quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O PROBLEMA É A ACEITAÇÃO DO PECADO...

Hoje vamos falar da aceitação do pecado e de como isso está na origem de alguns dos maiores problemas brasileiros.

Começo lembrando que são tantos os escândalos de corrupção no Brasil, em todos os níveis da administração pública, que eles acabam gerando nas pessoas uma sensação de desalento. Parece ser que o Brasil não tem jeito mesmo. Parece ser que há algo de errado com nosso povo.

Mas não é bem assim. Nosso povo tem baixo índice de instrução e isso gera uma série de problemas. Mas não somos, na essência, piores do que ninguém. Temos, os mesmos defeitos e qualidades que os demais povos.

E corrupção é um mal mundial. Não é exclusividade brasileira. Vejamos alguns exemplos:
  • Cerca de 5 anos atrás, a autoridade da ONU encarregada de gerenciar a crise humanitária no Haiti foi processada por uma série de atos corruptos. Ocorreram muitos desvios de verbas que deveriam ter sido usadas para ajudar a sofrida população do Haiti.
  • Por volta da mesma época, agentes do DEA, órgão norte-americano de combate às drogas, foram processados por terem participado de orgias promovidas por carteis de drogas colombianos. Chocante, para dizer o mínimo.
  • Recentemente, vários países sul-americanos, na esteira da operação Lava Jato, têm descoberto esquemas enormes de corrupção na execução de obras públicas. Muitos políticos importantes já foram presos ou caíram em desgraça.
  • Finalmente, vários dos principais auxiliares do atual Presidente norte-americano estão sendo processados atualmente por corrupção.
Corrupção existe em todos os lugares. A diferença é que nos países mais desenvolvidos, quando os corruptos são identificados, as punições são sempre exemplares. E essa ainda não é a realidade no Brasil. Há sinais que as coisas estão mudando, mas ainda estamos longe do ideal. E os problemas aqui ainda são muitos: lentidão e burocracia do Judiciário, leis confusas e ineficientes e assim por diante.

Agora, há ainda outro problema, esse sim próprio da sociedade brasileira, que é uma certa tolerância com pequenas transgressões. Por exemplo, é tolerado dar dinheiro para o policial livrar a pessoa de uma multa ou contratar um despachante para “agilizar” a emissão de um documento. Como também é tolerado comprar filmes piratas.

E essa aceitação do que parecem ser pequenos pecados acaba colaborando para normalizar a ideia da corrupção e torna muito mais difícil combatê-la. E isso corrói o tecido social e gera impunidade. Não é por acaso, portanto, que a campanha de maior sucesso contra o crime de que se tem notícia, desenvolvida em Nova Iorque, nas décadas de 80 e 90 do século passado, teve como slogan a “tolerância zero”.

O ensinamento da Bíblia
A Bíblia ensina que somos todos igualmente pecadores. Ninguém é perfeito, pois existe em cada ser humano a tendência para o mal. As pessoas precisam ser ensinadas e incentivadas a se comportar corretamente.

Ela também ensina que as pessoas precisam tomar consciência desse problema. Afinal, para Deus, não há pecados maiores e menores. Qualquer transgressão, por menor que seja, causa mal. Afasta o pecador de Deus, que é santo e não suporta o pecado.

E aí reside nosso problema específico no Brasil: essa consciência falta à maior parte do povo brasileiro. Vem daí, por exemplo, a excessiva tolerância com as pequenas corrupções. A convivência pacífica com as mentiras. A aceitação da hipocrisia e outras coisas mais.

E quem tenta alertar o povo brasileiro sobre esse problema costuma ser taxado pela mídia de moralista, intolerante, etc. Em outras palavras, a sociedade passa a desacreditar quem se insurge contra a situação errada pois não quer mudar de fato, não quer deixar de lado seus “pecados de estimação”.

Na verdade, está faltando cristianismo na sociedade brasileira. Os cristãos não são, na sua essência, melhores do que ninguém. Sua única vantagem é terem consciência dos próprios pecados e da sua fraqueza. E lutam contra suas falhas continuamente com a ajuda do Espírito Santo. Não se entregam a elas, achando que está tudo bem. 

Ora, os cristãos foram chamados por Jesus para serem como o “fermento” da "massa" da sociedade onde vivem. Precisam “contaminar” positivamente a sociedade com essas ideias e provocar uma mudança de dentro para fora. 

E não há dúvida que tem faltado “fermento” cristão no Brasil. A maioria dos nossos líderes religiosos são tímidos nas suas posições. E muitos daqueles que tem coragem de falar defendem teses tão descabeladas que acabam mais atrapalhando do que ajudando. E há outros que fazem ainda pior, dando mal exemplo, fazendo com que os cristãos sejam vistos, de forma geral, como não confiáveis e hipócritas.

Há um vazio a ser preenchido. Pena dizer isso, mas é a verdade. Precisamos de mais cristianismo na nossa sociedade. Mas isso somente será conseguido com líderes verdadeiros que “contaminem” nossa sociedade com as ideias ensinadas por Jesus. 

Gente como o pastor John Wesley, que mudou a sociedade inglesa no final do século XVIII, gerando um verdadeiro reavivamento naquele país. Ou mais recentemente, o pastor Martin Luther King, que combateu o racismo nos Estados Unidos. Ou ainda, Nelson Mandela, que liderou a cicatrização de feridas na África do Sul, depois de séculos de discriminação racial.

Todos eles foram homens comprometidos com as causas cristãs. Agiram como “fermento” que mudou para sempre a “massa” da sua sociedade. E é isso que precisamos ver acontecer em nosso país. 

Que Deus olhe para nosso país, tenha misericórdia de nós e promova um despertar na nossa sociedade, liderado por pessoas verdadeiramente escolhidas por Ele.

Com carinho

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

ESCOLHA MUDAR

Escolha mudar. lembre-se que Deus nos deu o livre arbítrio. Não somos como robôs, pré programados para fazer determinadas coisas e evitar outras. Podemos fazer nossas próprias escolhas, escolher o bem ou o mal, o certo ou o errado.

Isso significa que o pecado é antes de tudo uma escolha. Uma decisão por fazer aquilo que não agrada a Deus. Uma escolha de seguir por um caminho que não é bom.

Ora, se o pecado é uma escolha, afastar-se dele e passar a seguir Jesus também é. Trata-se de escolher a mudança, decidir por seguir um outro caminho que agrade mais a Deus. 

É sobre isso que falo no meu mais novo vídeo, incentivando você. Escolha mudar o quanto antes. Veja o vídeo aqui.

Veja outros vídeos recentes meus aqui e aqui.

domingo, 27 de janeiro de 2019

O QUE É TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO?


Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Êxodo capítulo 20, versículo 7
O nome de pessoas ou coisas é muito importante. Tanto é assim que o grande escritor William Shakespeare chegou a escrever: “se a rosa tivesse outro nome, não cheiraria tão doce”. 

O nome é tão significativo que as pessoas costumam reagir mal quando ele é escrito ou pronunciado de forma errada. E apelidos ridículos podem até causar complexos.

Nos tempos bíblicos, os nomes eram ainda mais importantes. Naquela época, eles normalmente caracterizavam a personalidade da pessoa. Hoje os nomes são normalmente uma questão de gosto ou de marketing.

Alguns exemplos demonstram bem a importância dos nomes nos tempos bíblicos. Primeiro, quando Moisés teve uma visão no monte Sinai, ele perguntou qual era o nome de Deus. Afinal, saber esse nome, que ninguém até então tinha tido conhecimento, demonstraria para o povo de Israel sua intimidade com Deus. Outro caso é o de Jacó, que mudou de nome, passando a se chamar Israel (aquele que luta com Deus), depois do episódio da sua luta com o anjo (ver Gênesis capítulo 32, versículos 22 a 30). Outros personagens bíblicos importantes também mudaram de nome - por exemplo, Abrão virou Abraão - ou passaram a ser conhecidos por apelidos - por exemplo, Simão virou Pedro e Saul virou Paulo -, à medida que evoluíram na sua vida espiritual.

E não podemos esquecer que os cristãos devem ser batizados, segundo ensina a Bíblia, "em nome" do Pai, Filho e Espírito Santo. Pela mesma razão, costumamos concluir nossas orações "em nome" de Jesus. E os demônios são repreendidos também usando o mesmo nome.

Dar nome a alguém ou a alguma coisa significa que quem nomeia tem poder sobre quem é nomeado. Por isso são os pais que costumam dar nomes aos filhos – essa prática sempre existiu em praticamente todas as culturas. Foi também por causa disso que Deus pediu a Adão que nomeasse os animais (ver Gênesis capítulo 2, versículos 19 e 20).

Usando o nome de Deus
Ninguém pode compreender totalmente a natureza de Deus e muito menos tem poder sobre Ele, por isso ninguém poderia dar nome a Ele. No máximo, as pessoas poderiam dar títulos a Deus, como “Senhor dos Exércitos” ou “Todo Poderoso”. Por isso foi preciso que o próprio Deus contasse a Moisés como deveria ser chamado. E o nome que deu foi surpreendente: “Eu sou o que sou”, ou ainda segundo algumas traduções “Eu serei o que sempre tenho sido” (ver Êxodo capítulo 3, versículos 13 a 15). 

O nome Iavé (ou, de forma aportuguesada, Jeová) vem da raiz do nome que Deus deu a si mesmo. Esse seria de fato o nome do nosso Deus.

Agora, por que existe um mandamento específico (o terceiro dentre os dez mandamentos) para não tomar o nome de Deus em vão? E o que isso significa?

Começo minha resposta lembrando que o mandamento de não tomar o nome de Deus em vão segue imediatamente o mandamento de não fazer imagens ou figuras divinas, pois uma coisa é, de certa forma, continuação da outra. 

O mandamento em questão ensina que as pessoas não podem tomar algo que é sagrado e empregá-lo de forma indevida (“em vão”), Isso seria um enorme desrespeito. Assim as pessoas não podem usá-lo em exclamações, piadas e até em promessas mentirosas ou em maldições.

É exatamente por causa desse mandamento que os judeus nunca se referem diretamente a Deus. Quando precisam fazer isso usam, de forma alternativa, as palavras "Senhor" (Adonai em hebraico) ou "Eterno". Essa é a abordagem adotada pela Bíblias: quando no texto em português aparece a palavra "SENHOR" é porque no original consta Iavé.

Essa cautela por parte dos judeus parece-me bastante apropriada, demonstrando claramente a importância de dirigir-se a Deus da forma apropriada. É preciso respeitar uma certa liturgia para fazer isso.

Acho que há ainda uma dúvida a ser esclarecida: é errado jurar em nome de Deus mesmo no caso de um assunto sério? É sempre errado, mas é importante perceber que a proibição não vem do terceiro dentre os dez mandamentos e sim de outra ordenança específica, proibindo esse tipo de prática, essa dada pelo próprio Jesus (Mateus, capítulo 5 versículos 33 a 37):
Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’. Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno. 
Concluindo, as razões para o terceiro dos dez mandamentos mandamento são simples de entender, como também é relativamente fácil cumprir o que é pedido por Deus nesse caso. Por isso é surpreendente perceber tratar-se de um dos mandamentos mais violados pelas pessoas. E isso acontece por pura falta de cuidado. Nesse particular, os cristãos têm muito que aprender com os judeus.

Com carinho

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A ENORME RESPONSABILIDADE DOS PAIS E MÃES


... Filhos... Filhos?                                                               Melhor não tê-los!                                                                         Mas se não os temos                                                               Como sabê-los? ...                                                             "Poema Enjoadinho" de Vinicius de Morais

Em 28/11/2010, aconteceu um fato impressionante, publicado por toda a grande imprensa. A mãe do traficante Mister M forçou o filho a se entregar às autoridades, antes da invasão do complexo do Alemão (Rio de Janeiro) pela polícia. 

Nilsa Maria, nome dessa corajosa mulher, declarou que iria acompanhar o filho até a delegacia e completou: “...nenhum dos meus filhos seguiu esse caminho, pois nunca aceitei isso”. 

Esse fato me faz lembrar sobre o que a Bíblia diz a respeito da responsabilidade dos pais e mães na educação dos/as filhos/as. Cabe a eles/as dar o bom exemplo, colocar os/as filhos/as no caminho certo e, principalmente, repreender e sancionar suas eventuais atitudes erradas. 

E a Bíblia ensina que quando pais e mães não fazem isso, as consequências podem ser terríveis. Um excelente exemplo é o caso do sacerdote Eli, que viveu na época do profeta Samuel. Eli era um homem muito respeitado, tanto assim que foi encarregado de ministrar dentro do Tabernáculo (a tenda usada pelo povo de Israel, antes da construção do Templo de Jerusalém, para guardar a Arca da Aliança). 

Mas Eli não conseguiu criar filhos com caráter. Os rapazes se aproveitaram do prestígio e da posição do pai para tirar vantagens indevidas. E Eli nada fez para impedir que isso acontecesse - jamais conseguiu disciplinar os filhos, exatamente como acontece com muitos pais hoje em dia. 

Eli confundiu amor com leniência (permissividade), duas coisas que são completamente diferentes. E por causa da sua omissão, Eli foi punido por Deus (1 Samuel capítulo 2, versículos 27 a 34). 

O ensinamento da Bíblia é simples: pais e mães têm responsabilidade sim de colocar os/as filhos/as no bom caminho. Têm sim obrigação de educar e passar valores morais. E quando não cumprem essa tarefa, tornam-se moralmente corresponsáveis pelas coisas erradas que os/as filhos/as vierem a fazer. 

A vida atual é muito corrida e exige muito dos pais e mães, que precisam ir para a rua diariamente para ganhar o sustento da família. Assim lhes sobra pouco tempo para dedicarem à educação dos/as filhos/as. Sei também, e por experiência própria, que filhos/as não são fáceis de administrar, especialmente durante a adolescência. Eles/as se tornam teimosos/as, acham que sabem tudo, ficam agressivos/as e arredios/as. 

É claro que esses fatores atenuam a responsabilidade dos pais e mães aos olhos de Deus, mas não a eliminam. E é importante perceber que essa responsabilidade continua depois que os/as filhos/as “batem as asas”, ou seja, tornam-se independentes. 

Nilsa Maria, a mãe do traficante, sabia bem disso. Eli, o sacerdote, não. E essa mulher corajosa fez aquilo que muitos pais e mães não conseguem fazer. Ela deu um exemplo a ser seguido. E Deus a abençoe por isso. 

Com carinho

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

OS DEZ MANDAMENTOS ONTEM E HOJE

Os chamados dez mandamentos (decálogo) foram dados por Deus ao povo de Israel, cerca de 3.500 anos atrás e, apesar de todo esse tempo, esses mandamentos continuam a ser muito importantes para a vida de todos nós. 

Por que há necessidade de mandamentos?
Há pelo menos três razões para que Deus dê mandamentos para os seres humanos. A primeira delas é colocar as pessoas no bom caminho. Afinal, há muitas coisas que as pessoas não fariam se fossem deixadas por conta própria, se não receberem um “empurrão” de Deus para irem na direção certa. 

É por isso que não há mandamentos para ações que as pessoas já fazem por conta própria. Por exemplo, Deus nunca precisou mandar as pessoas preservarem a própria vida e também não foi preciso mandar as mães amarem seus próprios filhos. Essas coisas já são feitas naturalmente pelas pessoas, por isso não há mandamentos para nos lembrar de fazê-las. Mas é preciso, por exemplo, ensinar as pessoas a amar o próximo pois isso não é algo natural nelas.

A segunda razão para existirem mandamentos de Deus é baseada num princípio jurídico bem conhecido: sem lei não há transgressão. Ou seja, se a autoridade constituída não estabelecer, através de uma lei, que determinado ato é errado (ilegal), não haveria como punir uma pessoa que o praticasse. É simples assim. 

Um bom exemplo são alguns atos reprováveis realizados pelas pessoas na Internet que têm ficado sem punição porque não estão tipificados em qualquer lei brasileira, por se tratar de matéria muito nova.

Por causa disso Deus estabeleceu leis que estabelecem com precisão sua orientação sobre a conduta dos seres humanos, estabelecendo o que é certo e o que é errado. Por causa dessas leis, por exemplo, as pessoas sabem que é preciso honrar pai e mãe e não podem mentir. 

A terceira razão é fazer as pessoas perceberem que, por conta própria, sem a ajuda do Espírito Santo, nunca preencherão os padrões de comportamento estabelecidos por Deus. Isso porque esses padrões são muito, mas muito, elevados. Basta lembrar o ensinamento de Jesus sobre o pecado: ele pode ser cometido não apenas pelo que a pessoa possa vir a fazer, mas também pelo que pensa e/ou fala. 

E ao perceberem que são imperfeitas e seu comportamento está longe daquele que é esperado por Deus, elas se abrem para buscar o perdão e receber sua Graça, caracterizada pela morte de Jesus na cruz. 
Tipos de mandamentos 

Deus estabeleceu dois tipos de leis: negativas, isto é, o que não deve ser feito (por exemplo, não matar, não roubar, etc), e positivas, ou seja, o que precisa ser feito (honrar pai e mãe, guardar o sábado, etc). 

O primeiro tipo de lei é mais fácil de cumprir: basta evitar aquilo que está proibido. Já o segundo tipo é mais difícil de atender, pois sua interpretação é mais ampla. Por exemplo, quando é que se pode dizer que um filho honrou de fato seu pai e sua mãe?

Nesse caso sempre fica a dúvida se o que está sendo feito é suficiente para atender a lei estabelecida. Por outro lado, embora mais difícil de praticar, é a lei positiva que verdadeiramente molda o caráter das pessoas, pois as obriga a refletir sobre o alcance e as consequências dos seus pensamentos, das suas palavras e das suas ações.

Oito dentre os dez mandamentos do Decálogo são do tipo negativo e apenas dois (honrar pai e mãe e guardar o sábado) são positivos. E não é por acaso que o mandamento de guardar o sábado tenha sido aquele que mais gerou discussão entre o povo de Israel, tendo dado origem a um corpo de leis complementares, essas estabelecidas pelos rabinos, para definir o que, na prática, seria guardar o sábado. Por exemplo, uma delas define a distância máxima que alguém poderia caminhar no sábado sem caracterizar esse ato como trabalho. 

A organização dos Dez Mandamentos
Os dez mandamentos estão divididos em dois grupos: um deles trata do relacionamento do ser humano com Deus, abrangendo os mandamentos um a quatro (não ter outros deuses, não fazer imagens de escultura, não tomar o santo nome de Deus em vão e guardar o dia do sábado), enquanto o outro trata do relacionamento das pessoas entre si, abrangendo os mandamentos seis a dez (não matar, não furtar, não adulterar, não dizer falso testemunho e não cobiçar o que é do próximo).

O quinto mandamento – honrar pai e mãe – pertence aos dois grupos, sendo uma espécie de fronteira entre eles. Isso porque os pais são parte da vida na sociedade mas também são agentes do ato de criação de Deus (quando geram seus filhos). Portanto, respeitá-los também é respeitar o processo criador de Deus.

Punições e recompensas
É interessante observar que nenhum desses dez mandamentos traz automaticamente uma punição ligada a seu descumprimento. E somente um - o quinto mandamento, sobre honrar pai e mãe – cita uma recompensa pelo seu cumprimento. Essa omissão pode parecer estranha, mas é fácil de explicar. Punições e recompensas terrenas estão fortemente ligadas às práticas sociais em vigor. Portanto, seu valor varia muito ao longo do tempo. 

Por exemplo, nos tempos bíblicos, o principal objetivo da vida de uma mulher era procriar - naquela época a esterilidade era uma terrível punição. Hoje as mulheres muitas vezes escolhem não ter filhos. Ou seja, o que seria punição nos tempos bíblicos pode ser uma coisa boa hoje em dia. 

Por isso, de forma muito sábia, Deus evitou ligar os dez mandamentos a punições ou recompensas específicas, mantendo essas leis válidas em qualquer tempo e local. A exceção é a recompensa ligada ao mandamento para honrar pai e mãe: o prolongamento da vida na terra. Nesse caso, trata-se de uma recompensa atemporal – isso sempre foi e sempre um resultado desejado, independentemente da cultura em vigor em cada época. 

Estude os dez mandamentos com atenção. Pode ter certeza que esse esforço vale à pena. Existe aqui no site uma série de postagens – um texto para cada um dos dez mandamentos - que pode auxiliar você nesse esforço. 

Com carinho


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

TRANSFORMANDO CORAÇÕES

Jesus sempre falou sobre a necessidade das pessoas mudarem seus corações, aceitando diversas verdades importantes e passando a praticá-las nas suas vidas. Afinal, á fé verdadeira precisa causar mudanças, precisa transformar os corações. 

E uma dessas verdades mais importantes é a prática do perdão, o que, vamos reconhecer, não é nada fácil. Especialmente quando o perdão precisa ser praticado em relação a quem é considerado como inimigo. Se já é difícil perdoar quem se ama, o que dizer então dos outros casos? Difícil, muito difícil.

Mas ainda assim, é preciso perdoar. É preciso o coração transformado pela fé em Jesus e pela aceitação daquilo que Ele ensinou. É sobre isso que o Rogers fala no seu mais novo vídeo - veja aqui.

Veja outros vídeos recentes dele aqui e aqui.

sábado, 19 de janeiro de 2019

A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE

Santidade é uma coisa extremamente importante. Não se trata de tentar ser uma pessoa melhor do que as outras e muito menos de ter poderes especiais de cura, de profecia, etc. Buscar a santidade é essencialmente construir um relacionamento próximo e construtivo com Deus. 

Afinal, Deus é santo e somente pessoas que busquem se afastar de pecado vão conseguir se aproximar dele. Vão conseguir ser íntimas de Deus.

É sobre isso que a pastora Carol e a Alícia falam no seu mais novo vídeo. Veja mais aqui

Se você quiser outros vídeos recentes da pastora Carol e da Alícia veja aqui e aqui.

Se você quiser conhecer o canal da pastora Carol no Instagram veja aqui.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

A FÉ CRISTÃ PRECISA SER CEGA?


... Estando sempre preparados para para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.  1 Pedro 3, versículo 15
Muitas pessoas acham que o cristianismo é uma fé cega, irracional. E o interessante é que alguns cristãos, sem perceber, dão força a essa ideia quando defendem que a fé verdadeira precisa ser cega, ou seja, não precisa se apoiar na razão. 

Mas, não é isso que a Bíblia ensina, conforme pode ser visto no texto acima. O apóstolo Pedro afirma que precisamos estar sempre preparados para explicar as razões que nos levam à fé em Jesus Cristo. E se precisamos apresentar razões, é porque a fé precisa também ser racional e, portanto, nunca pode ser cega. 

Portanto, é a própria Bíblia quem pede para os cristãos usarem sua razão e avaliarem os argumentos contra e a favor da doutrina cristã. E tal postura demonstra grande segurança de que o cristianismo se apoia numa base racional sólida. 

Agora, sei que a esmagadora maioria das pessoas não se converte depois de analisar argumentos, contra ou a favor do cristianismo. A conversão se dá num ato de fé inspirado pelo Espírito Santo. Em outras palavras, a caminhada espiritual das pessoas quase nunca começa pela razão. Mas não acho viável, no mundo moderno, as pessoas conseguirem progredir espiritualmente sem usar seu raciocínio para entender as bases da fé cristã.

Mais cedo ou mais tarde as dúvidas vão surgir, sobre esse ou aquele aspecto da fé cristã e se as pessoas não encontrarem explicações que façam sentido lógico, não vão conseguir superá-las e podem até se afastar da fé. Por exemplo, jovens criados/as na igreja frequentemente perdem sua fé depois de entrar na faculdade e serem submetidos às dúvidas de professores ateus. Como não têm boas respostas para os questionamentos que ouvem, esses jovens ficam confusos e muitos se perdem.

Vou dar alguns exemplos das respostas racionais que a doutrina cristã tem para diversas questões lançadas contra o cristianismo, comprovando que nossa fé não é e nem precisa ser cega. É claro que não tenho espaço aqui para falar de todas as possíveis críticas feitas à fé cristã - falo sobre várias delas em outras postagens aqui no site. Mas, acredito que alguns poucos exemplos servem para comprovar o que acabei de falar

O que não pode ser provado pela ciência é irracional?

Os materialistas - quem não acredita em Deus e pensa só existir o mundo material - afirmam que a fé cristã é irracional porque não pode ser provada cientificamente. Para essas pessoas, o que não recebe o "selo de aprovação" da ciência não existe ou é mentira.

Ora, é evidente que experimentos científicos nunca vão conseguir provar a existência do mundo espiritual, que não é físico, pela sua própria natureza. É como se eu tentasse medir o peso de uma pessoa com uma régua - não vai ser possível. Mas, isso não quer dizer que a pessoa não tenha peso e sim que a régua não é o instrumento adequado para medir o peso (é preciso uma balança para fazer isso). 

A falta de evidencia científica sobre o mundo espiritual não é prova que essa outra realidade não existe. No máximo, indica que não é possível provar o mundo espiritual a partir de experimentos da ciência. Mas, isso não quer dizer que acreditar no mundo espiritual seja irracional.

Um exemplo explica melhor o que acabei de afirmar. Imagine duas pessoas estão começando a andar por uma estrada que não sabem onde vai dar. A primeira pessoa acha que a estrada vai dar na cidade A e a outra acha que vai acabar na cidade B. E não há placas indicativas e ninguém para quem perguntar sobre o caminho. Evidentemente, durante a caminhada não haverá como garantir quem está certo - somente ao chegar no final é que a verdade será conhecida. 

Aí um dos viajantes fica acusando o outro de ser irracional, por acreditar que a estrada vai dar numa cidade diferente daquela que ele pensa ser o destino correto. Ora, isso não é justo, pois não há como provar quem tem razão, antes de chegarem ao destino final.

É exatamente essa a situação de quem acredita que nada existe depois desse mundo e acusa o povo cristão de ser irracional. Quem não acredita em Deus acha que a “estrada da vida” não vai dar em lugar nenhum, enquanto o povo cristão acha que vai dar no Paraíso (para uns) e no Inferno (para outros). E só vamos ver a verdade depois de sair dessa vida terrena.

Voltando ao exemplo dos dois viajantes, é claro que, ao longo do caminho, eles tentarão coletar evidências para confirmar se estão no caminho certo. E as evidencias coletadas podem fortalecer ou enfraquecer sua crença inicial. Da mesma forma, por exemplo, no caso do povo cristão, uma benção obtida como resposta de oração ou uma profecia que se cumpra, reforçam a convicção das pessoas que o mundo espiritual existe mesmo. 

Mas, nunca serão colhidas evidencias suficientes para provar estar certo ou errado aquilo que se crê. Portanto, os dois lados vão seguir sua vida com base na fé que têm: uns achando que nada existe depois dessa vida, enquanto outros acham que existe muita coisa.

A fé com base no testemunho da Bíblia é irracional?
Outra objeção feita ao cristianismo tem a ver com o fato da nossa fé ser baseada no testemunho de um livro, a Bíblia. Há quem considere que isso é um absurdo pelo fato da Bíblia não ser confiável.

Mas, essa outra crítica ao cristianismo também não é válida. Primeiro, porque todas as crenças são construídas da mesma forma, isto é, com base em testemunhos considerados confiáveis. Por exemplo, as pessoas usam um GPS porque acreditam que a informação nele contida é a expressão correta da geografia da área onde estão, ou seja, elas têm fé no "testemunho" daquele produto. Outro exemplo: Eu nunca vi um elétron, mas acredito na sua existência porque confio naquilo que muitos cientistas relataram. 

Praticamente tudo que sabemos é baseado em testemunhos de terceiros - até nosso nome e dia de nascimento. E é esse processo de testemunho que permite a transmissão do conhecimento humano e o desenvolvimento da ciência e da cultura. 

Assim, construir crenças com base em testemunhos de terceiros, que a pessoa considere verdadeiros, é inteiramente racional - todo mundo faz isso. A questão de fato, então, é quais testemunhos podem ser considerados confiáveis. Por exemplo, será que a Bíblia é um testemunho verdadeiro?

Quem critica o cristianismo afirma que não. E é interessante perceber que, nessa altura da conversa, a própria escolha de qual testemunho é ou não confiável passa a ser feita com base nas crenças que as pessoas já têm, e nem poderia ser diferente. Em outras palavras, os testemunhos que as pessoas já aceitaram como verdadeiros vão determinar quais outros testemunhos também serão aceitos. Por exemplo, se a pessoa foi convencida pelo autor de um livro que a Bíblia não é verdadeira, ela considerou o testemunho desse autor como confiável e o usou para determinar que outros testemunhos (os dos autores da Bíblia) não são adequados. E assim por diante.

Na prática, as pessoas escolhem, de forma consciente ou não, aquilo em que irão acreditar, pois aceitam os testemunhos com base naquilo que já pensavam antes. Foi por isso que o grande teólogo cristão Anselmo de Canterbury afirmou: "creio para poder entender".

Para os ateus o testemunho da Bíblia não é confiável, pois eles não acreditam no sobrenatural e, portanto, um livro que fala disso todo o tempo não pode ser verdadeiro. Simples assim. E os cristãos constroem seu raciocínio de forma exatamente oposta. Portanto, se a pessoa não acredita que existe um mundo espiritual, rejeita tudo que a Bíblia descreve como fantasias e acusa quem pensa diferente dela de irracional. E os cristãos fazem exatamente o oposto.

Agora, muito pode ser dito para mostrar que a Bíblia é um documento historicamente correto, cheio de informações preciosas. Mas, para quem não acredita no mundo espiritual, relatos de milagres, de aparições de anjos, de pragas lançadas contra o povo egípcio, etc, não passam de lendas. 

E voltando ao ponto inicial dessa discussão e, como não é possível provar que o mundo espiritual existe (nem que não existe), não há como sair desse impasse. Voltamos ao exemplo dos dois caminhantes na estrada, que não sabem onde ela vai acabar.

Em resumo, não é irracional usar a Bíblia como base para construir sua fé. É tão racional quanto acreditar que apenas experiências científicas podem comprovar a realidade. E é exatamente assim que todo conhecimento é construído. Portanto, ninguém pode acusar a fé cristã de ser irracional.

É claro que muitos cristãos, como eu já disse, pregam uma fé cega, mas esse é um problema de como essas pessoas encaram sua fé e não da doutrina cristã em si.

E essa visão estreita (a tal fé cega) também ocorre do lado dos ateus. Certa vez, um cientista que disse saber que as evidencias apontavam para um início do universo (o "Big Bang"), disse que preferia não aceitar essas evidências pelas consequências que elas geravam, isto é a necessidade de incluir na discussão a figura de um Criador que deu início ao universo. Esse cientista também preferia manter sua fé (nesse caso no mundo material) totalmente cega.

Com carinho



terça-feira, 15 de janeiro de 2019

PRESTE ATENÇÃO NAS PREMISSAS OCULTAS

Os cristãos discordam muito entre si quanto ao que é certo ou errado, mesmo tendo a mesma Bíblia como fonte de referência para a verdade. Por exemplo, uns pensam que é pecado divorciar, enquanto outros acham que não é. Uns defendem que o batismo tem que ser feito por imersão (e somente para adultos), enquanto outros batizam por aspersão (e incluem crianças). Uns acreditam que as pessoas são predestinadas, enquanto outros discordam totalmente disso. E assim por diante.

Mas por que as pessoas leem a mesma Bíblia e chegam a conclusões tão diferentes? Será que o problema é a má intenção - uma vontade deliberada de distorcer o que a Bíblia diz -, ou se trata simplesmente de falta de entendimento do que foi lido? 

Na verdade, na maioria das vezes não é uma coisa e nem outra - normalmente as pessoas que pensam diferente são igualmente sinceras e capazes. As diferenças de opinião se devem às premissas distintas que as pessoas usam para construir suas conclusões. 

Premissas são ideias consideradas como verdadeiras que servem como ponto de partida, ou seja, como base, para determinado raciocínio. Por exemplo, tenho como premissas para minha vida, assim com a maioria dos cristãos, que Jesus é Deus encarnado e veio ao mundo para nos salvar. Tudo o que penso sobre religião vai partir dessas duas ideias. Já um ateu vai raciocinar partindo de duas premissas totalmente diferentes: não há nada além do mundo natural (o mundo físico) e Deus não existe, é uma simples ficção.

Um fator que complica bastante as coisas é que a maioria das premissas usadas são "ocultas" muitas vezes até para quem as usa.

Identificando as premissas ocultas

Vou explicar melhor o que quero dizer com um exemplo: a discussão sobre o aborto. A maioria dos cristãos (dentre os quais me incluo) considera o aborto um pecado, por violar o mandamento de não matar. Já aqueles que aceitam o aborto, sejam cristãos ou não, entendem que a mulher tem o direito de escolher como vai usar seu próprio corpo.

A premissa oculta aqui é a definição de quando o feto se torna um ser humano, passando a gozar de todos os direitos que os demais seres humanos têm. Aqueles que são contra o aborto entendem que já na concepção existe um ser humano presente. Os que são a favor do aborto entendem que somente haverá um ser humano num estágio mais avançado da gravidez e, portanto, abortar antes não é pecado - haveria como uma "janela de oportunidade" para praticar o aborto sem problema.

O interessante é que nos debates sobre o aborto quase nunca se fala sobre essa premissa oculta. Discute-se muito, por exemplo, se a mulher tem ou não direito sobre seu próprio corpo - é claro que a mulher tem esse direito, mas se existe a vida de outro ser humano em jogo, há limites no exercício desse direito. Ora, como não se discute de fato sobre a premissa oculta – quando a vida verdadeiramente começa – a discussão rola e nunca se chega a conclusão nenhuma.

Mais dois exemplos de premissas ocultas

Acho que todos conhecem a declaração que Jesus sobre o casamento: "aqueles que Deus juntou, não os separe o homem". Nos comentários ao texto que escrevi aqui no site sobre o divórcio (veja mais), várias pessoas usaram esse versículo para tentar derrubar meus argumentos, alegando que o divórcio, exceto por infidelidade, é pecado e torna-se equivalente ao adultério.

Ora, quem argumenta assim está partindo da seguinte premissa oculta: quando o casamento for feito numa igreja, a união foi feita por Deus. Essa é, por exemplo, a posição da Igreja Católica e de várias denominações evangélicas.

Mas não há suporte bíblico para essa premissa. É claro que o casamento feito na igreja e o casamento sancionado por Deus podem até ser a mesma coisa e eu diria até que isso acontece com frequência. Mas não é possível concluir que isso sempre acontece. 

Pense num casamento onde as pessoas não têm qualquer vínculo com a igreja onde vão se casar e simplesmente participam daquele ato para dar uma satisfação para a sociedade - conheço casos em que um dos noivos era até ateu. Esse tipo de situação é muito frequente. Onde está a garantia que Deus abençoou a união de quem nem acredita n´Ele?

Portanto, quando as pessoas estão discutindo o divórcio, na verdade partem, sem nem perceber, da premissa que o casamento na igreja equivale ao casamento sancionado por Deus.

E quando a pessoa se casou na igreja e Deus não sancionou seu casamento (digamos que ela fosse ateia)? Seria então viável o divórcio? E quem vai determinar em que casos o casamento foi sancionado por Deus ou não? O pastor? Mas será que ele tem esse mandato dado por Deus? Repare que quando a premissa oculta é exposta, a discussão muda completamente de figura.

Outro exemplo interessante é o que trata da autoridade espiritual. Certa vez ouvi uma pessoa defender a tese que, segundo a Bíblia, precisamos ser submissos às autoridades espirituais que Deus coloca no nosso caminho. E concluiu afirmando que, numa igreja, as pessoas precisam ser submissas aos seus pastores e aos demais líderes locais que legalmente instituídos, porque essas pessoas têm autoridade espiritual sobre os/as frequentadores/as da igreja.

É certo que está escrito na Bíblia que precisamos ser submissos às autoridades espirituais. Mas a quem são as autoridades espirituais na nossa vida? A pessoa que citei acima usou a premissa oculta que toda pessoa apontada para cargo de liderança numa igreja, seguindo seus princípios institucionais (canônicos) legais, é automaticamente uma autoridade espiritual. Mas onde isto está escrito na Bíblia? 

Será que um padre legalmente apontado pela Igreja Católica para uma paróquia, mas que abusa de crianças, tem autoridade espiritual? Ou será que tem autoridade um pastor que desvia os dízimos da sua igreja? Duvido muito.

Pessoas podem até ter sido legalmente apontadas para uma posição de liderança na sua igreja, mas isso lhes garante apenas autoridade institucional não autoridade espiritual. E essas duas coisas são bem diferentes. A autoridade institucional vem dos homens e a espiritual de Deus. É por isso que os profetas do Velho Testamento não tinham qualquer autoridade institucional - um deles era pastor de cabras e ovelhas -, mas tinham grande autoridade espiritual.

Por confundir autoridade institucional com espiritual, muitos membros de igrejas ficam à mercê de lideranças religiosas desqualificadas e não encontram forças para reagir e vemos isso acontecer toda hora.

Concluindo, quando for discutir temas controvertidos, procure sempre por aquilo que está oculto por trás de declarações como "tal coisa é pecado" ou "a Bíblia manda fazer tal coisa". Você pode se surpreender com as descobertas que fará.



Com carinho

domingo, 13 de janeiro de 2019

COMO ESCULPIR UM PATO

Certa vez perguntaram a um famoso escultor de patos de madeira como ele fazia para produzir obras tão bonitas. Ele respondeu que era simples: bastava olhar para o toco de madeira, matéria prima da escultura, e imaginar o pato pronto. Aí era só ir tirando a madeira que sobrava até chegar na figura final.

Essa ideia pode ser usada como uma metáfora para nos fazer enter como Deus age nas nossas vidas. Começa com muito pouco e vai nos moldando, esculpindo nosso caráter, até que venhamos a ter a imagem desejada, que é ficar parecido com Cristo.

É sobre isso que o Rogers fala no seu mais novo vídeo. Veja aqui.

Veja outros vídeos recentes dele aqui e aqui.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

O CRISTIANISMO TAMBÉM É BOM PARA A ECONOMIA

O cristianismo ajuda a melhorar muitas coisas numa sociedade. E talvez seja uma surpresa para você saber que, dentre essas coisas está a economia. 

Em outras palavras, onde o cristianismo se estabeleceu de forma verdadeira, ou seja dentro daquilo mesmo que a Bíblia orienta a fazer, não somente os pobres melhoraram de vida, como também a economia como um todo melhorou. Em outras palavras, o cristianismo também é bom para a economia.

Um exemplo histórico disto é o movimento liderado por John Wesley, o fundador do metodismo. Quando o movimento de renovação liderado por ele começou, em meados do século XVIII, 80% dos habitantes do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, etc), mais ou menos 4 milhões de pessoa, viviam em pobreza absoluto. Nem sabiam se iam ter alimento para comer todos os dias. Inúmeros problemas sociais, como alcoolismo, promiscuidade total, crianças abandonadas, analfabetismo, tornavam a qualidade de vida da sociedade muito ruim. 

Wesley lançou uma campanha para abertura de novas igrejas e para realizar mudanças na vida das pessoas. E foi tão bem sucedido que cerca de 1 milhão de pessoas tiveram suas vidas alteradas. O historiador Élie Halévy comentou que o impacto do reavivamento promovido por Wesley ajudou a criar uma classe media no Reino Unido e salvou o país de uma revolução sangrenta, como aconteceu, por exemplo, na França, onde o rei Luis XVI acabou morto. 

Os resultados práticos da campanha de Wesley foram: 
As pessoas abandonaram hábitos pecaminosos – como o vício da bebida ou o abandono das crianças não desejadas. 
Esses hábitos ruins foram substituídos por outros muito mais saudáveis, que tornaram as pessoas produtivas e mais sábias no uso do dinheiro que ganhavam, inclusive aprendendo a poupar. 
O esquema de escolas dominicais implantadas pelos seguidores de Wesley (os metodistas) alfabetizou centenas de milhares de pessoas, tornando-as mais produtivas e participantes da sociedade.

Em consequência, as pessoas prosperaram financeiramente. E essa prosperidade movimentou o mercado de consumo, o que gerou novos investimentos e novas possibilidades de trabalho. E a prosperidade se espalhou pela sociedade como um todo.

Não estou afirmando que o objetivo do cristianismo é melhorar a economia. Estou sim dizendo que quando uma sociedade se converte de fato, ela acaba prosperando. E essa prosperidade é, portanto, um subproduto do cristianismo, como aconteceu com o Reino Unido nos tempos de Wesley. Outros bons exemplos desse mesmo tipo de fenômeno vem dos Estados Unidos (nos séculos XVIII e XIX) e da Coréia do Sul (na segunda metade do século XX). 

A pergunta que cabe fazer nessa altura é a seguinte: se o Brasil é um país que se diz cristão, por que esse efeito positivo ainda não se faz notar aqui? A resposta é simples: o Brasil é um país nominalmente cristão, mas não é cristão de fato. 

Em outras palavras, a maioria das pessoas é cristã "não praticante", o que significa que raramente elas vão à igreja e nunca se preocupam em viver uma vida de acordo com os ensinamentos do Evangelho. E sendo assim, os efeitos positivos do cristianismo se fazem sentir apenas de forma parcial. Daí termos tanta injustiça social, tanta corrupção, tanto desperdício de recursos públicos e outros pecados graves.

Se o Brasil se converter de fato e a população passar a viver plenamente o Evangelho de Cristo, sentiremos aqui o mesmo efeito positivo que outros países já sentiram ao longo das suas histórias. Não tenho qualquer dúvida disso.

Com carinho