sábado, 4 de agosto de 2018

AS DEZ HISTÓRIAS MAIS POPULARES DA BÍBLIA 1ª parte


Tempos atrás fiz uma pesquisa para descobrir quais são as dez histórias mais populares da Bíblia – este estudo é semelhante àquele que fiz sobre os dez versículos mais populares (ver o post ). 

As listas das dez histórias mais populares variam um pouco segundo a fonte, mas, de forma geral, há boa concordância sobre quais dentre elas causam mais impacto espiritual na vida das pessoas.

Quatro das história incluídas na minha lista das "dez mais" se passaram com Jesus, como seria de se esperar - uma delas trata de uma parábola contada por Ele e as outras são narrativas de eventos que Ele viveu. Todas essas histórias são relatadas no Novo Testamento (as demais estão no Velho Testamento).

Três dessas histórias do Velho Testamento tratam de acontecimentos na vida de grandes líderes do povo de Israel (José, Moisés e Davi). Duas outras (Adão e Noé) estão logo no início da Bíblia e falam das origens da humanidade. E a última, Jonas, é a estranha história de um profeta relutante, que acabou sendo engolido por um peixe.

Aí vai a lista, em ordem contrária, ou seja, começando pela décima história mais popular, depois a nona e assim por diante. Se puder, leia cada uma delas na Bíblia, antes de olhar os meus comentários:

10) Jesus - A última ceia (Mateus capítulo 26, versículos 17 a 30)
Na sua última noite com os discípulos, antes de ser traído e preso, Jesus fez uma ceia para despedir-se. Durante essa refeição, Ele tomou o pão, partiu-o e distribuiu os pedaços entre os discípulos, dizendo-lhes que aquilo representava seu corpo, que iria ser torturado. Depois, tomou o vinho, distribuiu-o pelos presentes e disse que aquilo representava seu sangue, que seria derramado em favor de todos nós.

Jesus nos ensinou a repetir essa cerimônia - partilhar o pão e o vinho - periodicamente, sempre em memória do sacrifício d´Ele e aí nasceu o sacramento da comunhão, adotado por todo o povo cristão - a liturgia da cerimônia pode variar, de denominação para denominação, mas a comunhão está sempre presente na vida dos cristãos.

Essa história é fundamental pois nos leva a refletir sobre o significado do sacrifício de Jesus.

9) Adão e Eva - O fruto proibido (Gênesis capítulo 3)
A história de Adão e Eva, da serpente e do fruto proibido faz parte do nosso imaginário. Ela representa a desobediência do ser humano aos mandamentos de Deus – no caso, a desobediência teve a ver com a proibição de comer o “fruto da árvore do bem e do mal”.

A curiosidade do ser humano em saber das coisas, em aumentar sua liberdade, em controlar seu próprio caminho e em evitar qualquer tipo de restrição, mesmo aquelas estabelecidas por Deus, levou Adão e Eva à desobediência, trazendo tristes consequências para eles mesmos - especialmente a degradação da sua relação com Deus - para seus descendentes.

Na mesma história, somos apresentados a Satanás, representado pela serpente, Inimigo implacável do ser humano. Podemos ver com clareza como Satanás tenta o ser humano e como ele mente, para nos levar a cair.

8) Moisés - O libertador de Israel (ver livro do Êxodo)
Moisés, quando ainda bebê, viveu uma aventura incrível. O povo de Israel vivia na escravidão no Egito e o faraó da época, sabendo que iria nascer o libertador do povo, resolveu mandar matar todos os recém-nascidos do sexo masculino. Jochabel, mãe de Moisés, para salvar seu bebê, colocou-o num cesto de vime e o lançou o cesto às águas do Rio Nilo, numa enorme demonstração de fé na providencia de Deus. O bebê foi encontrado pela filha do faraó, que não tinha filhos e acabou sendo criado como um príncipe egípcio (Êxodo capítulo 1 e 2:1-10). 

Cerca de 40 anos depois, Moisés ficou sabendo da sua origem verdadeira e acabou se revoltando contra os maus tratos dos egípcios aos israelitas. Matou um homem, em defesa de um escravo israelita e precisou fugir do Egito. Foi ser um simples pastor em Midiã, território que fica perto da península do Sinai (Êxodo 2:11-22). 

Mais 40 anos se passaram e Deus o chamou para ser o libertador do povo de israel. Voltou para o Egito, enfrentou o faraó, com o apoio de Deus, e conseguiu a libertação do povo (Êxodo capítulos 3 a 13). Moisés guiou o povo de Israel por 40 anos, pela península do Sinai, enquanto Deus ensinava aquele bando de escravos a se comportar como um povo. 

Serviu como intermediário entre Deus e os israelitas e, através dele, Deus deu ao povo os dez mandamentos e uma série de outras leis que permitiram a estruturação da nação de Israel (Êxodo capítulo 14 em diante). Moisés é considerado o mais importante profeta da história de Israel. 

7) Noé - Uma arca salva a humanidade (Gênesis capítulos 6 a 8)
Noé construiu um enorme barco (arca) em terra seca, seguindo as ordens de Deus. Trabalhou anos a fio nesse projeto, sendo ridicularizado por muitos, que não viam sentido naquele esforço.

Mal sabiam eles que Deus decidira punir a humanidade, por causa dos seus muitos pecados. Quando Deus abriu “as comportas do céu”, a chuva veio em quantidade nunca vista. E esse dilúvio quase extinguiu a humanidade.

Noé e sua família se refugiaram na arca, juntamente com um casal de cada espécie de animal e ali ficaram em segurança, enquanto a inundação durou (cerca de 40 dias). Quando as águas baixaram, a família de Noé teve como missão recomeçar a história da humanidade.

Noé é o símbolo da obediência irrestrita a Deus.

6) Jonas - O profeta relutante (ver livro de mesmo nome)
Jonas é uma figura muito interessante e controvertida: Deus mandou que ele fosse até a grande cidade de Nínive, na Assíria, para pregar o arrependimento para o povo, Jonas se recusou (os assírios eram inimigos de Israel) e fugiu.

Jonas embarcou num navio na direção oposta à Assíria, mas no trajeto, o navio enfrentou enorme tempestade. A situação só acalmou quando Jonas foi atirado ao mar pelos marinheiros do navio e acabou engolido por um grande peixe (a Bíblia não fala em baleia). 

O profeta ficou no estômago do animal por 3 dias e noites. Ele se arrependeu da sua rebeldia e orou a Deus pedindo libertação. E foi vomitado numa praia. 

Jonas atendeu a ordem de Deus e foi para Nínive, onde pregou o arrependimento para o povo e, surpreendentemente, povo se arrependeu e foi perdoado por Deus.

O mais interessante é que Jonas ficou muito zangado quando o povo se arrependeu porque queria a punição dos assírios. E Deus, pacientemente, teve que ensinar-lhe a ter misericórdia.

Jonas é o símbolo das dificuldades humanas: a recusa em obedecer a Deus, a falta de entendimento da sua misericórdia, a dificuldade em perdoar, etc. O livro de Jonas é uma leitura fascinante.

CONTINUA NA 2ª parte

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