sexta-feira, 30 de novembro de 2018

UMA AGENDA POSITIVA É SEMPRE MELHOR

As pessoas costumam ter dois tipos de agenda: negativa e a positiva. A agenda negativa se caracteriza por coisas que as pessoas combatem, ou seja, aquelas que são contra. Já a agenda positiva trata das coisas que elas apoiam e querem ver feitas. 

A propaganda eleitoral no nosso país se caracteriza essencialmente pelas agendas negativas - as últimas eleições são a melhor prova disso. Quase todos os(as) candidatos(as) se caracterizam por falar mal dos/as adversários/as. Perdem mais tempo criticando do que propondo coisas concretas, positivas. 

O problema com as agendas negativas é que elas não geram progresso - podem no máximo evitar ou reduzir problemas. É o esforço em prol de implantar coisas novas, de construir, de fazer diferente do que no passado, que leva a sociedade progredir. 

Infelizmente, os cristãos são conhecidos na sociedade em geral como pessoas cujas agendas são muito mais negativas do que positivas. São muito melhores para falar sobre aquilo que não querem (combatem), especialmente sobre aquilo que é pecado, do que para defender propostas concretas de mudança e melhoria. 

Está mais do que na hora do povo cristão se preocupar em propor agendas positivas, sem deixar, é claro, de condenar aquilo que esteja errado. Veja a seguir alguns tópicos sobre os quais o povo cristão pouco fala e precisam atrair muito mais atenção: 
  • Melhor tratamento para o meio ambiente - precisamos ajudar a preservar a criação de Deus.
  • Erradicação do analfabetismo funcional (aquelas pessoas que parecem saber ler, mas não conseguem entender direito aquilo que leem). Afinal, como alguém que é analfabeto funcional pode entender a Bíblia?
  • Melhoria da eficiência do serviço público. Esse problema afeta muito as camadas mais pobres da população, aquelas que mais dependem do Estado para tudo (saúde, educação, transporte, etc).
  • Erradicação da pobreza extrema. Não há justificativa para ainda termos no Brasil um contingente tão de pessoas vivendo em condições extremamente precárias. Sem ter onde morar com um mínimo de dignidade, sem saber se vão ter condições de comer na próxima refeição e assim por diante.
Há muitos outros temas semelhantes a esses que merecem atenção. E uma agenda com esse tipo de conteúdo, se for apoiada fortemente pelo povo cristão, teria boa chande de ser implementada. E assim poderíamos trazer mais luz para o mundo onde vivemos, seguindo aquilo que Jesus nos orientou a fazer.

Com carinho

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O PROBLEMA DAQUELES QUE NÃO TÊM DEUS


Muitas pessoas acham que não há problema em não ter Deus nas suas vidas. Pensam que podem viver bem, fazer boas coisas e não sentir qualquer falta d´Ele. Mas a experiência mostra que não é bem assim.

No começo de 2015 o conhecido cientista Oliver Sacks, que era ateu convicto, descobriu que tinha um câncer mortal no fígado - ele veio a morrer cerca de 6 meses depois. Quando ficou sabendo da sua doença, Sacks escreveu um artigo publicado em vários jornais do mundo (inclusive no Brasil), no qual fez uma reflexão sobre o momento triste que estava passando. Veja um trecho abaixo:
"...Semanas atrás, descobri que tinha metástase múltipla no fígado...esse tipo particular de câncer não pode ser contido. Cabe a mim agora escolher como viver os meses que me restam...Isso não significa que desisti da vida...e quero...no tempo que me resta aprofundar minhas amizades, dizer adeus para as pessoas que amo, escrever mais, viajar se tiver forças, atingir novos níveis de entendimento e compreensão. Isso vai envolver audácia, clareza e simplicidade no discurso; tentar acertar minhas contas com o mundo..." Oliver Sacks (Publicado no O Estado de São Paulo em 20/02/2015)
As pesquisas de Sacks, que o tornaram mundialmente famoso, eram na sua maior parte relacionadas com a evolução do cérebro humano e um dos seus objetivos era demonstrar que Deus não foi necessário para que a humanidade chegasse onde chegou. Sacks pensava que era possível explicar a realidade que vivemos sem precisar recorrer a Deus e, nesse sentido, ele foi um forte crítico do cristianismo. 

Não se pode deixar de reconhecer que Sacks pareceu encarar a morte de forma admirável, mas é possível também notar no seu artigo final um travo amargo. Chamo atenção para uma pequena frase no final do texto, onde Sacks falou em "tentar acertar minhas contas com o mundo". 

Com essa frase, Sacks revelou que sabia ser preciso prestar contas do que fez durante sua vida. Mas para quem essas contas deveriam ser prestadas? A resposta de Sacks foi: "o mundo".

A prestação de contas ao final da vida
O fato é que todas as pessoas têm dentro de si mesmas a percepção que precisam prestar contas a um poder maior - isso está, de alguma forma, "gravado" nas suas mentes. Para Sacks, um ateu, não fazia sentido falar em Deus naquela altura da sua vida, por isso ele tentou resolver o dilema dizendo que devia contas para o "mundo". E acredito que Sacks se referiu à opinião pública da sociedade onde vivia. 

Mas há um erro nesse raciocínio: a "opinião pública" não é uma entidade superior à qual se possa prestar contas. Ela nada mais é do que um rótulo que procura descrever conjuntos de pessoas se relacionando de forma complexa. 

A "opinião pública" tanto é formada por pessoas mais velhas, que assistem os jornais da televisão todos os dias e são influenciadas pelas notícias e comentários que ouvem ali, como também pelos/as jovens que trocam ideias via Twitter, Facebook ou Instagram. E esses dois grupos pensam, agem e valorizam coisas bem diferentes - o que pode ser bom para algumas pessoas, pode parecer péssimo para outras. 

Além de ser fragmentada, a opinião pública não é estável. Pessoas que foram aprovadas no seu tempo podem ser execradas mais tarde, à medida que as ideias mudam. Por exemplo, políticos como Hugo Chavez (ex-presidente da Venezuela) e Juan Domingo Péron (ex-presidente da Argentina) já foram adorados pelos públicos dos seus respectivos países e hoje são altamente criticados e considerados responsáveis por muita coisa de ruim que aconteceu nesses lugares. 

Portanto, Sacks pode até ser elogiado hoje, mas nada impede que seja extremamente criticado mais tarde e seus estudos serem até considerados um completo desperdício de tempo e recursos. 

Em outras palavras, não há qualquer garantia quando o ponto de apoio é a opinião pública, pois ela é fragmentada (o que é bom para uns é ruim para outros) e instável (muda com as ideias e costumes da época). Essa base nunca é sólida. Entidades humanas, não importa quais sejam, nunca podem servir como bons "juízes".

Algumas pessoas que estão distantes ou negam Deus, quando se dão conta desse dilema, o que costuma acontecer no fim das suas vidas, tentam mudar seu rumo, em busca de maior segurança, e se aproximam de Deus. Conheço vários casos de ateus convictos que reconheceram a existência de Deus quando estavam próximos da morte. Um exemplo famoso é o filósofo Anthony Flew, que passou anos escrevendo artigos que procuravam provar que Deus não existe e mudou de opinião no fim da vida.

Conclusão
Não há como fugir da prestação de contas ao final da vida - todos/as vamos passar por isso. E essa certeza está dentro de cada um/a. Quem já está próximo de Deus, nada tem a temer, mas que não está precisa abrir o olho, pois o risco é real. 

Não adianta se consolar, como Oliver Sacks, achando que não vão mesmo precisar de Deus - basta apelar para coisas como a opinião pública. Mas, como já vimos, isso não passa de auto-engano. Outras vão em frente, não querendo dar o braço a torcer, e acabam pagando o preço, porque a conta chega, mais cedo ou mais tarde. E há quem acorde para essa realidade e mude em tempo - têm humildade para reconhecer seu erro e se arrepender, acabando acolhidas por Deus. 

Qual é sua situação? Lembre-se que viver como se Deus não existisse é muito perigoso. Quanto mais cedo você reconhecer isso, melhor.

Com carinho

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

TORCEDOR POR TODA A VIDA

Um garoto de 12 anos escreveu para 32 gerentes de clubes de futebol para escolher um time pelo qual iria torcer. E só um time respondeu e ganhou um torcedor por toda a vida. 

E assim é com o nosso Deus. Ele responde seu chamado e está com você em todos os momentos da sua vida. Ninguém lhe dará atenção como Ele. E por isso merece ser seu único Deus e por toda a vida. 

É sobre isso que falo no meu mais novo vídeo - veja aqui.
Veja outros vídeos meus aqui e aqui.

sábado, 24 de novembro de 2018

O CRISTÃO PODE SEGUIR JESUS FORA DA IGREJA?

É possível seguir a Jesus sem frequentar alguma igreja cristã? Muita gente acredita que sim, mas a Bíblia não dá suporte para essa posição. E vou explicar a razão.

A Bíblia dá suporte a essa ideia?
O primeiro a esclarecer nessa discussão é saber se a Bíblia dá suporte à ideia que a fé cristã pode ser bem exercida fora de qualquer comunidade de fé. E a resposta clara é não. 

Há inúmeros textos bíblicos que tocam nessa questão. Por exemplo, Jesus disse que "as portas do inferno" não iriam prevalecer sobre sua igreja (Mateus capítulo 16, versículos 18 e 19). Repare que Ele não falou que as portas do inferno não prevaleceriam sobre pessoas isoladas, mesmo que cristãs sinceras. Falou da igreja, ou seja da comunidade de fé que teve início com seu ministério na terra.

Outro exemplo importante aparece no relato da conversão de Paulo, na estrada para Damasco. Naquela fase da sua vida, Paulo estava dedicado a perseguir a igreja cristã, que estava no seu início. Aí ele teve uma visão onde Jesus lhe disse (Atos dos Apóstolos capítulo 9, versículos 2 a 5): “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Repare bem, Jesus considerou a perseguição à comunidade cristã como uma agressão pessoal a Ele mesmo. Para Jesus, a comunidade cristã é inseparável da sua pessoa - os dois são uma coisa só. Simples assim.

A decepção justifica o exílio da igreja?
O segundo aspecto a esclarecer tem a ver com a decisão de se "exilar" da igreja por conta da rejeição. Não se trata aqui de preferir frequentar uma igreja ou outra, o que é absolutamente normal. E sim de uma rejeição total e completa a todas as igrejas cristãs, à própria ideia de pertencer a qualquer comunidade de fé. Em outras palavras, nenhuma igreja serve pois todas têm defeitos.

Minha experiência é que esse tipo de rejeição é normalmente provocada pelo desencanto. Esse sentimento costuma ser gerado quando as pessoas observam falhas nas igrejas que frequentam, por exemplo, pela ação inescrupulosa de pastores corruptos ou insensíveis. Ou pelo não atendimento das suas necessidades espirituais mais básicas (consolo, orientação espiritual, etc). Ou ainda pela difusão de "profetadas" (profecias não verdadeiras), que levam as pessoas a acreditar em coisas absurdas, gerando decepção, quando elas não se realizam. E assim por diante. 

Ao se decepcionarem, muitas pessoas acabam concluindo que nenhuma igreja cristã serve para ela e decidem se "exilar". Decidem tocar sua fé sozinhas, para não correr o risco de se decepcionarem outra vez.

A resposta para essa questão passa por lembrar que a fé cristã precisa ser separada das entidades organizadas para operacionalizar a religião. Essas entidades (igrejas legalmente organizada e outras pessoas jurídicas) precisam existir para poder operar a religião na sociedade. Sem essas organizações não haveria como contratar pessoas e serviços, comprar propriedades, receber doações, enfim exercer qualquer atividade legal na nossa sociedade.

Agora, organizações dirigidas por seres humanos sempre cometem erros e praticam abusos. E não há como evitar isso. Mas o erro dessas organizações não mancha o conteúdo da fé cristã, da mesma forma como as falhas dos regimes democráticos não tornam a ideia da democracia ruim. Os erros históricos das organizações cristãs significam pura e simplesmente que seus líderes não seguiram os ensinamentos de Jesus. Só isso.

O próprio Jesus sabia que esse tipo de problema iria acontecer e alertou os líderes religiosos iníquos a respeito das punições severas que os aguardam. Vejamos alguns exemplos:
  • Contra falsos líderes (Mateus capítulo 7, versículo 15 a 22): “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores... Muitos, naquele dia [Julgamento Final], hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome... Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais iniquidade."
  • Contra líderes que geram escândalos (Mateus 18, 17): “... porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo.”
  • Contra líderes que afastam as pessoas da doutrina correta (Mateus 18, 6): “Qualquer porém que fizer tropeçar a um desses pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho e fosse afogado na profundeza do mar.”
  • Contra líderes hipócritas (Mateus 23, versículo 13 a 33): Ai de vós, ..., hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois, vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando...Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do Inferno?”
Será que Jesus idealizou a igreja de forma diferente?
Alguns "exilados" cristãos se aferram à tese que Jesus idealizou a comunidade cristã como simples reunião de pessoas, sem qualquer organização formal. Dessa forma, as organizações religiosas formais seriam uma distorção completa do pensamento d´Ele. Mas tal ideia é fantasiosa. 

Jesus sabia que uma religião, para ser efetiva, precisa funcionar no mundo real. Não podemos esquecer que Ele viveu imerso no judaísmo, religião que tinha no Templo de Jerusalém seu centro religioso e contava com complexa organização de sacerdotes, levitas, guardas, etc. E Jesus não falou nada contra essa organização em si. Ele apenas se insurgiu contra líderes religiosos corruptos, hipócritas e/ou que defendiam posições teológicas erradas.

Jesus não era ingênuo a ponto de imaginar que seus seguidores poderiam se multiplicar e operar no mundo sem qualquer forma de organização. O que Jesus nunca aprovaria, isso sim, são abusos e distorções, como as grandiosas catedrais ou o templos suntuosos, construídos ao custo de centenas de milhões de reais. Também não aprovaria as burocracias religiosas intermináveis, que só consomem recursos de dízimo e ofertas e viram "cabides de emprego". E muito menos ainda líderes religiosos que se aproveitam da sua autoridade espiritual para obter vantagens indevidas.

Conclusão
Concluindo, cada cristão/ã precisa fazer parte ativa de uma comunidade de fé. Para seguir Jesus de forma efetiva, você precisa frequentar uma igreja. Sem isso, sua prática religiosa irá sofrer. 

Agora, você é livre para escolher onde quer exercer sua fé - há inúmeras denominações cristãs sérias e nenhuma delas têm o monopólio sobre Jesus. Nosso Senhor pode ser encontrado e cultuado em muitos lugares diferentes. E graças a Deus por isso.

Com carinho

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

OS QUE NÃO AGRADECERAM

Por que é necessário reservar um dia para agradecer a Deus? Por exemplo, esse é papel do Dia Universal de Ação de Graças (veja mais). A razão é simples: há muitos que não agradeceram a Ele as inúmeras bênçãos recebidas e precisam ser lembrados de fazer isso.

A verdade é que as pessoas, quando deixadas por conta própria, não se mostram suficientemente gratas e se torna necessário lembrá-las dessa obrigação,  por isso existem datas comemorativas desse tipo.

Os 10 leprosos 
Talvez você tenha ficado surpreendido/a com minha declaração a respeito da falta de gratidão das pessoas a Deus, mas, infelizmente, essa é a verdade. E há vários exemplos disso na Bíblia - vamos ver um deles, acontecido com o próprio Jesus.
Certa vez, Jesus ia passando e ouviu o chamado desesperado de dez leprosos. Naquela época, eram considerados leprosos todas as pessoas que sofriam de alguma doença de pele grave como, por exemplo, a psoríase. Não era preciso ser portador da lepra propriamente dita (hanseníase) para ficar estigmatizado dessa forma. 
Os leprosos viviam segregados do convívio social por causa do medo do contágio e eram sustentados, de forma precária, pela caridade pública. Essas pessoas levavam uma vida terrível. Quem quiser ter uma percepção mais concreta sobre essa realidade basta assistir o filme "Ben-Hur", no qual o herói entra numa caverna habitada por leprosos em busca da mãe e da irmã.  
Portanto, os dez homens que apelaram para a misericórdia de Jesus viviam uma situação desesperadora - sua qualidade de vida era péssima. E Jesus atendeu o pedido e curou os homens doentes. Depois, Ele disse para os dez homens se apresentarem aos sacerdotes, por que, segundo a Lei Mosaica, cabia aos sacerdotes atestar a cura. Sem esse atestado, os homens continuariam sendo considerados impuros.
Os ex-leprosos fizeram isso e tiveram sua cura confirmada (Lucas capítulo 17, versículos 11 a 19). Mas, de forma surpreendente, apenas um deles voltou para agradecer a Jesus a benção recebida. E, somente para esse Jesus reservou o prêmio maior: o perdão dos pecados (versículo 19). Os outros nove ganharam a cura física mas perderam a oportunidade de ganhar algo ainda mais importante.
Realmente surpreende esse nível de ingratidão mas isso é muito comum. E posso dar o testemunho de já ter cisto isso acontecer várias vezes.
Um testemunho de gratidão: Maria
Agora, há quem dê um testemunho totalmente diferente, expressando sempre a gratidão necessária a Deus. Um excelente exemplo disso é Maria, mãe de Jesus, o que confirma que ela foi mesmo uma mulher especial.
Maria engravidou por obra do Espírito Santo, mesmo sendo virgem, e recebeu a revelação dessa realidade do anjo Gabriel. Ela imediatamente entendeu que iria passar por grande desgaste social, ao aparecer grávida sem explicação, pois era noiva de José e o filho evidentemente não era dele.

Apesar de ser ainda uma adolescente (cerca de 15 anos), Maria teve fé que a ação de Deus na vida dela viria a ser positiva. E, por causa dessa confiança inabalável, derramou-se em agradecimentos a Deus, conservados num cântico lindo, conhecido como "Magnificat" (Lucas capítulo 1, versículos 46 a 55).

Que contraste com os nove leprosos ingratos! Maria agradeceu o que ainda nem tinha visto, enquanto aqueles nove homens já tinham recebido a benção e nem se deram ao trabalho de olhar para trás. É por isso que Maria é hoje uma das pessoas mais reconhecidas pela história, enquanto aqueles homens servem apenas como exemplo do que não se deve fazer.

Palavras finais
Deus se agrada muito de um coração agradecido. Ele fica alegre quando a pessoa demonstra humildade e reconhece que, sem a ação divina, determinada coisa não poderia ter sido alcançada.
Nunca se esqueça disso. Portanto, aproveite cada oportunidade para agradecer a Deus. A gratidão precisa se tornar um estilo de vida para o cristão.  
Graças a Deus por tudo que Ele tem feito e ainda fará por cada um de nós! 
Com carinho

terça-feira, 20 de novembro de 2018

DANDO VALOR A QUEM MERECE

Toda hora aparecem livros, artigos de jornais/revistas e programas de televisão discutindo a figura de Jesus. Alguns são a favor, enquanto outros francamente contra. Há até quem procure provar que Jesus é uma fraude e nem existiu de fato. Na verdade, a figura de Jesus é tão popular que qualquer coisa de controvertido dita a respeito d´Ele alcança enorme repercussão (e gera bons lucros). 

Um bom exemplo é um livro escrito por Bart Ehrman, conhecido acadêmico ateu norte-americano. Nele, o escritor tentou provar que Jesus nunca teria dito ser o Filho de Deus e foram os primeiros cristãos que inventaram essa ideia. É claro que o livro vendeu bastante, para alegria do seu autor. 
Mas meu objetivo aqui não é provar que a tese defendida por Ehrman está errada (e ela sem dúvida está), mas sim comentar uma reflexão paralela que ele fez, num momento de rara sinceridade.

Ehrman perguntou a si mesmo porque ele é tão obcecado com a figura de Jesus, a ponto de ter dedicado toda sua vida acadêmica a estudar a história da passagem de Jesus pela terra. A resposta que ele deu surpreendeu-me muito: se Jesus não tivesse existido, se os cristãos não tivessem acreditado que Ele é o Filho de Deus, o mundo em que vivemos seria completamente diferente

Repare que Ehrman não é cristão e tem dedicado sua carreira acadêmica a tentar diminuir a figura de Jesus, "provando" que Ele não passou de um homem como qualquer outro. Ainda assim, ele reconheceu que a sociedade em que vivemos seria muito diferente, para pior, se Jesus não tivesse existido e as pessoas não o tivessem reconhecido como seu Salvador. 

De fato, os melhores valores da sociedade chamada ocidental - democracia, direitos humanos, igualdade entre os sexos, ajuda ao próximo e assim por diante - não existiriam ou, no mínimo, não teriam prevalecido, sem o cristianismo. Para provar isso, basta olhar para as sociedades onde o cristianismo não liderou - por exemplo, os países árabes ou boa parte da África e mesmo muitos países do Oriente, como a China.

Até quem não gosta do cristianismo é capaz de perceber com muita clareza, frequentemente com mais clareza que a maioria do povo cristão, o impacto que Jesus teve na história da humanidade. Isso demonstra que, nós, cristãos/ãs, tão acostumados ficamos à figura de Jesus que não damos a Ele o valor e a dimensão que tem. De certa forma, acabamos por banalizar o significado de Jesus. 

A história demonstra com clareza que nenhuma outra pessoa causou o impacto de Jesus na sociedade humana. Depois da sua passagem pelo mundo, nada mais foi como antes. Foi Jesus quem nos ensinou de fato a perdoar, a amar o próximo, a tratar Deus com intimidade, a ter mais preocupação com servir do que com ser servido, a deixar de lado a religião legalista (aquela cheia de regras e julgamentos), a lutar contra a hipocrisia e tantas coisas mais. 

Á media que nos aproximamos do Natal, data em que o mundo comemora seu nascimento, esse é um bom momento para refletir sobre a história de Jesus.  Desde seu nascimento, numa humilde estrebaria, na pequena vila de Belém, pouco mais de 2.000 anos atrás, sua vida difícil e sem qualquer conforto, até o terrível dia (uma sexta-feira) em que foi crucificado, em Jerusalém. Sem nunca esquecer, que, na madrugada do domingo seguinte, a tumba em que Ele tinha sido enterrado foi encontrada vazia e seus discípulos perceberam que Jesus tinha ressuscitado.

Esses são os fatos mais importantes da história humana. Foram eles que mudaram tudo. Nada seria como é, se Jesus não tivesse vivido entre nós e deixado um exemplo e um ensinamento que inspiraram bilhões de pessoas a mudar suas vidas. 

E, depois de reconhecer isso, agradeça a Deus pela vida e a obra de Jesus de Nazaré. O maior presente que Deus deu para a humanidade. 

Com carinho 

domingo, 18 de novembro de 2018

OUVINDO DEUS


Às vezes é difícil saber quando estamos ouvindo Deus de fato. Temos dificuldade de perceber quando Ele está falando mesmo conosco e nos mandando recados importantes. Quando Ele quer nos orientar sobre o que devemos (ou não) fazer. 

Infelizmente, nossas próprias ansiedades e preocupações, bem como as demandas do dia-a-dia, sempre corrido e atribulado, podem bloquear a voz e dificultar nossa comunicação com Ele. Queremos ouvir e sabemos que Deus fala com seus filhos, mas não conseguimos discernir o que Ele está dizendo. Não conseguimos entender com clareza qual é o seu recado para nossas vidas. É como se nosso canal de comunicação com Deus ficasse obstruído. Ficamos como que surdos espiritualmente.

Mas, não precisa ser assim. É possível encontrar meios para ganhar de volta a capacidade de perceber quando Deus fala conosco. E a Bíblia tem muito a nos ensinar a esse respeito, principalmente através do exemplo das diversas pessoas que passaram pela mesma experiência e conseguiram superar essa dificuldade. E assim como aquelas pessoas conseguiram, nós também podemos re-aprender a ouvir Deus. Saber quando Ele nos fala e o que diz. 

Ouvindo Deus: é sobre isto que falo no meu mais novo vídeo - veja aqui

Se você quiser ver outros vídeos recentes meus veja aqui e aqui.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

QUEM É BOM DE FATO?

Certa vez, Jesus estava ensinando e uma pessoa que o estava ouvindo, impressionado com sua sabedoria, o chamou de “bom Mestre”. E Jesus imediatamente respondeu (Marcos capítulo 10, versículos 17 e 18): 
Por que você me chama de bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.
Por que será que Jesus disse isso? Acredito que Ele quis dizer mais ou menos o seguinte: 
Você pensa que sou bom, pois pareço melhor do que outras pessoas que você conhece, mas o padrão de bondade verdadeiro é muito mais elevado. É o próprio Deus.
O problema que Jesus apontou é muito comum: as pessoas acham que estão bem no "filme", pois não matam, não roubam, não cometem violências, etc. Acham que têm alguma vantagem moral. Seu padrão de bondade é bem baixo. Mas elas estão se enganando (veja mais) pois o padrão de bondade estabelecido por Jesus é elevadíssimo: o próprio Deus. 

Essa afirmação de Jesus faz todo sentido. Afinal, Deus é o centro e a fundação de todas as coisas, tanto as materiais, como as espirituais. Tudo nasce n´Ele e existe por causa d´Ele. Sem Deus, nada existiria. Portanto, não é de se estranhar que nasça em Deus tudo de bom que existe no mundo.

O problema com esse padrão é que ninguém pode ser igual a Deus - comparados a Ele, não somos nada. Foi isso que apóstolo Paulo disse em Romanos capítulo 3, versículo 23: 
... pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.
Ora, Deus sabe bem da nossa limitação e dificuldade. É evidente que Ele não nos cobra que venhamos a alcançar o mesmo nível de santidade e perfeição d´Ele mesmo. Mas espera, pelo menos, que não sejamos vaidosos e orgulhosos, achando que juntamos mérito suficiente, por sermos suficientemente bons. 

Em outras palavras, Deus espera que tenhamos consciência de estarmos muito aquém daquilo que deveríamos e tenhamos humildade para pedir perdão e aceitar Jesus como única forma termos nossos pecados perdoados. 

Essa tomada de consciência é fundamental, pois sem ela não há como a pessoa crescer espiritualmente e estabelecer uma relação estreita com Deus. E aí está o significado completo do ensinamento de Jesus que citei no começo desta postagem.

Com carinho

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

DEUS É UM SER PUNITIVO?


Gostaria de discutir hoje se Deus é um ser punitivo. Um ser do qual todos precisam ter grande medo. 

Cerca de 280 anos atrás, um pastor norte-americano, chamado Jonathan Edwards, pregou um sermão que ficou muito famoso: “Pecadores nas mãos de um Deus irado”. Quando o pastor Edwards pregou essa mensagem houve muito choro entre os/as ouvintes e pessoas chegaram a desmaiar. Centenas de milhares de cópias desse sermão foram impressas e distribuídas por todo o país e o impacto das ideias ali contidas foram profundos. Mudaram a vida da sociedade norte-americana.

O sermão tratava essencialmente da ira de Deus gerada pelo pecado humano. E o pastor Edwards descreveu em linguagem muito clara e eloquente os horrores do inferno, que esperavam os/as condenados/as. A imagem de Deus transmitida nessa mensagem foi a de um Ser punitivo. Alguém que acompanha todos os passos das pessoas, sabe de tudo que se passa e está pronto para punir de forma muito rigorosa.

Essa imagem de Deus funciona como o “outro lado da moeda” de outra posição, também muito comum, e que já foi tratada aqui no site em diversas postagens: Deus é amoroso e misericordioso e de uma forma ou outra acaba por perdoar todo mundo, portanto, não importa muito o que a pessoa faça na sua vida. Esse outro ponto de vista embute a imagem de um Deus um tanto ou quanto leniente (veja mais aqui).

Deus não é leniente: Ele detesta o pecado e se afasta dos/as pecadores/as, até ver arrependimento real e desejo de mudança. E há, sem dúvida, consequências para o pecado não perdoado por Deus – o inferno é a maior prova disso. Portanto, as pessoas não podem viver como se Deus não existisse, tocando suas vidas totalmente despreocupadas, inclusive mantendo seus “pecados de estimação”. Se viverem assim, um dia a “conta” chega.

Aqui estou tratando dessa outra visão, também errada, de um Deus punitivo, que nos mantém constantemente aterrorizados/as. Essa visão distorcida gera um relacionamento com Deus baseado no medo, na culpa e na tentativa de encontrar formas de escapar da punição divina. E esse relacionamento deveria ser baseado no amor (como a Bíblia ensina).

O medo da punição gera mudança de comportamento?
Há uma pesquisa denominada “Deuses maus geram pessoas boas”, desenvolvida na Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos. Esse estudo revelou que há sim uma relação entre a crença religiosa e a manutenção de princípios éticos. De acordo com o psicólogo Azim Shariff, coordenador desse estudo, o fator mais importante para predizer o comportamento ético das pessoas não é se elas acreditam em algum deus. O fator principal é o tipo de deus no qual acreditam.

O resultado mostrou que acreditar em um deus, por si só, não impede as pessoas de agirem de forma pouco ética. O que faz diferença é acreditar num deus visto como capaz de punir. A pesquisa mostrou ainda que acreditar em um deus que perdoa parece comprometer o comportamento ético.

Penso que isso dá uma justificativa para os/as líderes religiosos, como Jonatham Edwards, venderem uma imagem de Deus como um Ser altamente punitivo. Trata-se de um meio para conseguir que as pessoas não se desviem do bom caminho. Seria uma forma de prevenir, para não ter que remediar, depois que o mal tiver ocorrido.

Não é por acaso que esse tipo de abordagem se faça tão presente no meio das igrejas evangélicas mais conservadoras. Isso é especialmente presente naquelas que atuam nas camadas sócio econômicas menos favorecidas. É uma forma efetiva de agir, não há a menor dúvida, especialmente num mundo onde cada vez mais as premissas morais vão sendo relativizadas. Onde ideias como a liberdade para o aborto e a promiscuidade sexual têm cada vez mais espaço.

Mas será que a imagem de um Deus aterrorizador é a que a Bíblia apresenta? Será que essa é a melhor forma de incentivar as pessoas a trilharem o caminho certo?

Olhando para Jesus
Precisamos olhar para Jesus para saber como devemos nos comportar. Ele é nosso modelo e sabemos ser assim porque Ele mesmo nos contou (João 12:44-45): 
E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.
Ora, como Jesus se relacionou com Deus Pai? O que seu comportamento ensina? A relação de Jesus com Deus Pai não foi de terror e sim de amor. Ele chamou Deus de “Abba” (Pai), palavra carinhosa usada pelo povo judeu para os/as filhos/as se referirem aos próprios pais quando na intimidade.

Jesus ensinou a não vermos em Deus Pai um Ser irado e punitivo, que governa pelo terror. Afinal, não é isso que um bom pai faz. Um pai digno desse nome conquista o amor, a confiança e o respeito dos/as filhos/as e é por isso que eles/as seguem sua liderança. É por que lemos em Provérbios 23: 26: 
Filho meu, dá-me o teu coração e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.
Deus quer e espera que sigamos seus caminhos não por medo e sim por amor. Devemos obedecê-lo somente pelo prazer e alegria de fazer sua vontade. Foi assim que Jesus agiu e esse foi o exemplo que nos deixou.

A diferença entre punir por vingança e para corrigir
Mas Deus não pune? É claro que sim, senão Ele seria leniente com o pecado. E, para entender melhor como Deus age, precisamos começar por distinguir dois conceitos diferentes de punição. O primeiro é que seria uma espécie de revanche pelo mal cometido. 

Esse conceito é pouco construtivo e nenhuma sociedade civilizada o pratica. A prisão de um/a criminoso/a, depois de um processo criminal, tem por objetivo tirar a pessoa ofensora do meio da sociedade (e não correr o risco da reincidência), para servir de exemplo (dissuadindo outras pessoas de cometer os mesmos erros) e, finalmente, quando possível, tentar recuperar a pessoa para o convívio social (coisa que quase nunca acontece no sistema prisional brasileiro).

O/a criminoso/a não vai para a cadeia como forma de vingança pelo mal que fizerem, até porque não haveria retribuição possível – por exemplo, como retribuir à altura um assassinato?

O outro conceito de punição objetiva a correção da pessoa. É um meio doloroso e/ou desagradável mas que visa obter um resultado positivo mais adiante (a mudança do comportamento para melhor). Por isso pais corrigem seus filhos, professores/as fazem o mesmo com alunos/as e pastores/as atuam dessa forma com suas ovelhas. E em nenhum desses casos há qualquer ideia de causar sofrimento para retribuição do mal gerado.

Não há dúvida que Deus pune – há vários exemplos na Bíblia disso, como Caim (depois de matar Abel), Moisés (depois de desobedecer a Deus), Davi (quando adulterou com Bate-Seba) e Acabe (por inúmeros crimes cometido durante seu reinado). Mas o objetivo de Deus não foi obter revanche pelo mal feito. Seus objetivos são muito mais nobre: evitar a continuação do mal (caso do rei Acabe), servir de exemplo (caso de Caim e Davi) e ensinar o povo (caso de Moisés).

Mas é o inferno?
Você poderia me perguntar nessa altura como fica a punição eterna (aquela que será paga no inferno)? Será que um Deus capaz de condenar as pessoas dessa forma não deve ser objeto de terror? Para responder essa questão, é preciso entender o que é o inferno e quem acabará lá.

O ponto de partida é o entendimento que todas as pessoas pecam. Todas sem exceção. E que nenhuma delas conseguirá, por seus próprios méritos, encontrar uma forma de se reconciliar com Deus e ser salva – a Bíblia é muito clara a esse respeito.

A única forma de criar uma ponte para atravessar o abismo que separa um Deus santo do ser humano, que é pecador, é a Graça divina. E ela é manifestada no sacrifício de Jesus na cruz. Não há outra forma (João 14:6):
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Mas, por ter o livre arbítrio, o ser humano pode aceitar ou rejeitar esse sacrifício. Jesus morreu por todas as pessoas, mas somente aquelas que reconhecem esse fato, tornam esse sacrifício efetivo. É como se Deus tivesse dado um “cheque” de salvação, assinado por Jesus, para todas as pessoas. Mas, somente aquelas que acreditam haver “fundos” nesse cheque e o depositam no “banco da vida” veem o resultado na sua conta pessoal.

Nesse sentido é fácil perceber que a condenação ao inferno é, na verdade, fruto de uma escolha das próprias pessoas. De certa forma, são elas que se colocam lá, quando decidem não aceitar Jesus. É razoável, portanto, dizer que “as portas” do inferno estão trancadas por dentro.

Quando entendemos isso, desaparece aquela imagem pintada por Jonathan Edwards que apavorou tanta gente. Deus pune é verdade, mas não há juiz mais justo e amoroso que ele. E Ele é capaz de perdoar aquilo que nos mesmos não conseguiríamos. Na verdade, nós somos muito rígidos com quem peca do que Ele. E o caso do profeta Jonas, que ficou irado porque Deus perdoou os pecados do povo da cidade de Nínive, é um bom exemplo disso.

Concluindo, Deus não é leniente e precisamos nos preocupar com os mandamentos e os juízos que Ele faz sobre nossas vidas. Mas Deus não é um Ser irado e punitivo, que vai nos esmagar por conta dos nossos pecados. E a vinda de Jesus ao mundo é a maior prova disso. Deus espera se relacionar conosco através do amor mútuo e do entendimento que isso gera. E graças a Ele por isso. Amém.

Com carinho

sábado, 10 de novembro de 2018

O MEU AMIGO JONAS

Hoje eu quero falar do meu amigo Jonas, que morreu recentemente. Ele foi uma dessas pessoas que passa a vida fazendo a obra de Deus e muitas vezes não é notado como merece.

São pessoas que agem como formiguinhas - estão em todo lugar, fazem um monte de coisas - sem nunca buscar aparecer. Sem querer ser homenageadas e/ou ocupar lugares de destaque.

Meu amigo Jonas foi um cara assim e sua importância só ficou patente no dia do seu enterro, quando muitas pessoas, mas muitas mesmo, se juntaram para homenageá-lo e contar as histórias que tinham vivido com ele. E cada história era mais emocionante que a outra. 

É sobre isso que falo no meu mais novo vídeo, uma singela homenagem a quem foi tão importante e cujo exemplo pode nos ensinar tanto - veja o vídeo aqui.

Se você quiser ver outros vídeos recentes meus veja aqui e aqui.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

NINGUÉM DÁ VALOR A VOCÊ COMO DEUS

Vou falar hoje do valor que você tem para Deus. E posso garantir que ninguém dá mais valor a você do que Ele. Vamos ver a razão para essa minha afirmação.

Já falei aqui no site sobre a diferença entre as abordagens da auto-ajuda e do cristianismo na identificação e tratamento dos problemas humanos (veja mais). A linha de auto-ajuda procura motivar as pessoas a descobrir seu potencial não utilizado, valorizando aquilo que já possuem. Enquanto o cristianismo defende que as pessoas, por suas limitações próprias, somente vão conseguir resultados positivos caso se apoiem na força de Deus.

Essa diferença de abordagem explica porque a auto-ajuda é cada vez mais popular. Afinal, ela parece dar mais valor ao ser humano e as pessoas gostam daquilo que reforça sua auto-estima. O cristianismo, com sua ênfase no reconhecimento dos pecados pessoais e apelo ao perdão e à graça de Deus, parece fazer exatamente o contrário. Parece diminuir o valor das pessoas.

Mas essa é uma visão incorreta. Nenhuma religião valoriza tanto as pessoas quanto o cristianismo. Em primeiro lugar, a doutrina cristã valoriza as pessoas porque identifica nelas a existência da vida (o "sopro divino") dada por Deus. Por isso o assassinato é proibido e a Bíblia sempre enfatiza ações que concorram para proteger a vida humana, como a ajuda material aos mais fracos ou a proteção dos oprimidos.

Em segundo lugar, a importância de cada ser humano está evidente no plano de salvação que o próprio Deus estabeleceu. O ponto principal desse plano é o sacrifício de Jesus, o Filho de Deus. E ninguém sacrificaria seu próprio filho por algo sem importância. Portanto, é uma decorrência direta do plano da salvação que cada ser humano tem importância para Deus. E muita importância.

Finalmente, a importância de cada pessoa também fica caracterizada pela presença do Espírito Santo na sua dela. Isso prova que Deus se importa com tudo que acontece com ela - a Bíblia chega a dizer que até os cabelos da cabeça da pessoa estão contados.

Cabe ao Espírito Santo levar a pessoa até Deus e mantê-la no caminho certo. Também cabe a Ele interceder pela pessoa, para perdão dos pecados cometidos. E a Bíblia diz que isso é feito usando gemidos que não podem ser expressos em linguagem humana (veja mais). 

A auto-ajuda procura dar às pessoas um falso sentimento de poder. Faz com que elas se sintam bem, sem gerar soluções reais, pois seu diagnóstico está errado. O problema não é, como a auto-ajuda defende, que as pessoas não conhecem e exploram plenamente o seu potencial interior. E a solução não é "libertar" esse poder. 

Temos capacidade e poder sim, mas somos totalmente dependentes daquele que criou e sustenta o universo (Deus). Você somente vai encontrar aquilo que precisa - a força e o apoio de que precisa - numa relação próxima com Ele. E somente Deus pode trazer o alívio necessário para seus problemas e dificuldades. Conforme Jesus mesmo disse: "venham a mim todos que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei..." (Mateus capítulo 11, versículos 28).

O cristianismo não faz pouco do ser humano. Apenas apresenta um outro diagnóstico, na minha opinião muito mais verdadeiro, das dificuldades humanas. E completa esse diagnóstico comprovando que o valor de cada pessoa é enorme. Exatamente igual ao preço do sangue de Jesus derramado por você na cruz.

Com carinho

terça-feira, 6 de novembro de 2018

PENA DE MORTE E MAIORIDADE PENAL AOS 16 ANOS

A sociedade brasileira vive hoje uma enorme insegurança. E isso está refletido nos nossos altíssimos índices de criminalidade. Daí é natural que, periodicamente, a questão da pena de morte e da maioridade penal aos 16 anos volte à discussão. 

Afinal, é compreensível que o povo brasileiro, se sentindo ameaçado por essa onda de violência, queira encontrar formas para se proteger. Mas, será que essas medidas são de fato boas? E será que contrariam o ensinamento bíblico? É o que vou discutir a seguir.

O caso da pena de morte
A questão inicial a ser discutida é se a pena de morte contraria o mandamento para não matar. Já respondi isso em post anterior (veja mais), quando esclareci que o mandamento se refere a matar de forma ilegal. E não há como negar a existência na Bíblia de pecados para os quais a punição previstas era a morte. Portanto, não parece haver impedimento bíblico para a pena de morte. 

Mas, se olharmos com mais cuidado essa questão, veremos que a coisa não é bem assim. E começo lembrando da falta de confiabilidade do nosso sistema judiciário, marcado pela ineficiência, deficiência de estrutura, corrupção e outros males. E, se adotarmos a pena de morte, certamente vamos acabar condenando e executando pessoas inocentes. E isso é tão certo como 2 mais 2 é igual a 4.

Lembro aqui do caso da mulher pega em flagrante adultério que os judeus queriam apedrejar. A resposta de Jesus, quando perguntado sobre essa questão, foi exemplar (João capítulo 8, versículo 7):
Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
Jesus alertou que pecadores não tinham condição moral de aplicar a pena de morte em ninguém. Repare que Ele não questionou a Lei que estabelecia tal pena. E sim a capacidade moral das pessoas em aplicar tal tipo de punição. E é esse exatamente o meu ponto: não vejo condições no nosso sistema judiciário para aplicação de penas irreversíveis. Simples assim. 

A segunda razão pela qual sou contra pena de morte é que a Bíblia valoriza a vida. Tudo que ela ensina vai nesse sentido. Como, então, apoiarmos uma linha de pensamento que vai em sentido contrário? 

Outra razão pela qual sou contra essa medida tem a ver com sua pouca eficácia. A maior justificativa para adotar a pena de morte é criar uma forma de coagir os criminosos a não praticar crimes especialmente graves. Mas a experiência em outros países não confirma essa tese. Por exemplo, os Estados Unidos, o único dos países do chamado primeiro mundo que ainda adota a pena de morte, tem muito mais violência do que os demais países desenvolvidas. A pena de morte ali não contribui em nada para diminuir a violência. 

O caso da maioridade penal aos 16 anos
Não há qualquer manifestação direta na Bíblia sobre esse tema. Portanto, será preciso levar em conta outros argumentos. 

É certo que muitos países desenvolvidos abaixaram a maioridade penal, como a Inglaterra. E esse exemplo poderia ser um incentivo para que seguíssemos pelo mesmo caminho. Mas o problema é que nosso sistema penitenciário é um desastre total. 

No Brasil, celas feitas para 8 pessoas são usadas por dezenas de prisioneiros, que vivem aglomerados, em condições promíscuas e desumanas. A corrupção campeia e a violência domina as cadeias. E não há trabalho sério para ressocializar os internos, que acabam saindo pior do que entraram. 

É nesse tipo de ambiente que iríamos atirar adolescentes infratores de 16 e 17 anos. E provavelmente eles seriam perdidos para sempre para qualquer tipo de convívio social normal.

Outro argumento que tenho contra essa iniciativa tem a ver com a constatação de que o crime organizado usa os adolescentes para fazer parte do seu serviço sujo. Fazem isso justamente porque eles não podem ser condenados pela lei. E baixar a maioridade penal não vai resolver esse problema porque o crime organizado vai passar a usar adolescentes mais jovens ainda. 

O último argumento que tenho contra essa medida vem da constatação que a raiz do problema da criminalidade não está, na maioria dos casos, nos próprios adolescentes, embora eles sejam a face mais visível desse problema. A rais do problema está na miséria, nas famílias destruídas pelas drogas, na falta de educação formal e assim por diante. E não são os adolescentes que compram a droga dos traficantes internacionais ou importam armamento pesado ilegal. Também não são eles que corrompem policiais, juízes e políticos para facilitar práticas criminosas. O centro do problema está nos adultos e não nos adolescentes.

Não acredito que baixar a maioridade penal para 16 anos viria de fato contribuir para resolver o problema da violência na nossa sociedade e ainda traria muitas consequências negativas. 

Com carinho

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

NADA A TEMER, A NÃO SER O PRÓPRIO MEDO

Todo mundo tem algum tipo de medo - isso é perfeitamente normal. Mas é preciso aprender a lidar com esse sentimento e controlá-lo, porque ele pode paralisar sua vida. Pode fazer você perder oportunidades, tornar-se excessivamente tímido/a e cauteloso/a ou até isolar você do convívio das demais pessoas. 

É importante não deixar que o medo passe a controlar e ditar o ritmo da sua vida. E é sobre isso que eu falo no meu mais novo vídeo. Nele eu explico para o que a Bíblia fala a respeito desse sentimento tão difícil de lidar e conto o remédio que ela nos dá para lidar com essas dificuldades e vencê-las - veja o vídeo aqui.

Veja outros vídeos recentes meus aqui e aqui.