinta anos.
Agora, se o cristianismo está certo e o problema é o pecado, há esperança. Afinal, a transformação dos corações das pessoas, através da conversão a Jesus, faria com que elas se comportassem de forma diferente, mais de acordo com os desejos de Deus. E aí a situação iria melhorar - o ciclo do pecado seria quebrado e hábitos melhores passariam a imperar.
Só Jesus Cristo pode mudar esse mundo, encontrar curas para seus males e fechar suas feridas. Foi por isso que Ele, pouco antes de voltar para o Pai, ordenou a seus seguidores que fossem por todo o mundo, pregando o Evangelho a toda criatura" (Marcos capítulo 16, versiculo 15).
Com carinho
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