sexta-feira, 15 de março de 2013

A CADEIRA DE OURO




A famosa cantora Lady Gaga fez recentemente uma cirurgia no quadril e se viu condenada a andar numa cadeira de rodas - a foto acima mostra a cantora sentada na sua cadeira de rodas que foi feita, acreditem, de ouro. 

A obsessão dos seres humanos por objetos de ouro é algo que chama a atenção. A própria Bíblia tem vários exemplos disso e um caso relevante é o de Salomão, que acumulou grande quantidade de ouro, o que acabou por ajudar a virar sua cabeça, somado a outros fatores, levando-o a se afastar de Deus.

Mais quais são as caracterísitcas do ouro que tanto atraem as pessoas:
  • O ouro é um belo metal e é fácil de trabalhar, por ser maleável. Com ele é possível fabricar objetos de grande beleza e que brilham na luz. 

  • É um metal de grande durabilidade - não se desgasta, como acontece com o ferro. Por isso sempre foi usado para cunhar moedas que podem ser vistas até hoje. O mesmo ocorre com as jóias  

  • O ouro mantém seu valor ao longo do tempo. Por isso sempre foi usado como uma forma de investimento seguro. Até os governos mantém ouro nas suas reservas.
Tudo isso explica porque objetos feitos de ouro passam a sensação de quem os possui ou usa tem riqueza e/ou poder. E as pessoas gostam de sentir poderosas e especiais, daí a predileção pelo uso do ouro.

Ora, isso explica o fascínio do ser humano pelo ouro, mas não o justifica. Ou seja, a razão para aexistência do fascínio é clara, mas isso não significa que ela seja considerada justa aos olhos de Deus. Muito menos numa sociedade desigaul como aquela em que vivemos, onde muitos nem têm uma vida digna.

Isso quer dizer que você não pode desejar uma joia de ouro, por exemplo? Não foi isso que eu quis dizer - você pode desejar sua joia sem qualquer problema. A questão verdadeira é a seguinte: o que move você a desejar tal coisa?

Se for por conta da beleza - afinal, todos gostamos de coisas bonitas -, não vejo qualquer problema. Afinal, nosso senso de estética é um dom que Deus nos deu. Mas se for pela vontade de aparecer e se sentir poderoso/a, aí começa a haver problema: o orgulho é um grande mal.

Antes de terminar, gostaria ainda de voltar ao caso de Lady Gaga. O objeto que ela usou para ostentar - a palavra correta é essa - sua riqueza aponta para um grande paradoxo. 

Todos os seres humanos são frágeis e isso fica muito evidente quando visitamos hospitais e cemitérios - por isso ninguém gosta de ir a esses lugares. E a cadeira de rodas é um símbolo da fragilidade humana - afinal, ninguém recorre a uma delas se não tiver algum tipo de problema físico.  

A cadeira de rodas de Lady Gaga demonstra que ela é um ser humano como nós, apesar de toda a sua fama e dinheiro. Ela vai envelhecer e morrer, como todos nós. Por outro lado, ao sentar num "trono" de ouro, ela quer se mostrar como uma "deusa" - o culto aos mais variados deuses sempre envolveu tronos de ouro, conforme a história demonstra. 

Aí está o constraste: um ser que se mostra humano, por conta da sua fragilidade física, quer passar uma imagem de superioridade, quase divindade. Não faz o menor sentido.

O "trono" de ouro de Lady Gaga é apenas uma patética tentativa de se mostrar mais do que verdadeiramente ela é. Mas seu tempo também vai passar, como passou o de muitos outros artistas, alguns até mais famosos do que ela.

Só Deus foi o mesmo ontem, que é hoje e que será amanhã. Somente Ele é digno de honras, glória e louvor.

Com carinho  

terça-feira, 5 de março de 2013

UMA REDE DE CÉREBROS HUMANOS

Foi amplamente divulgado na mídia o experimento que permitiu juntar em rede, via Internet, os cérebros de dois ratos. Para que isso se tronasse possível, em cada animal foi feito um implante eletrônico que, por sua vez, se comunicava com o outro implante, via Internet - um estava num laboratório no Brasil e o outro nos Estados Unidos.

Através dessa rede, um rato teve condições de influir no comportamento do outro e eles conseguiram operar em conjunto, embora somente um deles tivesse acesso aos estímulos, de cada vez.

Essa experiência abre as portas para a construção de redes de cérebros humanos - centenas de pessoas operando em conjunto, ligadas apenas pelos seus cérebors, via Internet. Todos poderão ajudar a resolver o mesmo problema, compartilhar memórias, etc.

As especulações sobre o impacto disso para a vida das pessoas em sociedade, como era de se esperar, já estão correndo a solta na mídia - há todo tipo de ideia sendo discutido. Acho que ninguém ainda pode dizer com certeza quais serão as consequencias verdadeiras disso. 

Mas minha experiência de vida me leva a onservar que o uso de novas tecnologias nunca é neutro: sempre há consequencias boas e ruins. Por exemplo, os celulares inteligentes trouxeram a possibilidade das pessoas acessarem a Internet de qualquer lugar e de contarem com milhares de aplicativos extremamente úteis, que facilitam em muito a sua vida. 

Mas esses mesmos celulares também estão fazendo com que as pessoas deixem de conviver fisicamente - tipo "olho no olho". Cada pessoa fica agarrada a seu aparelho pessoal, acessando a Internet, brincando com jogos, mandando torpedos, etc e não interagem com quem está em torno dela. Canso de ver esse tipo de coisa acontecendo em restaurantes, onde os adolescentes nem participam mais das conversas das suas famílias.

Fico pensando também nas consequências espirituais das redes de cérebros humanos. Certamente pessoas cristãs terão seus cérebros ligados a outras não convertidas. Como isso irá influenciar a troca de experiências entre elas - testemunhos, a pregação do Evangelho, a oração, etc? Falando francamente: não tenho a menor ideia. mas confesso que não fico tranquilo em pensar nessa hipótese.

Os cristãos não podem e nem devem ser "freios" ao desenvolvimento tecnológico - como os ludditas tentaram ser, ao destruir as máquinas de tecelagem, no início da Revolução Industrial inglesa. Mas precisamos ficar atentos para saber como reagir diante desse tipo de oportunidade, que também representa uma ameaça ao modo de vida que conhecemos.

Com carinho