terça-feira, 30 de julho de 2019

O VERDADEIRO LAR DE JESUS

Será que Jesus teve um lar durante sua passagem pela terra? precisamos lembrar que, imediatamente antes de dar início ao seu ministério, Ele deixou a casa paterna, onde passou infância, adolescência e alguns anos da vida adulta. E por ter abandonado a casa paterna, foi rejeitado por quase todos com quem tinha convivido até então. Isso inclui os moradores de Nazaré, seus amigos de infância e sua própria família (Marcos capítulo 6, versículo 4 e João capítulo 7, versículo 5). 

A partir daí, Jesus, viu-se em busca de um lar alternativo. Um lugar onde se sentisse amado, onde ficasse à vontade e pudesse descansar. E acabou encontrando isso na casa da família de Lázaro, Simão, Marta e Maria, que ficava em Betânia, um vilarejo 4 km a oeste de Jerusalém. 

Jesus sempre ia até lá e ficava quanto tempo podia. E as portas daquela casa sempre estiveram abertas para Ele (Lucas capítulo 10, versículo 38). Veja alguns fatos importantes acontecidos durante suas estadias em Betânia: 
Dormiu ali todas as noites da semana que antecedeu sua morte. Ele ia para Jerusalém durante o dia e voltava para dormir (Marcos capítulo 11, versículo 11).

Sempre foi valorizado pela família de Lázaro. Pouco antes da sua morte, Maria pegou um vidro de perfume caríssimo (provavelmente parte do seu dote de casamento) e o derramou aos pés de Jesus para honrá-lo (João capítulo 12, versículo 3). 

Foi ali onde Jesus se despediu dos seus discípulos, antes de ser elevado aos céus (Lucas capítulo 24, versículos 50 a 52)

Qualquer lugar onde Jesus se considere em casa certamente se torna muito especial para Deus. Assim, não resta dúvida que, durante o ministério de Jesus, aquele foi um dos lugares mais abençoados de toda a terra. 

Assim, não foi por acaso, que foi ali que Jesus trouxe ressurreição para Lázaro, o dono daquela casa (João capítulo 11, versículos 43 e 44). Betânia certamente foi mesmo o lar de Jesus durante seu ministério.

Com carinho

domingo, 28 de julho de 2019

O MAIOR CONVITE

A gente recebe todo tipo de convite. Convites para festas, eventos na igreja, comemorações familiares e assim por diante. Alguns deles são muito bons e agente aceita com prazer, especialmente quando incluem churrasco. Outros nem tanto, e a gente tem que ir para não magoar quem convidou.

Mas há um convite que você não pode recusar: o chamado para a salvação. E é sobre isso que o profeta Isaías fala num lindo texto, no capítulo 55 do seu livro, nos versículos 1 a 7. O profeta fala do convite para um evento em que tudo é oferecido grátis. Você não paga nada para entrar ou para permanecer naquela "festa". E tudo é grátis porque a salvação vem pela graça de Deus. E a maneira de conseguir entrar nessa "festa" é crer em Jesus como seu salvador. Só isso. Não precisa mais nada.

Você não pode perder essa oportunidade, se ainda não conseguiu entrar na "festa da salvação". Não deixe de aceitar esse convite que o Espírito Santo está fazendo para você, pois ele pode mudar o rumo da sua vida. É sobre isso que o Rogers fala no seu mais novo vídeo - veja aqui.

Veja outros vídeos recentes dele aqui e aqui.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL COM O PRÓPRIO CORPO

Será que você tem uma relação saudável com seu próprio corpo? Será que você aceita como seu corpo é fisicamente? Muita gente não se aceita e se vê como uma pessoa feia e imperfeita. E sofre muito com isso.

A pastora Carol fala de um estudo feito com adultos e crianças, onde lhes era perguntado o que fariam, se pudessem, para mudar seu próprio corpo. Os adultos queriam mudar para ficar mais bonitos. Já as crianças queriam ter rabo de sereia ou asas para voar, na verdade, queriam ter funções novas. Para as crianças, a beleza não era tão importante assim.

As pessoas muitas vezes passam pela vida sofrendo por não conseguirem se aceitar. Por não conseguirem ter uma relação saudável com o próprio corpo. E é interessante perceber que nossa aparência física não é importante para Deus. Ele nos ama e nos aceita como somos - magros, gordos, bonitos, feios, altos e baixos. Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, o apóstolo nos lembra que somos o templo do Espírito Santo. E certamente o Espírito Santo não iria querer morar num lugar ruim e feio. Se Ele habita em nós é porque nossa aparência exterior em nada importa.

Aprenda a se aceitar como você é. E se você não consegue fazer isso, procure ajuda. Não deixe a insatisfação com seu próprio corpo trazer sofrimento para sua vida. É sobre isso que a pastora Carol e a Alícia falam no seu mais novo vídeo - veja o vídeo aqui.

Veja outros vídeos da pastora Carol e da Alícia aqui e aqui.

Veja o canal da pastora Carol no Instagram aqui.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

A MÃO DE DEUS NA CRIAÇÃO DA BÍBLIA

A Bíblia é a Palavra de Deus - essa é a crença dos cristãos. E vemos nela a mão de Deus. E há muitas provas de que o texto bíblico, embora escrito por diferentes autores, teve uma única supervisão, do Espírito Santo. 

E tanto foi assim, que a Bíblia, mesmo tendo sido escrita ao longo de cerca de 1.500 anos, demonstra uma unicidade surpreendente. Todos os textos apontam numa mesma direção e apresentam ensinamentos coerentes entre si. E é aí que vemos a mão de Deus. 

Uma das provas dessa supervisão única do Espírito Santo, ou seja, da mão de Deus, é um fato curioso. Há uma "mensagem" embutida no texto dos livros que relatam a história do povo de Israel. Essa história começa no Êxodo e termina em Reis. Essa mensagem liga a história de Israel a violações dos Dez Mandamentos. Cada livro, na ordem em que aparece na Bíblia, corresponde à violação de um mandamento, também na ordem apresentada no texto bíblico.

É evidente que uma organização tão sofisticada não poderia acontecer por acaso. Ela requereu que uma mente única concebesse esse conjunto de textos. E, mais ainda, que influenciasse os autores dos vários livros da Bíblia a escrever a coisa certa. Foi preciso que a mão de Deus se fizesse presente. 

Os textos que vão de Êxodo a Reis, oito livros no total, cobrem nove mandamentos, não havendo referencia direta apenas ao último dos Dez. Trata-se do mandamento que proíbe cobiçar aquilo que é dos outros. Mas é claro que a violação desse último mandamento está implícita na violação dos demais. Afinal o roubo ou o adultério, por exemplo, somente podem acontecer se antes a pessoa tiver se deixado levar pela cobiça daquilo que não lhe pertencia.

Os pecados em Israel eram coletivos
Vamos ver como essa mensagem é apresentada passo a passo. Mas, antes de tudo, é importante compreender que os pecados no Velho Testamento são sempre tomados de forma coletiva, mesmo quando praticados por uma única pessoa. Veja um exemplo disso em Juízes capítulo 7, versículo 1:
Mas os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã, filho de Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, apossou-se de algumas delas. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel.
Repare que quem cometeu o pecado foi um homem, Acã, mas o texto diz que o povo como um todo foi infiel. E tanto essa abordagem coletiva é verdadeira que o povo foi punido com a derrota na batalha pela cidade de Aí, que se seguiu ao pecado de Acã. Somente depois que Acã foi punido, o povo recebeu o perdão de Deus e pode seguir em frente.

Esse procedimento parece estranho aos nosso olhos pois hoje entendemos os pecados como individuais. Mas hoje vivemos na Nova Aliança, marcada pelo sangue de Jesus, conforme o relato do Novo Testamento. No Antigo Testamento, na Velha Aliança com Deus, a promessa foi dada para os descendentes de Abraão. E era o fato de pertencer a Israel, por laços de sangue, que dava à pessoa acesso às bençãos de Deus prometidas a Abraão. Portanto, havia na Velha Aliança uma ligação íntima entre o individual e o coletivo: a bênção coletiva migrava para cada pessoa, mas o pecado pessoal também se refletia sobre todo o povo.

É claro que com Jesus, essa realidade mudou: as promessas passaram a ser individuais e o relacionamento com Deus tornou-se responsabilidade de cada pessoa, não mais de uma coletividade.

Vejamos, então, onde a violação dos nove primeiros dos Dez Mandamentos aparece no relato dos oito primeiros livros da história de Israel. Vamos ver como a mão de Deus se faz presente nesses relatos:

1) Êxodo
Esse livro fala da violação dos dois primeiros mandamentos: não ter outros deuses diante do nosso Deus e não adorar imagens de escultura.

Ora, quando Israel foi se encontrar com Deus no Monte Sinai, ficou esperando durante muitos dias por Moisés, que tinha subido no monte. Durante esse período, o povo se revoltou e construiu um bezerro de ouro e adorou outros deuses (Êxodo capítulo 32, versículos 1 a 8).

Vemos aí o padrão sendo estabelecido: o primeiro livro da história de Israel fala também do descumprimento dos dois primeiros mandamentos.

2) Levítico
O terceiro mandamento é aquele que proíbe tomar o nome de Deus em vão. E esse mandamento é violado no livro de Levítico, que segue o livro do Êxodo. No Levítico é relatada a história de um homem da tribo de Dã que blasfemou contra o nome de Deus (capítulo 24, versículos 10 a 23). 

Esse homem foi preso e a comunidade aguardou que Deus se manifestasse. E Deus mandou que o homem fosse apedrejado pela congregação como um todo. Em outras palavras, todos, inclusive aqueles que testemunharam o crime e nada fizeram para impedi-lo, precisaram participar da punição e deixar claro que não concordavam com o que tinha sido feito.

3) Números
O mandamento seguinte se refere à guarda do sábado. E no livro que se segue, Números, essa lei é violada (capítulo 15, versículos 32 a 36): um homem é pego colhendo lenha (trabalhando) no dia do sábado. E ocorre a mesma coisa que no caso anterior: o homem é preso, Deus dá a sentença de morte e toda a comunidade participa do apedrejamento. 

4) Deuteronômio
A lei que se segue é aquela que manda honrar pai e mãe. O livro seguinte na história de Israel é o Deuteronômio. E, não por acaso, há nele o relato indireto de uma violação a essa lei (capítulo 21, versículos 18 a 21):
Se um homem tiver um filho obstinado e rebelde que não obedeça nem ao pai nem à mãe, ainda que estes o castiguem para o corrigir, então seus pais deverão trazê­-lo perante os anciãos da cidade e declarar: ‘Este nosso filho é obstinado e rebelde e não quer obedecer; além disso é um comilão e beberrão incorrigível.’ Os homens da cidade apedrejá­-lo-­ão até morrer. Dessa forma tirarão o mal do vosso meio; e todos os outros jovens de Israel ouvirão isso que aconteceu e terão medo.
No texto acima, é detalhado um exemplo concreto de violação ao quinto mandamento - o caso de um filho obstinado e rebelde, que também comia e bebia demais. Esse caso foi usado para exemplificar bem o tipo de situação abrangido pela lei.

5) Josué
Antes de falar da violação em si é preciso discutir a questão da ordem dos Dez Mandamentos. Há uma ordem apresentada no relato do Êxodo e do Deuteronômio, onde os mandamentos seis a oito são: não matarás, não adulterarás e não roubarás. Mas em Jeremias capítulo 7, versículo 9, os mesmos mandamentos são citados numa ordem diferente: não roubarás, não matarás e não adulterarás.

Isso comprova que a ordem exata em que os mandamentos foram reconhecidos pelo povo de Israel variou um pouco, o que não muda seu conteúdo ou significado espiritual. E a discussão que faço aqui segue a ordem estabelecida em Jeremias.

Então, está na vez do mandamento que proíbe o roubo. E o livro da vez é Josué, onde há o relato da desobediência de Acã, que já foi citada no começo desta postagem. Os israelitas tinham sido ordenados por Deus a nada pegarem do espólio obtido como fruto da conquista da cidade de Jericó. Acã desobedeceu, guardando (roubando) para si parte do espólio. E acabou punido e morto (capítulo 7, versículos 14 a 26).

6) Juízes
O mandamento seguinte refere-se a não matar. E com efeito há uma referencia a ele no livro de Juízes (capítulos 19 e 20). Trata-se da história da concubina de um levita, que foi estuprada e morta pelos homens da cidade de Gibeá. Esse crime está descrito no capítulo 19, versículo 30 como o pior da história de Israel.

E a tribo de Benjamim, em cujo território ficava a cidade de Gibeá, cometeu o crime adicional de se recusar a colaborar na punição do mal feito. As demais tribos se reuniram e derrotaram Benjamim, restabelecendo a justiça e impedindo que houvesse um racha no povo de Israel.

7) Samuel
O oitavo mandamento, na ordem que escolhemos, fala contra o adultério. E há um único caso na Bíblia em que esse tipo de pecado é tratado com todos os seus detalhes sórdidos. E isso está exatamente no livro de 2 Samuel (capítulos 11 e 12). Trata-se do adultério do rei Davi com Bate Seba, que levou à morte de Urias, o marido traído.

O relato da Bíblia indica que esse adultério foi de grande importância para a vida de Davi, como também para todo o povo de Israel - todos os problemas que o rei sofreu a partir daí, como a rebelião do seu filho Absalão, estão de alguma forma ligados ao pecado por ele cometido.

8) Reis
Chegamos ao último mandamento, que proíbe o falso testemunho e ao último livro da série histórica, que é o de Reis. E a violação do nono mandamento envolve outro rei, agora Acabe.

O rei cobiçava a vinha de um homem, Nabote e tentou comprar aquela propriedade por meios legais, mas o dono se recusou a vender. Aí a rainha Jezebel montou uma acusação falsa contra Nabote que acabou sendo julgado e morto. E Acabe se apossou da vinha (1 Reis capítulo 21).

Palavras finais
A Bíblia foi escrita por dezenas de autores diferentes, ao longo de muitos séculos. Em alguns casos o texto original ainda foi editado, depois de escrito, como aconteceu com os cinco livros iniciais do Velho Testamento.

Ainda assim se nota nesse conjunto de textos unicidade, comunhão de propósitos e coerência. E isso não pode ser devido a mãos humanas. Trata-se da mão de Deus. Com efeito, sabemos que tudo foi obra do Espírito Santo, que inspirou cada autor a escrever aquilo que deveria. 

Por causa disso, a Bíblia é, para nós, cristãos, a Palavra de Deus. Completa e sem erros. E a mão de Deus pode ser notada no seu texto. 

Com carinho

segunda-feira, 22 de julho de 2019

POR QUE DEUS ESPERA LOUVOR?

Durante muitos anos, eu tive uma grande dúvida: por que Deus requer o louvor dos seus adoradores? Por que Deus tem essa necessidade? Não seria isso vaidade, coisa incompatível com a santidade e perfeição de Deus?

Como você também pode ter a mesma dúvida, acho que vale à pena contar aqui as respostas que encontrei.

O conceito de vaidade 
E começo por discutir o conceito de vaidade. Segundo os dicionários, trata-se de uma visão inflada que a pessoa tem de si mesma. Ser vaidoso é ter uma falsa percepção da própria importância e tentar obter um crédito não devido. Em outras palavras, vaidade é uma manifestação de um ego inchado, maior do que deveria ser.

Sendo assim, Deus nunca pode ser vaidoso. Primeiro, porque como Ele sabe tudo, tem uma visão realista dele mesmo. Sabe aquilo que é e não cai em auto-enganos. Depois, porque todo reconhecimento (louvor) que Ele espera é sempre devido, pois tudo nasce n´Ele e depende d´Ele para existir. Somos totalmente dependentes d´Ele para existir (1 Coríntios capítulo 4, versículo 7).

O louvor como proteção 
Mas, ao cobrar louvor, Deus também está nos protegendo. E talvez isso surpreenda você, como surpreendeu a mim, quando entendi essa questão. 

O ser humano é uma criatura espiritual - o livro do Eclesiastes (capítulo 3, versículo 11) diz que Deus colocou a eternidade nos nossos corações. Fomos "projetados" para ter ligação espiritual estreita com algo que nos seja superior.

Sendo assim, se não estivermos intimamente ligados a Deus, acabaremos ligados espiritualmente a outra coisa, como dinheiro, poder ou outra divindade qualquer. E esse outro deus vai passar a dirigir as nossas vidas.

Quando estamos louvando ao Deus verdadeiro, estamos protegidos desse tipo de perigo. Nosso foco está colocado na direção certa, adoramos e prestamos fidelidade a quem de direito. 

Uma expressão do amor a Deus
Outra coisa que aprendi é que louvor sincero não é um simples ato de elogio a Deus, mas sim um reflexo do amor que sentimos por Ele. 

Basta olhar em torno para ver que o mundo está cheio de louvor. O namorado louva as qualidades da namorada, usando versos, cartas, serenatas, etc. Os fãs de futebol louvam seus ídolos ao aplaudi-los nos estádios e ao segui-los nas redes sociais. Os adolescentes louvam seus artistas preferidos com gritos histéricos e pedidos de autógrafos, ou mesmo esperando dias numa fila para comprar ingressos para um show. E assim por diante. 

O louvor a Deus é importante porque aponta para a apreciação que sentimos por Ele. Quando amamos Deus verdadeiramente, o louvor brota de forma espontânea (Salmos capitulo 147, versículo 1). Portanto, a capacidade de louvar de verdade é um bom "termômetro" da dimensão do amor que temos por Deus.

Palavras finais 
As categorias para a avaliação de Deus são diferentes da do ser humano. Essas categorias nunca poderiam ser as mesmas, pois Deus é um Ser muito, mas muito, especial. Muito diferente de nós. E Ele está acima da nossa compreensão.

Deus não é vaidoso e a maior prova disso é a humildade que Jesus demonstrou quando viveu neste mundo. O louvor é um instrumento que Deus usa para nos manter numa relação saudável e estreita com Ele. E também é uma consequência inevitável dessa relação floresce. O louvor é fruto direto do amor que sentimos por Ele. 

Concluindo, louve a Deus sempre que puder, de todas as formas e com todo o seu ser.

Com carinho

sábado, 20 de julho de 2019

UM PASTOR PARA TODA A VIDA

Jesus é nosso pastor. Mas Ele é um pastor com o qual podemos contar ao longo de toda a nossa vida. Jesus nunca vai nos faltar ou decepcionar. E é sobre isso que falo no meu mais novo vídeo.

E desenvolvo esse tema fazendo referência á bênção dada por Jacó, um dos três patriarcas do povo de Israel, aos filhos de José, já no final da sua vida. Jacó também foi pastor de ovelhas e entendia tudo sobre a relação que há entre um pastor e seus animais. E ele falou sobre esse tema quando foi dar sua benção. 

Não sei se você se lembra que José foi o filho de Jacó vendido como escravo pelos próprios irmãos, por motivo de ciúme. José acabou no Egito, onde fez carreira e se tornou homem muito importante. Por causa disso, mais adiante, toda a família de Jacó foi levada para o Egito, para fugir de grave seca que acontecia em Canaã. 

E foi lá que Jacó se dispôs a abençoar os filhos de José - Efraim e Manassés -, como um dos últimos atos da sua vida. Esse acontecimento está relatado no final do livro do Gênesis. Veja o vídeo aqui

Veja outros vídeos recentes meus aqui e aqui.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

O QUE É A LEI DO AMOR?

A lei do amor foi dada por Jesus (ver Mateus capítulo 22 versículo 36). Ela diz o seguinte: você deve amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 

Talvez nenhum ensinamento de Jesus seja mais conhecido do que esses, embora o significado do que Ele quis de fato transmitir seja frequentemente mal compreendido. Vou me explicar melhor. E começo por perguntar uma coisa: como Jesus pode ordenar que você tenha um sentimento (no caso, o amor)? Afinal, sentimentos têm vida própria e ninguém manda neles, no máximo é possível controlá-los. 

A resposta para essa pergunta é simples: Jesus está nos convocando a PRATICAR o AMOR, ou seja tomar a decisão de AGIR de forma a viver o amor. Ele não estava falando de sentimentos. Quando você age como se amasse a Deus e ao próximo, mesmo que não haja sentimentos envolvidos, tudo se passa, na prática, como se o sentimento existisse de fato.

E Deus convoca você a demonstrar amor em situações onde não você escolheria fazer isso por vontade própria. Por exemplo, você jamais daria ao próximo (exceto talvez à sua própria família) a mesma importância que dá a si mesmo/a, se não fosse cobrado/a a fazer isso.
 
O amor a Deus
O que significa amar a Deus sobre todas as coisas? Isso quer dizer simplesmente colocar Deus em primeiro lugar. E é evidente que isso está longe de ser verdade, mesmo no meio de pessoas que se dizem cristãs. Muita coisa passa na frente de Deus: família, emprego, viagens de lazer e até o time de futebol. Deus costuma ficar bem lá atrás na lista de prioridades da vida humana.

Esse mandamento conclama os cristãos a ter COMPROMISSO com Deus e é fácil de entender a razão. Quando um homem ama uma mulher de verdade, ele decide assumir compromisso com ela. E é isso o que todos (inclusive ela mesma) esperam dele. E por que seria diferente com Deus? 

Se não há compromisso com Deus, se você dá a Ele apenas o tempo e os recursos que lhe sobram (quando sobra alguma coisa), certamente não pode dizer que Deus é importante para você. 

O amor ao próximo
Qual é o significado real de amar o próximo como a si mesmo/a. Talvez a melhor forma de responder seja mudando a forma de enunciar essa parte da Lei do Amor: faça aos outros da mesma forma como quer que façam a você. 

Se não você quiser passar fome, não deixe quem está próximo de você passar fome. Se não quer ser humilhado, não humilhe o próximo. Se você quer ser consolado quando estiver triste, console a quem estiver entristecido. E se você quer ser visitado quando doente, faça a mesma coisa pelo próximo. É simples assim. 

Palavras finais
A lei do amor resume tudo que Deus espera de você – nem mais e nem menos. Ela não é difícil de entender, mas nem por isso deixa de ser muito exigente, muito mais do que parece ser à primeira vista. 

Para aprender a obedecer à lei do amor você preciso caminhar aos poucos, passo a passo, mudando sua própria forma de viver. Você precisa assumir outras prioridades, outros compromissos e assim por diante. 

Portanto, dê logo o primeiro passo. Não fique esperando. Vai valer à pena.
 
Com carinho

terça-feira, 16 de julho de 2019

A ESTRATÉGIA DO MINISTÉRIO DE JESUS


Hoje vou falar sobre estratégia. Mais especificamente sobre a estratégia que Jesus adotou no seu ministério, isto é, fazer discípulos. 

Sua atuação envolveu grande investimento de tempo para identificar, desenvolver e empoderar seus discípulos, para que eles viessem a dar continuidade à obra de Deus. 

Essa estratégia é cada vez mais importante no mundo atual, embora, na prática, seja pouco usada pelas igrejas cristãs. Basta ver os constantes conflitos que acontecem entre as pessoas que frequentam as igrejas e a realidade que os crentes mudam de igreja quase com a mesma frequência com que mudam de roupa. 

Há muitas razões para isso, como, por exemplo, a impaciência das pessoas, que querem resultados imediatos em todas as áreas das suas vidas, inclusive no campo espiritual. Quando os resultados não vêm com a velocidade que desejam, elas se decepcionam e mudam de igreja. 

Mas, hoje eu quero me concentrar num problema específico: a diferença entre os objetivos das pessoas e e os objetivos das igrejas. Vou tentar me explicar melhor. Uma organização pode ser definida como um grupo de pessoas que se junta na busca de objetivos comuns (sua missão). Vejamos alguns exemplos de missões: governar o país mantendo a ordem e promovendo a justiça social (governo federal), dar lucro para os investidores (empresas privadas), converter almas a Cristo (igrejas cristãs) e assim por diante. 

São os objetivos da organização que verdadeiramente definem os seus caminhos e sua forma de operação. Se os objetivos forem bons - por exemplo, ajudar o próximo -, a organização tende a ser boa. Mas, quando os objetivos são egoístas, como obter o lucro a qualquer custo, isto é, sem considerar o impacto das ações da organização sobre a sociedade como um todo, as coisas tendem a caminhar mal.

Cada pessoa que participa de uma dada organização costuma ter seus próprios objetivos de vida - p. ex. segurança, prosperidade, reconhecimento e assim por diante. E os objetivos das pessoas costumam ser diferentes daqueles estabelecidos pela organização à qual pertencem. Por exemplo, um dos objetivos das pessoas costumam ser maximizar seus rendimentos pessoais (salários), enquanto é comum que as organizações queiram maximizar seus lucros. E um dos caminhos para a maximização dos lucros da organização costuma ser pagar o menos possível para os seus colaboradores. Portanto, há um constante potencial para conflito aí.

Quando não há muita compatibilidade entre os objetivos da organização e os objetivos dos seus integrantes, é preciso trabalhar para aproximar as diferenças, para alinhar os objetivos pessoais e os corporativos. Por exemplo, no exemplo que acabei de dar, a solução poderia ser distribuir pelos funcionários parte dos lucros, fazendo-os sentir-se como “sócios” da empresa. E é exatamente por isso que existem os bônus. 

Cristãos são pessoas como as outras e, portanto, almejam mais ou menos as mesmas coisas: conforto, prosperidade, segurança, etc. A diferença é que os cristãos verdadeiros não almejam só coisas materiais, mas também se empenham por herdar a vida eterna. E sabem que precisam impor certos limites aos seus objetivos materiais para não prejudicar seu acesso à vida eterna. 

Agora, as igrejas têm (ou deveriam ter) como objetivo principal implantar o Reino de Deus neste mundo. E isto significa evangelizar, acolher e discipular as pessoas, dar assistência material aos menos favorecidos, etc. E é fácil perceber que não há compatibilidade total entre esses objetivos e aqueles que as pessoas estabelecem para si mesmas.

Afinal, os requisitos necessários para a implantação do Reino de Deus são sacrifício, dedicação, desprendimento pessoal e assim por diante. Enquanto os objetivos das pessoas têm a ver com prosperidade, conforto, segurança, etc. No primeiro caso, é preciso "domar" o eu, enquanto no segundo, ele domina.

Como algumas igrejas administram esse conflito
Ao longo do tempo, as igrejas têm desenvolvido várias estratégias para lidar adequadamente com essa diferença de objetivos. Vou dar alguns exemplos:

Há igrejas que ajustam seus objetivos para torná-los mais "palatáveis" para as pessoas – algumas chegam a fazer estudos de marketing para entender melhor o que seu público quer ouvir. E aí elas liberalizam as práticas e costumes considerados adequados, tornando as exigências feitas às pessoas mais fáceis de suportar e cumprir. E, para dar suporte teológico para essa postura bem liberal, relativizam os ensinamentos da Bíblia, especialmente os mais incômodos, como aqueles relacionados com o pecado. 

O problema com o liberalismo excessivo é que a igreja se torna muito parecida com o mundo e acaba ficando irrelevante - o "sal", que deveria ser a ação da igreja na sociedade deixa de ter sabor.

Há igrejas que estabelecem objetivos sérios e importantes para seus frequentadores, mas, na prática, não lutam por eles. Querem agir para ajudar as pessoas a mudar de vida, pois muitos dos seus hábitos delas são errados, mas tudo fica no discurso. As pessoas continuam mais ou menos vivendo suas vidas, numa zona de conforto, sem serem desafiadas em nada. Cada uma delas mantém seu padrão de vida - inclusive seus "pecados de estimação" - e não há muito conflito. 

Esse tipo de igreja funciona como aquelas que liberalizou demais suas práticas, embora não reconheça que fez isso. Elas são nominalmente mais rigorosas e preocupadas com o pecado, mas isso fica apenas no discurso.

Outras igrejas lidam com esse conflito especializando-se em divulgar doutrinas simplistas, mas que falam ao coração das pessoas. Fazem muitas promessas - prosperidade, saúde absoluta, etc - que, infelizmente, não têm qualquer respaldo bíblico. 

As pessoas aderem a essas igrejas de forma entusiasmada e elas crescem rapidamente. Mas, quando as promessas não se materializam, elas ficam decepcionadas e abandonam a igreja que estavam frequentando e vão para outra, onde o ciclo de promessas e esperanças começa de novo. Nesse caso - o das promessas sem respaldo bíblico - as igrejas tentam convencer as pessoas que não há diferenças entre os objetivos da organização e os dos seus frequentadores, mas a realidade, na maior parte das vezes, acaba se impondo. 

Há ainda igrejas que tentam harmonizar os objetivos recorrendo ao medo do Inferno para controlar as pessoas. E muitas pessoas, apavoradas (especialmente aquelas com menos cultura e conhecimento), se deixam “escravizar”. Abrem mão dos seus objetivos pessoais em prol dos objetivos das igrejas. Os objetivos das igrejas passam a dominar suas vidas. 

As consequências aqui são cristãos amedrontados e um ambiente propício à hipocrisia - as pessoas apenas fingem que estão fazendo aquilo que delas é requerido.

Como Jesus resolveu esse conflito
Jesus agiu de forma criativa. Sua estratégia foi simples: Ele trabalhou para que seus seguidores mudassem seu comportamento pessoas. E adotassem para suas vidas objetivos mais em linha com os parâmetros do Reino de Deus, como perdão, fidelidade a Deus, amor ao próximo e assim por diante. 

E o ponto crucial dessa estratégia é a mudança interior. Jesus se empenhou para que seus discípulos passassem a "sonhar os sonhos de Deus". Isto é, para que essas pessoas internalizassem os objetivos do Reino de Deus nas suas vidas e passassem a adotá-los como seus.

Para conseguir fazer isso, Jesus investiu pesadamente no discipulado dos seus seguidores: passou três anos convivendo com essas pessoas dia e noite e ensinando-as através de cada atitude e palavra que vinham dele. Foi um trabalho difícil e lento, mas que produziu mudanças verdadeiras e duradouras – basta ver o caso do apóstolo Pedro, antes um homem instável e medroso e, depois, um dos pilares da igreja cristã. 

E, durante o processo de discipulado dessas pessoas, Jesus não se afastou um milímetro da vontade de Deus - não fez concessões e muito menos permitiu que as pessoas se acomodassem numa zona de conforto. Chamou-as à responsabilidade e cobrou delas compromisso com o Reino de Deus.

É claro que essa estratégia não gerou resultados imediatos - depois de três anos, Jesus conseguiu formar apenas um punhado de discípulos fiéis. Mas os resultados foram duradouros. Os discípulos por Ele formados multiplicaram o trabalho de Jesus, formando novos discípulos e levando a mensagem cristã aonde iam. E a igreja cristã cresceu de forma segura e confiável, sem fazer concessões, mas também sem escravizar as pessoas. 

Infelizmente, essa estratégia não é muito popular hoje em dia, por ser demorada e requerer muito esforço dos líderes religiosos. Boa parte desses líderes tem pressa e mede seu sucesso pelo crescimento rápido das suas próprias igrejas. Assim, não há tempo para discipular, só para fazer promessas e mais promessas.

Essa estrategia também não agrada às pessoas sedentas por promessas de prosperidade e cura e buscando resultados imediatos. Poucas pessoas têm paciência para frequentar uma igreja por bom tempo, participar dos cultos, frequentar a Escola Bíblica e grupos de discipulado para aprender sobre a Palavra de Deus e consolidar seu caráter cristão. 

Aí se junta "a fome com a vontade de comer": todo mundo quer resultados rápidos e procura investir o mínimo de esforço para conquistá-los. Os conflitos são simplesmente "empurrados para baixo do tapete" e frequentemente nunca resolvidos, ou resolvidos apenas quando as pessoas saem da igreja e levam consigo seus problemas. 

Reconhecer que os objetivos do Reino de Deus e os objetivos das pessoas não são sempre compatíveis entre si é muito importante, pois essa constatação dá bem a dimensão do desafio a ser enfrentado pelas igrejas cristãs. Simplesmente, não há respostas fáceis e resultados imediatos. 

Afinal, o discipulado cristão é um processo de mudança das pessoas. E essa foi a estratégia adotada por Jesus. Ele procurou ensinar as pessoas a deixar de lado seu próprio eu e passar a priorizar os objetivos do Reino de Deus. E essa não é uma tarefa fácil. Essa estratégia exige muito tempo, paciência e esforço. Mas, esse é o único caminho possível.

Com carinho

domingo, 14 de julho de 2019

A APARÊNCIA DO DIABO ENGANA

Pode ter certeza que a aparência do Diabo engana os seres humanos. Livros, filmes e programas de televisão costumam apresentar o Diabo como um ser feio, repelente mesmo. Ele costuma ser apresentado com chifres, rabo, cheiro de enxofre e outros aspectos de uma aparência horrível. E seria bom se fosse assim, pois ninguém iria se sentir atraído por um ser com essa aparência e ficaria fácil fugir dele. 

Mas, a realidade é completamente diferente. A aparência de Satanás não é repelente. Afinal, ele era originalmente um arcanjo muito bonito, Lúcifer, ou "Estrela da Manhã" (Isaías capítulo 14, versículos 12 a 15). Tudo isso aponta para um ser belo. 

Sendo assim, não é difícil para Satanás se disfarçar como anjo de luz (2 Corintios capítulo 11, versículo 14), isto é aparentar ser bonito e sedutor, com poder para encantar as pessoas. E essa é uma das razões porque ele é tão perigoso. 

Por outro lado, a Bíblia também afirma que não devemos ter medo de Satanás. É preciso sim ter cautela com ele. Ter consciência que ele é capaz de causar muito estrago e nunca subestimá-lo. Mas, não devemos ter medo dele, pois basta resistir-lhe, isto é não aceitar suas mentiras e promessas enganosas, que ele fugirá (Tiago capítulo 4, versículo 7). 

Precisamos também entender que Satanás pode nos tentar. Mas, ele não tem poder para nos obrigar a fazer a sua vontade. Pode tentar nos convencer e até nos seduzir, levando-nos a seguir caminhos errados, mas a decisão final quanto ao que vamos fazer sempre será nossa, pois temos livre arbítrio. 

Outra coisa que precisa ser entendida é o risco que corremos, quando tentamos nos esconder atrás dele, para encontrar justificativas para nossos pecados. Em outras palavras, procurar nos justificar aos nossos próprios olhos e de terceiros, atribuindo nossos erros à ação demoníaca em nossas vidas, como se não tivéssemos defesa contra a atuação dele. 

Satanás é tentador, ele é mentiroso, faz promessas que nunca vão se cumprir. E a aparência do Diabo pode até ser muito melhor do que se pensa. Mas, a responsabilidade de quem cai na conversa dele ou se engana com sua aparência é da pessoa que se deixa levar por isso, pois foi ela quem escolheu pecar. Essa é a realidade nua e crua.

Com carinho

sexta-feira, 12 de julho de 2019

SOLTE OS CABELOS

Estou usando a expressão solte os cabelos para significar um certo tipo de postura diante de Deus. Trata-se de uma postura amorosa, de prestar serviço na sua obra, sem se preocupar com as repercussões. 

E isso tudo se baseia numa passagem da Bíblia, onde aparece Maria de Betânia, irmã de Lázaro e Marta. Aquela mulher lavou os pés de Jesus com um perfume muito precioso e enxugou os pés dele com seus próprios cabelos. E essa foi uma atitude surpreendente para uma mulher dita de boa família. 

Naquela época, uma mulher de respeito nunca aparecia em público, diante homens que não fossem seu pai, irmãos ou esposo com seus cabelos soltos e descobertos. Mas Maria, surpreendentemente, não respeitou esse costume. Ela não se importou com as convenções sociais e as possíveis críticas. Apenas quis apenas honrar Jesus, que tinha trazido seu irmão, Lázaro, de volta à vida. E Jesus recebeu com grande carinho o ato de Maria.

Esse foi um maravilhoso ato de amor. Por causa disso ele ficou registrado na Bíblia e é lembrado até hoje. 

Esse relato guarda um ensinamento muito poderoso para nossas vidas. E é sobre isso que o Rogers fala no seu mais novo vídeo - veja aqui.

Veja outros vídeos recentes dele aqui e aqui.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

JESUS FOI CASADO?

Terá sido Jesus casado com Maria Madalena? Esse é um assunto que volta e meia aparece na mídia e sempre gera manchetes sensacionalistas. O livro "Código da Vinci" rendeu milhões para seu autor, explorando exatamente essa ideia. 

Alguns anos atrás, uma professora da Universidade de Harvard, chamada Karen King, causou furor na mídia quando apresentou o que seria uma nova evidência do casamento de Jesus com Maria Madalena. Ela encontrou um pequeno pedaço de papiro - ver foto abaixo - onde Jesus aparece falando sobre sua esposa e dizendo que ela poderia ser uma boa discípula.

Para ser justo, a professora King não afirmou que o pedaço de documento que ela encontrou prova que Jesus foi casado com Maria Madalena. Mas, sim que o documento demonstra ter havido uma corrente de pensamento entre os primeiros cristãos que considerava isso como um fato.

Como a mídia gosta de sensacionalismo, a declaração da Professora, foi exagerada de todas as formas. E o pequeno pedaço de papiro chegou a ser apelidado de "Evangelho da Esposa de Jesus".

Essas notícias nos obrigam a discutir essa questão: será que Jesus foi mesmo casado com Maria Madalena? E se isso tiver acontecido, quais seriam as consequências para a fé cristã?

O que a Bíblia diz? 
A Bíblia não fala diretamente se Jesus foi casado ou não. O apóstolo Paulo, por exemplo, afirmou claramente que era solteiro, mas nada é dito no texto dos Evangelhos sobre o estado civil de Jesus. Mas, a conclusão de que Ele era solteiro decorre de três razões fortes:

Primeiro, naquela época praticamente todos os homens eram casados e um caso como o de Paulo era considerado exceção. Assim, se os Evangelhos tivessem se referido a uma esposa para Jesus, isso não teria causado escândalo. Não seria considerado nada demais. 

Em outras palavras, se a tal esposa tivesse existido, não haveria qualquer motivo para escondê-la. Portanto, o fato de não haver qualquer referencia a a uma esposa - por exemplo, quando a família de Jesus é mencionada - é forte indício de que Jesus era mesmo solteiro.

Segundo, em diversas passagens da Bíblia a igreja cristã é referida como a "noiva" de Cristo. E seria estranho haver tal tipo de citação se Jesus fosse casado. Haveria um conflito de ideias aí.

Finalmente, não há qualquer evidencia concreta na Bíblia de ter havido um relacionamento amoroso entre Jesus e Maria Madalena, que é a candidata favorita de todos que defendem a tese de ter havido um casamento. As evidências existentes apontam exatamente em sentido contrário. 

Por exemplo, quando Jesus ressuscitou, Maria Madalena foi a primeira pessoa a vê-lo. E ela procurou abraçá-lo, mas Jesus se afastou e não permitiu qualquer contacto físico (João capítulo 20, versículos 11 a 18). Ora, essa não é a reação natural se eles tivessem sido casados e se reencontrado de forma dramática. 

Além disso, toda a tradição cristã - os escritos dos primeiros discípulos cristãos - aponta para o fato de Jesus ter sido solteiro. Se o fato d´Ele ter sido casado fosse algo bem conhecido, como sugeriu a Professora King, a tradição da "solteirice" de Jesus nunca poderia ter prosperado.

Portanto, a doutrina de que Jesus permaneceu solteiro parece bastante segura. E afirmar o contrário é pura especulação.

E se Jesus tivesse se casado?
Haveria diferença para o cristianismo se Jesus tivesse se casado? Acho que não, pois o papel de Jesus como nosso Salvador não sofreria qualquer mudança por conta de um possível casamento. 

Afinal, esse papel dependeu de Jesus ter sido gerado pelo Espírito Santo e por uma mulher - ser humano e divino -, ter vivido sem pecado e morrido na cruz por nós, bem como ter ressuscitado dentre os mortos. Nada disso geraria uma contradição se Jesus tivesse sido casado. Em outras palavras, se amanhã ficasse provado que Jesus se casou, coisa que não acredito que vá acontecer, ainda assim Ele continuaria a ser o nosso Salvador. E o cristianismo iria em frente da mesma forma.

Na verdade, o incômodo que alguns cristãos demonstram com a possibilidade do casamento de Jesus decorre do fato que, para eles, o sexo é um pecado, mesmo quando feito no âmbito do casamento. Para essas pessoas, se Jesus tivesse sido casado, Ele teria pecado. Ora, não há qualquer respaldo bíblico para a tese de que sexo dentro do casamento é pecaminoso. Basta ler o Cântico dos Cânticos, escrito por Salomão, para ter prova disso.

O problema real com um possível casamento de Jesus seria a possibilidade de haver descendentes. Se tivesse existido um filho de Jesus, como tal pessoa teria sido encarada pelos cristãos? Provavelmente como um semi-deus - alguém digno de honras e adoração. Aliás, é exatamente essa a ideia que o autor do "Código da Vinci" explora.

Para mim, essa é mais uma razão para Jesus não ter se casado e, portanto, deixado descendentes. Afinal, Deus conhece nossas fraquezas. E Ele não iria permitir que o legado de Jesus fosse usado de forma errada, ao se estabelecer um culto para seus descendentes.

Com carinho

segunda-feira, 8 de julho de 2019

ENVELHECENDO MAIS FELIZ

Todo mundo envelhece. E é preciso aprender a lidar com esse processo que acontece na vida de cada pessoa. É o que eu chamei de envelhecendo mais feliz. Vamos ver isso mais de perto.

Com frequência ficamos sabendo que atrizes conhecidas fizeram cirurgia plástica. Essa necessidade certamente resulta do estrago que a passagem do tempo faz na aparências. Para essas moças, a frase envelhecendo mais feliz significa simplesmente manter a aparência jovem. 

Ora, não há como evitar o estrago. No máximo, é possível retardá-lo um pouco, mas nunca paralisá-lo. Percebo isso com clareza em mim mesmo - a imagem que vejo hoje no espelho é muito diferente das minhas fotos antigas. E confesso que perceber isso não é agradável.

Mas, é preciso lutar para não deixar que a perda da aparência jovem nos afete além da conta. Há muitas pessoas que sofrem profundamente com isso. Algumas delas - como atrizes, modelos, etc - até com mais razão, pois sua profissão depende bastante da imagem física que projetam. Outras pessoas sofrem muito com o envelhecimento pela excessiva vaidade.

É claro que as pessoas devam ter uma preocupação saudável com sua aparência. Deixar-se "desmoronar", à medida que o tempo passa, como acontece com algumas pessoas, é horrível. Ninguém deveria fazer isso consigo mesmo. Mas, pior ainda é a preocupação excessiva com o envelhecimento. Quem faz isso, acaba permitindo que o processo de envelhecimento paute sua vida. E a pessoa acaba por viver um sofrimento quase que diária, a cada ruga que aparece, a cada fio de cabelo branco que surge e assim por diante.

A Bíblia traz um excelente conselho sobre essa questão. Ele está no livro de Eclesiastes capítulo 2. O autor do texto (provavelmente o rei Salomão) comparou a preocupação excessiva com os efeitos da passagem do tempo com "correr atrás do vento". Pense no significado de perseguir o vento. Trata-se de tarefa que exige muito esforço e não gera qualquer resultado prático. É pura perda de tempo. 

Em outras palavras, a Bíblia ensina que é preciso aprender a conviver com a realidade do envelhecimento. É preciso encontrar uma forma de ser feliz apesar do estrago que a passagem do tempo causa. A Bíblia está firmemente de acordo com a ideia do envelhecendo mais feliz.

E há duas coisas que podem ajudar nesse aprendizado. A primeira é tomar consciência que o envelhecimento afeta todo mundo e não apenas você. Não há quem fique imune ao tempo. Ricos, pobres, famosos, pessoas comuns, bonitos e feios, todo mundo passa pela mesma dificuldade.

Alguns poucos anos atrás, a apresentadora Xuxa voltou a aparecer na televisão, na Rede Record. Muitas pessoas se manifestaram nas redes sociais dizendo-se surpresas por percebê-la tão velha, mostrando as marcas dos seus cinquenta e muitos anos. Elas se surpreenderam porque pensaram que a Xuxa estivesse protegida do envelhecimento. Imaginaram que ela ficaria eternamente jovem, cantando aquelas músicas infantis que tiveram tanto sucesso. E se assustaram quando se deram conta que sua musa tinha envelhecido e muito. 

Dar-nos conta que todas as pessoas são afetadas pela passagem do tempo nos ajuda a aceitar o inevitável. Faz com que tenhamos "companheiros de jornada" no processo do envelhecimento.

A segunda coisa que pode nos ajudar a aceitar melhor o envelhecimento é identificar as vantagens desse processo. O envelhecimento tira algumas coisas, como a beleza ou a disposição física. Mas, certamente traz outras, como a maturidade e a sabedoria. O ato de envelhecer não é apenas um processo de perdas. Há ganhos também.

Hoje eu vivo mais em paz comigo mesmo do que quando tinha vinte e poucos anos. Sou mais seguro e mais consciente das minhas escolhas. E sofro muito menos com as minhas limitações. Tenho melhor percepção daquilo que posso esperar da vida e das pessoas que convivem comigo. Por isso tenho menos decepções.

Concluindo, não "corra atrás do vento". Aprenda a aceitar aquilo que a vida traz e não é possível evitar. A ideia do envelhecendo mais feliz é muito útil e vai ajudar você, pode ter certeza disso.

Com carinho

sábado, 6 de julho de 2019

RECOMEÇAR


Recomeçar é das coisas mais difíceis de fazer na vida. A necessidade de um recomeço, por si só, significa que algo deu muito errado. Pode ser uma relação afetiva importante acabou, a pessoa foi demitida do emprego onde estava há muitos anos, morreu um ente muito querido, foi preciso superar uma doença séria que deixou sequelas, etc.

Não é nada simples ficar de pé de novo e recomeçar. E isso me lembra um samba antigo, que foi muito popular, cuja letra aconselhava: “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima...” 

Eu já tive que recomeçar duas vezes na minha vida, por motivos diferentes, e posso garantir que não é nada fácil. Nesses momentos, a mente costuma ser assaltada por um turbilhão de sentimentos ruins. Há sensação de fracasso, vergonha de ter errado ou fracassado, medo de não conseguir se recuperar, autopiedade, culpa, etc. 

A Bíblia tem muito a dizer para quem passa por esse tipo de situação e nos ensina pelo exemplo de várias pessoas que precisaram recomeçar. E encontraram forças para fazer isso. Mas, isso só foi possível com a ajuda e a orientação de Deus. Vejamos alguns exemplos:

A pessoa tinha ideias erradas
Paulo, antes de se tornar apóstolo, era um judeu ortodoxo que julgava ser o cristianismo uma heresia. Por causa disso, perseguiu os cristãos e acabou participando ativamente do martírio de alguns deles, como o do diácono Estevão (Atos dos Apóstolos 7:54 a 8:3).

Um dia, Paulo ia para a cidade de Damasco, para liderar a perseguição aos cristãos naquele local, quando teve uma visão e ouviu uma voz, dizendo: “Paulo, Paulo, por que me persegues?” (Atos dos Apóstolos 9:1-9). Era Jesus se manifestando e colocando Paulo num novo caminho. 

Paulo aceitou recomeçar, mas não foi nada fácil (Atos dos Apóstolos 9:20-22): precisou desdizer tudo o que tinha dito antes, enfrentou muita resistência dos cristãos, antes de ser totalmente aceito, e carregou um estigma por toda a vida por ter perseguido seus irmãos na fé.

Paulo teve coragem de recomeçar e acabou se tornando um grande evangelista e o autor de boa parte do Novo Testamento. Seus textos, como Gálatas e Romanos, estabeleceram as bases teológicas do cristianismo. 

A pessoa estava em pecado 
Os publicanos eram judeus que assumiam o papel de coletar impostos em nome dos dominadores romanos. E faziam isso explorando os próprios compatriotas e lucrando com os excessos de arrecadação que conseguiam extorquir. Não é surpresa, portanto, que os publicanos fossem odiados e tidos como pecadores irrecuperáveis. 

Zaqueu era o principal publicano numa cidade que Jesus visitou. Tinha baixa estatura e queria ver o Mestre passar, o que não era fácil, pois Jesus vivia rodeado de muitas pessoas. A única forma que Zaqueu encontrou para ver Jesus foi subir numa árvore. 

Ao passar embaixo dessa árvore, Jesus parou e disse, para surpresa geral, que iria pernoitar na casa de Zaqueu. Esse era um ato impensável naquela época, pois um Mestre (Rabino) devia evitar ao máximo ter contato com pecadores, para não se contaminar.

Zaqueu foi tão tocado pela gesto de Jesus, confessou seus pecados e prometeu restituir em dobro tudo aquilo que tinha roubado dos seus compatriotas (Lucas 19:1 a 10). Ele teve coragem de deixar o pecado para trás, pegar na mão que Jesus lhe estendia e recomeçar a vida.

E não deve ter sido nada fácil pois Zaqueu precisou abrir mão de muito dinheiro, mudar de profissão e enfrentar a desconfiança das pessoas.

A pessoa perdeu tudo 
A história de Rute é uma das mais belas da Bíblia. Tudo começou com Noemi, mulher que tinha dois filhos homens - um deles foi casado com Rute. A família morava fora de Israel e, por causa disso, as noras de Noemi não eram judias. 

Noemi teve o infortúnio de perder o marido e os dois filhos e os filhos não tiveram tempo de gerar descendentes. Ora, naquela época, as mulheres eram totalmente dependentes dos homens e uma família sem homens adultos estava fadada a morrer de fome. 

Noemi aconselhou as noras a voltarem para suas respectivas famílias, para poderem sobreviver. Ela decidiu voltar para Israel, contando viver da caridade do seu povo.

Uma das noras de Noemi aceitou a sugestão da sogra e foi embora. Mas, Rute se manteve fiel à Noemi. E a frase que disse para a sogra é daquelas que a gente não esquece: “Onde quer que fores, irei eu,... o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rute, capítulo 1, versículos 16 e 17). 

Noemi e Rute recomeçaram a vida em Israel, mendigando. Uma reviravolta dos fatos fez com que Rute acabasse se casando com Boaz, rico senhor de terras. E o neto de Rute e Boaz foi o rei Davi - essa mulher corajosa e leal acabou entrando na linhagem de Jesus.

Rute recomeçou da forma certa, mantendo-se firme e leal. E sua vida foi mudada por Deus para muito melhor.

Outra pessoa que perdeu tudo e precisou recomeçar do zero foi José. Jacó, seu pai, tinha doze filhos, mas amava de fato a José, rapaz fora do comum. E os dez irmãos mais velhos de José morriam de ciúmes e acabaram por vendê-lo como escravo para uma caravana que viajava para o Egito. 

Assim, José perdeu tudo de uma vez só – o conforto do lar, a família, os amigos, a liberdade, etc (Gênesis capítulo 37). Com apenas dezessete anos, ficou sozinho no mundo e teve que recomeçar do zero, no Egito.

Mas, ele não desesperou e manteve a confiança em Deus. Conservou também seus princípios morais e quando lhe foi pedido para fazer coisas erradas, para obter vantagens, ele se recusou a atender. Como Deus estava com ele, José superou todas as dificuldades e acabou como o segundo homem mais importante do Egito, o país mais rico do mundo naquela época.

A pessoa que precisa recomeçar mais de uma vez
Moisés, assim como acontece com tantas outras pessoas, precisou recomeçar mais de uma vez. Ele foi encontrado pela fila do faraó, boiando numa cesta colocada no rio Nilo. E foi criada por ela como filho. Portanto, Moisés começou sua vida em meio ao luxo e poder.

Com o passar do tempo, Moisés tornou-se consciente de ser descendente do povo de Israel, que vivia escravizado no Egito. E se revoltou contra esse estado de coisas. Matou um egípcio e precisou fugir do país onde fora criado. E acabou se fixando em Midiã, próximo ao deserto do Sinai. Ele tinha 40 anos quando fez essa mudança e precisou recomeçar sua vida como simples pastor de ovelhas.

Passaram-se mais 40 anos e Moisés foi chamado por Deus para ser o libertador do povo de Israel da escravidão. E ele precisou recomeçar outra vez, cumprindo um papel que não queria, que não escolheu. 

Numa das vezes Moisés precisou recomeçar por que fez algo errado - matou um homem. Na outra vez, seu começo foi fruto de um chamado de Deus. E o fato que ele precisou fazer duas transições na vida, certamente serve de inspiração para muita gente, que também se viu precisando recomeçar mais de uma vez.

Palavras finais
Se você precisa recomeçar sua vida, não tenha medo. Se Deus estiver com você, como esteve com Paulo, Zaqueu, Rute, José e Moisés, pode ter certeza que, independentemente das suas circunstâncias, você vai conseguir superar todas as dificuldades. 

Basta ter fé, ir em frente e perseverar. É como diz a letra de uma música muito querida: "Segura na mão de Deus, e vai".

Com carinho