sexta-feira, 31 de maio de 2019

VOCÊ PRECISA IR À IGREJA PARA SER UM BOM CRISTÃO?


Conheço muitos cristãos que não querem ou não gostam de ir à igreja. E por ir à igreja entendo, para fins desta postagem, frequentar qualquer comunidade cristã organizada, onde se estude a Bíblia, se cultue a Deus e os sacramentos (batismo e santa ceia) sejam ministrados. Enfim, onde haja verdadeira comunhão entre pessoas que seguem a Cristo. 

Agora, é possível alguém ser um cristão verdadeiro sem ir à igreja? Teoricamente, poderia ser possível. Mas, na prática, eu acredito que não. 

Os estudos mostram que são três as razões mais comuns para o afastamento das pessoas das igrejas cristãs: decepção com Deus, decepção com as igrejas e outras prioridades na vida. E às vezes há mais de uma razão atuando e elas se reforçam entre si. Vamos ver isso mais de perto.

Decepção com Deus 
A decepção costuma estar ligada a experiências ruins que a pessoa passou diretamente ou viu alguém próximo dela passar. Assim, a origem da decepção costuma estar na morte ou doença de um ente querido, numa perda financeira, numa violência sofrida ou outra situações para as quais a pessoa não encontrou uma explicação. 

E nesses casos, as pessoas costumam fazer uma pergunta: por que Deus permitiu que isso acontecesse comigo ou com quem amo? E se a pessoa que fez essa pergunta não encontrar uma resposta que a convença, pode acabar concluindo que Deus não foi justo com ela. E acaba se decepcionando com Deus e se afastando do convívio dos demais cristãos. 

Eu não tenho espaço aqui para desenvolver uma resposta que explique o sofrimento humano - já escrevi sobre isso aqui no site. Agora, é um enorme erro decepcionar-se com Deus por não conseguir entender a situação que se está vivendo. Quem age assim é porque não tinha uma fé sólida. Jesus comparou esse tipo de situação a uma casa construída sobre terreno pouco sólido, que cai quando bate o vento forte.

Outra causa de decepção com Deus é a "teologia tóxica". Ensinamentos que os líderes religiosos dão às pessoas e que não têm base bíblica. Por exemplo, certas igrejas incentivam as pessoas a fazer verdadeiras “trocas” com Deus. Elas desafiam as pessoas a dar mais dinheiro para a igreja para receberem mais bençãos de Deus. 

Quando as pessoas acreditam numa teologia tóxica, passam a esperar coisas irreais de Deus. E suas expectativas acabam frustradas. E elas podem acabar se decepcionando com Ele, sem justificativa para isso. 

Decepção com as igrejas
As disfunções que muitas igrejas têm acabam por gerar muita decepção nas pessoas e muitas delas acabam por se afastar. 

Por exemplo, há comunidades religiosas que são tão rigorosas nas suas exigências quanto ao comportamento esperado dos fiéis, que as pessoas acabam por se sentir vivendo numa verdadeira prisão. E acabam, num determinado momento, dando passos para se libertar. 

Há também igrejas onde os líderes têm comportamento moral reprovável, fazendo mal uso do dinheiro arrecadado, envolvendo-se em negociatas ou em relações ilícitas. E quando as pessoas percebem isso, elas se decepcionam e se afastam. O problema é que elas passam a pensar que todas as igrejas são iguais e que nenhuma serve, quando isso não é verdade. Há inúmeras igrejas cristãs que são sérias. Podem não ser perfeitas (nenhuma é), mas agem com correção.

Baixa prioridade
Muitas pessoas não tem disposição para congregar em qualquer igreja porque dão baixa prioridade a isso. Muitas outras coisas são mais importantes para elas do que cultuar a Deus todo domingo, por exemplo. 

E a desculpa mais comum para esse tipo de comportamento é alegar falta tempo, coisa que certamente não é verdade, pois essas mesmas pessoas têm tempo para fazer muitas outras coisas. 

A baixa prioridade costuma ter diferentes causas. Mas, há duas delas que são especialmente fortes. Uma delas é porque as pessoas não querem mudar suas vidas. Sua prioridade é manter seu estilo de vida atual, com o qual estão satisfeitas. Elas sabem que se entrarem de cabeça na vida cristã vão precisar abandonar certos "pecados de estimação" e simplesmente não querem fazer isso. 

Outra causa da baixa prioridade dada à vida nas igrejas é a falta de percepção da importância da comunhão entre os irmãos na fé. Muitas pessoas pensam que podem desenvolver sua fé por conta própria. Mas, a prática demonstra que não é bem assim. E Jesus sempre priorizou a vida em comunidade. Basta lembrar que Ele desenvolveu seu ministério entre um bando de discípulos. 

O ser humano não foi criado por Deus para viver sozinho. Ele sempre precisa de outras pessoas. E não é diferente no campo espiritual. Simplesmente, não dá para crescer na fé sozinho. Não dá para passar pelas tribulações da vida sem ter apoio dos irmãos. É preciso ter companhia para compartilhar dúvidas e o sofrimento. A vida em comunidade é fundamental para manter uma fé forte e estável.

Conclusão
Se você anda afastado da igreja, seria bom avaliar sinceramente as verdadeiras razões que o(a) afastaram. Ao fazer essa análise, evite construir desculpas para si mesmo(a). Seja sincero consigo mesmo.

Por exemplo, eu me afastei por certo tempo, quando jovem, por não dar prioridade à vida espiritual. Tinha muitas outras coisas mais importantes na minha vida. Somente com mais maturidade e depois de um período de sofrimento, mudei minhas prioridades na vida e voltei a dar importância à vida em comunhão com os irmãos na fé. 

O seu problema pode ser esse ou outro qualquer, conforme eu comentei acima. Mas, você precisa encontrar a causa e combatê-la. Uma vida cristã adequada inclui ir à igreja com frequência. O apoio de uma boa comunidade de irmãos na fé é fundamental para a vida espiritual. Pode ter certeza disso.

Com carinho

quarta-feira, 29 de maio de 2019

COMO VOCÊ É CONHECIDO?

Como você é conhecido? Será que você é conhecido como alguém que se dedicou inteiramente às coisas do mundo (fama sucesso, dinheiro, etc)? Ou como alguém que deu prioridade à obra de Deus? 

Há uma escolha diante de acada pessoa. Trata-se de uma escolha que cada pessoa precisa fazer. E essa escolha vai definir quais serão as prioridades na vida da vida dela. Definirá as coisas que serão importantes ao longo da sua vida e vão gerar um legado para as gerações futuras. E esse legado poderá ser bom ou ruim, dependendo das escolhas que tiverem sido feitas.

O capítulo 11 do livro de Hebreus fala dos heróis da fé. Conta um pouco da vida dos homens e mulheres que dedicaram sua vida à obra de Deus e foram reconhecidos por causa disso. Gente como Abraão, Moisés, Elias e tantos outros. Gente que deixou uma obra importante e por isso é lembrada até hoje.

E você? Como você acha que é conhecido? Que legado você acha que vai deixar na sua vida? Faça a escolha certa, se quiser deixar alguma coisa positiva como fruto da sua vida. É sobre isso que falo no meu mais novo vídeo - veja aqui.

Veja outros vídeos recentes meus aqui e aqui.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

A EPIDEMIA QUE ABALA A SOCIEDADE

Hoje vamos falar de um problema que é uma verdadeira epidemia na sociedade moderna: a depressão. 

Alguns anos atrás, a comunidade cristã ficou chocada com a notícia do suicídio de um rapaz de apenas 27 anos. Ele se chamava Matthew e era filho de Rick Warren, pastor de uma das maiores igrejas evangélicas do mundo. Esse pastor é muito conhecido por livros como “Uma igreja com propósitos” e “Uma vida com propósitos”. 

O rapaz cometeu esse ato depois de longa depressão que o deixou incapacitado para a vida normal. Segundo o depoimento do pai, Matthew recebeu o melhor tratamento médico possível e teve grande cobertura espiritual e, mesmo assim, não conseguiu resistir. 

O pastor Warren relatou para sua igreja um diálogo que teve com o filho, pouco antes da morte do rapaz, quando o filho lhe disse: “Pai, eu sei que vou para junto de Jesus. Então, por que essa dor não acaba logo?”

A sociedade atual vive verdadeira "epidemia" de depressão. E foi exatamente assim que a revista Christianity Today se referiu a esse problema. Relatório feito alguns anos atrás pela Organização Mundial de Saúde mostrou que depressão é a segunda maior causa de incapacitação das pessoas, logo depois das doenças cardiovasculares. Cerca de 25% da população mundial já teve ou terá depressão severa. E, em qualquer momento, pelo menos 5% da população está deprimida. No Brasil, isso equivale a cerca de 10 milhões de pessoas deprimidas, população equivalente à da região metropolitana de São Paulo. 

Os estudos indicam também que a depressão se faz presente no meio cristão com a mesma força que no restante da população. Assim, de cada 20 frequentadores de uma igreja, 1 está severamente deprimido. 

Como explicar essa epidemia
Acho que há dois aspectos a considerar. Em primeiro lugar, hoje há uma compreensão maior sobre a doença "depressão", por causa dos recursos mais avançados de diagnóstico de que dispomos. Portanto, mais casos de depressão são registrados.

Um bom exemplo da falta de entendimento da depressão, tempos atrás, pode ser visto no filme “Patton”, que conta a vida de um famoso general norte-americano da II Guerra Mundial. Certa vez, Patton foi visitar um hospital para feridos de guerra. Aí chegou perto de um soldado que não tinha ferimento aparente e lhe perguntou como estava. O soldado, claramente deprimido, não conseguiu explicar direito seu problema. O general se irritou com aquela situação, chamou o rapaz de covarde, deu-lhe um tapa na cara e o mandou de volta para a frente de combate. Patton foi punido por causa disso. 

Hoje isso dificilmente aconteceria pois quase todo mundo sabe que a depressão é uma doença incapacitante e nada tem a ver com covardia. 

A segunda explicação para a epidemia de depressão tem a ver com o fato que hoje as pessoas se sentem mais à vontade para reconhecer a presença desse mal nas suas vidas. Depressão deixou de ser considerada fraqueza do caráter das pessoas ou meso sinal de loucura. 

Quando eu era jovem, a depressão tinha um grande estigma social. Sempre ouvia as pessoas na minha igreja falarem que a depressão era causada por falta de fé ou pecado não confessado. E ninguém queria ver esse tipo de diagnóstico aplicado a si mesmo(a). Por isso as pessoas escondiam os sinais de depressão.

O que é depressão
A definição de depressão dada pela Sociedade Psiquiátrica Americana diz mais ou menos o seguinte: uma pessoa está deprimida de forma significativa quando exibe pelo menos um dentre dois sintomas básicos: falta de ânimo ou de interesse pelas coisas. E isso costuma vir em conjunto com quatro ou mais sintomas complementares, como sentimento de falta de valor, culpa excessiva, redução da capacidade de concentração ou de tomar decisões, fadiga crônica, agitação psicomotora, insônia, variação rápida de peso e pensamentos recorrentes de morte. Diz ainda a SPA que depressão forte gera sofrimento emocional muito grande. 

Há várias causas para a depressão, desde físicas (como falta de serotonina no cérebro), até emocionais (como o sofrimento gerado por uma grande perda). Mas os estudos mostram que a causa mais forte parece ser falta de esperança. As incertezas quanto ao futuro, devidas à solidão ou outras coisas assim. 

O pior é que a sociedade em geral nem percebe que torna tudo mais difícil para as pessoas deprimidas. Por exemplo, as organizações em geral cada vez mais tratam as pessoas como objetos. Elas se tornam números de um cadastro, são atendidas por computadores, precisam seguir normas impessoais e assim por diante.

O fenômeno do crescimento das redes sociais torna as coisas ainda mais complicadas. Essas redes geram “relações sem vínculos”. Sem comprometimento e sentido de comunidade, pois podem ser descontinuadas de forma muito fácil. Basta um simples clique do mouse. Portanto, mesmo com muitos(as) "amigos(as)" virtuais, as pessoas se sentem cada vez mais solitárias. 

Como lidar com a depressão
Há formas boas e ruins de fazer isso. Infelizmente, o abuso do álcool e de outras drogas, a promiscuidade sexual e o consumo desenfreado são as respostas mais comuns para a dor emocional causada pela depressão. Esses caminhos não levam a lugar nenhum e acabam por aumentar o problema. 

A solução real passa pelo uso de medicação adequada - sempre receitada por um médico qualificado. A isso é preciso juntar terapia, apoio emocional da família e mudança de hábitos de vida destrutivos. Mas, passa também, pelo apoio espiritual, pois a depressão também costuma ter raízes nesse campo.

O que as comunidades cristãs podem fazer para ajudar? 
As igrejas cristãs deveriam estar na linha de frente do combate a essa epidemia. Mas não é isso que acontece. Primeiro por conta do despreparo das lideranças. Os pastores não recebem treinamento adequado para lidar com esse tipo de problema. 

Depois, por causa do preconceito. Ainda é comum nas igrejas a afirmação que cristão verdadeiro não fica deprimido (veja mais). 

Concluindo, depressão é doença e como tal deve ser reconhecida e tratada. Ela requer um enfoque amoroso, cuidados especiais e muito apoio. Nós, cristãos, precisamos entender isso e sermos instrumento para solução do problema, nunca uma pedra de tropeço para quem sofre com esse problema.

Com carinho

sábado, 25 de maio de 2019

VOCÊ ESTÁ ESTUDANDO TEOLOGIA E NEM SABIA

Você sabia que está estudando teologia quando lê um texto neste site, medita sobre ele e faz comentários ou perguntas? Talvez você nem tenha se dado conta disso. E não há como ser diferente, pois a teologia é parte da vida de qualquer cristão.

Tempos atrás, quando comecei a escrever o blog que deu origem a este site, disse para um amigo que pretendia escrever textos que fariam a defesa da fé cristã contra as críticas de ateus e outras pessoas que não gostam do cristianismo. A parte da teologia que cuida de fazer essa defesa é chamada de "apologética". Ela trata de coisas como as provas para a existência de Deus, as provas para a ressurreição de Jesus e assim por diante. 

Quando meu amigo ficou sabendo dessa pretensão disse que eu estava meio maluco, pois ninguém iria querer ler sobre isso. Mas fui em frente e escrevi vários textos mesmo assim - veja alguns exemplos aqui e aqui. E alguns desses textos estão entre os mais lidos e comentados deste site.

Na verdade, às vezes precisamos enfrentar mitos que acabam sendo considerados como “verdades” absolutas. Por exemplo, existe o mito que o “povão” só gosta de programa de televisão ruim – com pouco conteúdo, com piadas de baixo nível, com mulheres seminuas e assim por diante. Por causa desse mito, toda vez que surgem programas bons e inovadores na televisão, eles acabam sendo jogados em horários muito tardios, dificultando que as pessoas trabalhadoras os assistam. E aí a audiência é baixa, “confirmando” o mito.

No meu caso, precisei enfrentar três mitos relacionados com o estudo da teologia:

Mito 1: As pessoas não gostam de estudar teologia 
Queiramos ou não, estamos sempre falando de teologia. Por exemplo, alguém vem e pergunta: Como você prova que Jesus ressuscitou dentre os mortos? Ou então: Divórcio é pecado?

Esses são exemplos de questões teológicas nas quais tropeçamos por aí. Perguntas desse tipo aparecem a toda hora e é preciso encontrar respostas para elas, inclusive para guiar as vidas dos cristãos. 

Ler a Bíblia e analisar o que ela ensina já é uma reflexão teológica. Portanto, só é possível encontrar as respostas para as perguntas cruzam nosso caminho através do estudo da teologia. Não há outro caminho.

Mito 2: Teologia é uma coisa muito teórica
Os três primeiros anos do meu curso de engenharia civil foi constituído de matérias teóricas, algumas delas bem chatas de estudar. Somente nos dois últimos anos do curso foi que apareceram as matérias que iríamos usar na prática, por exemplo, o cálculo de estruturas.

Mas as matérias básicas, aprendidas nos três primeiros anos, foram necessárias para entender os temas mais práticos, que vieram depois. Não seria possível estudar as matérias práticas sem entender a teoria. 

E é exatamente assim que acontece com a teologia. Ela é uma disciplina teórica, mas sem uma boa teoria não conseguimos construir uma prática de vida saudável, dentro da vontade de Deus. 

Mito 3: Estudar teologia leva ao questionamento da Bíblia 
Há quem diga que o estudo da teologia faz com que as pessoas comecem a questionar a Bíblia, encontrando erros e problemas nela. 

Na verdade, o questionamento da Bíblia não nasce do estudo da teologia. As pessoas vão ter dúvidas sobre os ensinamentos da Bíblia quer estudem teologia de forma sistemática ou não. E é o estudo da teologia que ajuda a tirar essas dúvidas e deixa as pessoas mais seguras da sua fé. 

O casamento perfeito entre teoria e prática 
Teoria (teologia) ou prática espiritual? Qual das duas é a mais importante? Na verdade, as duas são igualmente importantes. Não há como viver sem uma delas. Sem a teoria trazida pela teologia, o cristão nunca saberá com certeza no que deve crer e pode acabar seguindo heresias. Por outro lado, sem a prática, a teologia fica engessada e vazia e pode se tornar legalista. Acaba atrapalhando muito e não serve para muita coisa. 

Portanto, defendo um casamento entre as duas coisas: teologia e prática espiritual. E há um excelente exemplo desse casamento na obra do grande escritor cristão C.S Lewis. Ele escreveu dois livros sobre o sofrimento humano. No primeiro deles, chamado “O problema da dor”, tratou dessa questão sob um ponto de vista teórico (teológico). Ele buscou na Bíblia os conceitos para dar suporte a uma doutrina cristã que ensinasse as pessoas a passar pelo sofrimento natural da vida. 

No outro livro, chamado de “Anatomia de uma dor”, C. S. Lewis descreveu a dor que sentiu ao perder a mulher da sua vida para o câncer e como lidou com ela. É um relato de cortar o coração e muito bonito. Esse relato ensina muito pois permite ver como um verdadeiro homem de Deus lidou com o sofrimento. 

Os dois livros são muito diferentes entre si e se complementam perfeitamente. O primeiro é teórico, racional e organizado, enquanto o segundo é um grito de desespero lançado ao espaço. Mas, precisamos dos dois relatos, se quisermos entender o sofrimento humano. Primeiro é bom ler o livro teórico e depois ver a aplicação da doutrina na prática. Se você se interessar por esses livros, ambos estão traduzidos para o português e não são caros - valem à pena ler. 

Palavras finais
A vida do cristão não pode ser uma disputa entre mais teologia ou mais prática espiritual. É preciso ambas e em igual dose. Não se trata de fazer uma coisa, esquecendo da outra, mas sim fazer ambas, de forma igual e enriquecer sua vida com o que elas têm a oferecer. 

Com carinho

quinta-feira, 23 de maio de 2019

VOCÊ NÃO É O CENTRO DO MUNDO

Você não é o centro do mundo. Nenhum ser humano tem esse papel. Acredito que você saiba disso com clareza.

Mas é interessante que quando as pessoas dizem ter se convertido e são incentivadas na igreja a mudar de vida, deixando de lado os velhos hábitos, muitas vezes elas reagem. Não querem largar seus velhos hábitos e querem que haja uma exceção para elas. Sentem-se no centro do mundo e pensam merecer um tratamento diferenciado.

Talvez isso aconteça com você, eu não sei, mas se for assim, está na hora de mudar. O centro das coisas é Deus e você precisa aprender a viver para Ele. Precisa passar a colocar Jesus no lugar do seu ego e se render a Ele. Aceitar o que Ele nos pede para fazer e mudar sua vida. Esse é o caminho.

Sei que isso é mais fácil de falar do que de fazer e vejo isso na minha própria vida. Nas lutas que enfrento para mudar e ser melhor. Para deixar hábitos arraigados para trás e abraçar uma vida nova.

É sobre isso que a pastora Carol e a Alícia falam no seu mais novo vídeo - veja aqui.

Veja outros vídeos recentes da pastora Carol e da Alícia aqui e aqui.

Veja o canal da pastora Carol no Instagram aqui.

terça-feira, 21 de maio de 2019

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Muitas vezes são feitas perguntas e, quando as respostas são dadas, quem perguntou já não está mais prestando atenção. Está com a cabeça em outra coisa, talvez já pensando na próxima pergunta.

Fazer perguntas e não prestar atenção nas respostas dadas, sem dúvida, atrapalha muito os relacionamentos. Passa uma ideia de descaso e de falta de interesse. E isso é muito ruim.

E esse hábito é mais comum do que parece à primeira vista. Já vi marido reclamar da sua mulher sobre isso e vice versa. É comum também acontecer entre amigos e entre companheiros de trabalho. Muitos chefes agem assim com seus subordinados.

O pior é que as pessoas também fazem isso com o próprio Deus. Oram e pedem alguma coisa e não prestam atenção no que vem depois. Não estão atentas para as respostas que recebem. E não se esqueça que Deus responde quando é perguntado.

É sobre isso que o Rogers fala no seu mais novo vídeo. Ele alerta que não se pode consultar Deus - pedir ou perguntar coisas para Ele - e não se incomodar com a resposta que vai ser recebida. Esse é um erro grande e que pode ter consequências muito sérias. Veja o vídeo aqui.

Veja outros vídeos recentes do Rogers aqui e aqui.

domingo, 19 de maio de 2019

COMO MELHORAR SEU RELACIONAMENTO COM DEUS


Você quer melhorar seu relacionamento com Deus? Acredito que sim. Afinal, acredito que você não queira ser mais um(a) daqueles(as) filhos(as) que somente se lembra de Deus quando precisa de ajuda. E quando tudo está bem, simplesmente não se lembra muito dele. 

Mas não é todo mundo que consegue fazer isso, embora Deus esteja sempre de braços abertos, nos aguardando. Portanto, aí vão cinco coisas que você pode fazer se quiser de fato melhorar seu relacionamento com Deus. 

Assumir compromisso 
A primeira coisa que você precisa fazer para melhorar seu relacionamento com Deus, o começo dessa caminhada, é assumir um compromisso real com Ele. Decidir de fato dar prioridade a esse relacionamento e disponibilizar tempo de qualidade para se dedicar a essa tarefa. 

Entender melhor como Deus é
A segunda coisa é eliminar certas percepções erradas sobre como Deus quer se relacionar com você. Vou dar alguns exemplos. 

Há quem pense que Ele é como uma super babá. Que Deus vai passar a resolver todos os seus problemas, quando você se aproximar dele. Mas, não há respaldo bíblico para esse tipo de pensamento. Deus prometeu que buscaria nosso bem, mas isso não significa que Ele vai acabar com todos os nossos problemas. Afinal, são os problemas, muitas vezes, que nos ensinam, muitas vezes, humildade, paciência, gratidão, amor, etc.

Outro tipo de pensamento errado é achar que Ele pode ser manipulado. Que Ele aceita barganhas do tipo “se Deus fizer isso, eu então faço aquilo”. Deus não faz barganhas. Nunca. E tentar se relacionar com Ele por esse caminho não leva você a lugar nenhum.

Existe ainda quem imagine merecer determinadas coisas dele. Essas pessoas pensam que têm "direitos" especiais, por exemplo, por serem ativas na obra de Deus. Mas, na verdade, Deus não depende de ninguém. O profeta Samuel pensou ser indispensável (1 Reis capítulo 19 versículos 13 a 18) e a Obra de Deus continuou depois que ele foi transladado ao céu, através de Eliseu, seu discípulo. 

Prestar atenção no que Deus tem a dizer
A terceira coisa a ser feita para melhorar o relacionamento com Deus é prestar atenção ao que Ele tem a dizer. Ter atenção contínua às coisas dele e às suas mensagens, até porque Deus muitas vezes fala em sussurros, como fez com Elias (1 Reis capítulo 19 versículos 11 a 13). E quando você tiver houver dúvida, a pessoa também pode pedir confirmação de alguma mensagem, como fez Gideão (Juízes capítulo 6, versículos 36 a 40). 

Procurar entender o que Deus fala
A quarta coisa é se esforçar para entender o que Deus fala. Não basta só prestar atenção para perceber quando Ele está falando. É preciso mais do que isso. É preciso entender o conteúdo da mensagem.

O entendimento das coisas de Deus vem pela oração, pelo estudo da Bíblia e pelo ensinamento de quem tiver maior conhecimento teológico do que você. Sem isso, a mensagem pode chegar e você ficar sem saber o que fazer com ela. 

Estar disposto a obedecer
Finalmente, é preciso estar disposto a obedecer. E isso pode ser difícil , especialmente quando a mensagem, ou o ensinamento, não for aquele que você queria. 
É aí que, muitas vezes, as pessoas cometem o erro de tentar “adaptar” o conteúdo da mensagem ou ensinamento para que ela fique mais de acordo com sua vontade. Foi isto que o rei Saul tentou fazer, depois que o profeta Samuel lhe disse que Deus o tinha abandonado (1 Samuel capítulo 15) e se deu muito mal. 

Esse último ponto é crucial - provavelmente é o mais importante dos cinco. Não tente aprofundar uma relacionamento com Deus sem estar disposto a obedecer sua voz, mesmo que isso contrarie sua vontade. Afinal, ser obediente à vontade de Deus é a verdadeira "prova dos nove" de um bom relacionamento com Ele.

Com carinho

sexta-feira, 17 de maio de 2019

E QUANDO VOCÊ REAGE MAL ÀS CRÍTICAS?

Hoje vamos falar de como enfrentar as críticas. Há uma famosa parábola chamada “o velho, o menino e o burro”, que nos ensina sobre isso. Diz a parábola que um velho, um menino e um burro caminhavam por uma estrada, indo o menino montado no animal. Ao passar por um vilarejo, as pessoas começaram a criticar, dizendo ser absurdo que um velho frágil seguisse a pé, enquanto um jovem forte ia montado. O velho, montou também no burro, para calar as críticas e continuaram pela estrada. Mais adiante, ao passar em outro vilarejo, a crítica ouvida foi que os dois marmanjos estavam quase matando o pobre burro com uma carga muito pesada. E os dois desmontaram do burro. E continuaram a ouvir críticas em cada vilarejo pelo qual passavam, fosse qual fosse o arranjo por eles seguido. Conclui a parábola dizendo que eles chegaram no destino carregando o burro na cabeça…

Críticas sempre virão, cedo ou tarde e poderão ser justas ou injustas. Não há como evitar isso. Um bom exemplo é o caso de Moisés, criticado por seus irmãos Arão e Miriam, que estavam enciumados pelo prestígio dele junto ao povo de Israel (Números capítulo 12). E não estão isentas de críticas nem mesmo as pessoas que fazem a obra de Deus com dedicação - nunca podemos esquecer que Jesus foi criticado por curar no sábado e por comer com pecadores.

Quase todo mundo se deixa afetar pelas críticas recebidas e acaba lidando muito mal com elas. E aí fica muito fácil de vestir a máscara de injustiçado e incompreendido, ou se defender apontando para os erros e falhas das outras pessoas. É preciso despir essa máscara e aprender a enfrentar as críticas de forma madura.
O erro de preocupar-se demais com a opinião dos outros
O fato é que nos preocupamos demais com a opinião dos outros. Queremos ser amados, admirados, respeitados e nos sentimos bem quando agradamos as outras pessoas. E quando somos criticados, sentimos desconforto. E quanto mais inseguros formos em relação ao nosso próprio valor como pessoa, mais difícil fica aceitar uma crítica. Afinal, quem é inseguro passa boa parte do tempo questionando a si próprio, por isso fica doloroso aceitar ser também questionado pelas outras pessoas.
Não deveríamos nos preocupar tanto com a opinião alheia. Precisamos nos preocupar mesmo é com a opinião de Deus, pois é isso que importa de fato. Por exemplo, Deus mandou Noé construir uma arca num local seco e a obra durou muito tempo (Gênesis capítulos 6 e 7). A Bíblia não fala claramente, mas é muito provável que, durante a obra, Noé tenha sido ridicularizado pelos vizinhos. Mas ele seguiu em frente, pois tinha recebido uma instrução clara de Deus para construir a arca. O que valeu para Noé foi a opinião de Deus.
O erro de reagir mal
Nossa reação às críticas costuma ser de dois tipos: agressividade ou fuga. A reação mais comum é se tornar agressivo, pois a crítica nos torna desconfortáveis e amargos, propensos a retaliar. E isso costuma ser feito apontando os erros de quem critica, para tentar desqualificar o oponente. E aí o tempo pode esquentar e aquilo que começou como simples crítica, facilmente superada, pode acabar numa briga séria.
A abordagem da agressividade é ruim tanto porque impede que a crítica seja tratada de forma construtiva, como também porque tende a calar as pessoas que poderiam nos fazer observações construtivas a nosso respeito.
A outra estratégia – a fuga - costuma ser adotada quando estamos cansados de brigar, deprimidos ou outra coisa assim. Nessas condições queremos simplesmente ser deixados em paz e acabamos por fugir da conversa, procurando não pensar na crítica.
O problema, nesse caso, é que não haverá espaço para avaliar a crítica com isenção e a sujeira é empurrada para debaixo do tapete. Se existe algum problema real, ele vai continuar lá, como cadáver insepulto no meio da praça. E, cedo ou tarde, o problema volta e o erro se repete.
A reação construtiva
Há quatro tipos de reações construtivas às críticas, que são bem melhores. A primeira reação é prestar atenção na crítica e ver se ela procede. Vejamos o que diz Provérbios 15:31-32:
Quem ouve a repreensão construtiva terá lugar permanente entre os sábios. Quem recusa a disciplina faz pouco caso de si mesmo, mas quem ouve a repreensão obtém entendimento.
Há críticas que são úteis e importantes. Certa vez, quando eu ainda era jovem, meu pai me alertou contra minha tendência de fazer gozação com as pessoas. Ele me alertou que eu haveria de perder amigos agindo assim. Prestei atenção à crítica e procurei mudar meu comportamento e garanto que isso foi muito útil na minha vida.

O segundo tipo de reação construtiva que podemos ter é responder às críticas, esclarecendo os críticos.  E esse tipo de reação é adequado sempre que os críticos tenham boas intenções, querendo de fato ajudar, mas lhe faltarem informações para fazer uma avaliação adequada. Sua resposta, nesse caso, poderá contribuir para esclarecer os fatos e levar à superação da crítica.

A terceira reação construtiva é simplesmente deixar a crítica de lado. Mas, como isso é diferente da reação de fugir da crítica? Simples, essa abordagem é consciente. Não se trata de querer ser deixado em paz e se esconder. E sim entender que há pessoas que sempre acabarão por ver o lado ruim das coisas e até sentem prazer em criticar. E, nesse tipo de situação, a única coisa a fazer é deixar a crítica de lado.

Muitas vezes, a crítica negativa expõe as inseguranças de quem critica. Um bom exemplo disso é o do deputado federal norte-americano, que agia agressivamente contra o homossexualismo, considerando gays cidadãos de segunda ordem, até que acabou pego pela polícia numa situação comprometedora com um homem...

Pessoas negativas e extremamente críticas estão aí para ficar. Não irão embora e, se forem, serão substituídas por outras, parecidas com elas. E a pessoa negativa pode ser importante na sua vida, como seu chefe, seu colega de trabalho, seu pai/mãe, seu pastor ou seu marido/mulher. Portanto, é preciso ter muita maturidade para conseguir deixar a crítica de lado e não ser afetado por ela.

Mas, e se você ignorar a crítica e ela voltar, às vezes com mais força ainda? Aí resta o quarto tipo de reação: aguentar firme. Simplesmente esperar a tempestade passar.

Duas sugestões para conseguir lidar com as críticas
  1. Leve em conta a fonte da crítica antes de avaliar seu conteúdo
A fonte da crítica é tão ou mais importante do que seu conteúdo. E olhar para a fonte da crítica ajuda você a estabelecer qual deve ser a reação mais apropriada.
Quando a crítica partir de pessoas que querem de fato seu bem, será sábio levar conta as observações e, ainda mais sábio, mudar, incorporando as críticas.

Quando você perceber que a crítica está apoiada em premissas ou informações erradas, encontre uma forma de responde. Mas tome cuidado de fazer isso de forma construtiva e, sobretudo, nunca caia no defensivismo que pode acabar descambando em briga.

Gideão nos deu um grande exemplo de como fazer isso (Juízes 8:1-3). A delegação da tribo de Efraim estava aborrecida porque lhes parecia que Gideão não lhes estava dando atenção suficiente. E Gideão esclareceu os críticos, dando-lhes mais informações e falando da grande apreciação que tinha pelos efraimitas. E sua resposta ajudou a superar o problema.

Escolha deixar a crítica de lado quando você tiver certeza que as motivações de quem critica não são boas. É preciso saber que você nunca vai conseguir agradar todo mundo e que, em muitas situações, as críticas não ajudam em nada. Mas, é preciso aprender a não se deixar desestabilizar pela crítica.

E quando esse tipo de crítica demorar a passar, aprenda a aguentar firme, pois, cedo ou tarde, a tempestade vai passar. E peça ao Espírito Santo que lhe traga consolo e paz. E, sobretudo, lhe mostre o que está motivando as pessoas a lhe criticaram de forma tão injusta.
  1. Aprenda quem você é em Cristo
Você é, de fato, quem Deus diz que você é e não o que as pessoas falam por aí a seu respeito. Em Cristo, você está perdoado e está seguro/a, pois é mais do que vencedor/a. Nunca se esqueça que você não vai conseguir agradar todas as pessoas, mas pode escolher agradar a Deus.
E quando é você quem critica?
Esse é um bom momento para você refletir sobre o outro lado da moeda: como você critica os outros. Como melhorar nesse aspecto? Aí vão duas propostas para você:
  1. Olhe para dentro de si mesmo/a
Faça uma boa reflexão sobre você mesmo e sobre sua legitimidade para criticar os outros. Lembre-se do que Jesus alertou (Lucas 6:41-42):
"Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho’, se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão".
Assuma o compromisso com você mesmo de passar dois dias sem fazer qualquer crítica ao próximo. Procure registrar as instâncias onde precisou se conter e perceba como seu cérebro está condicionado para encontrar defeitos nos outros. E deixe esse exercício lhe ensinar que, quando não puder evitar pensamentos negativos, calar as palavras negativas já ajuda muito.
  1. Eduque sua mente a procurar as coisas boas
Eduque seu cérebro a buscar as coisas boas nas outras pessoas. Quando encontrar algo que é bom e positivo nelas, reconheça isso tanto para você mesmo, como também para os outros. Aprenda a elogiar.

Com carinho

quarta-feira, 15 de maio de 2019

A LUTA ESPIRITUAL

Hoje vamos falar sobre luta espiritual. E isso é importante porque vivemos entre dois universos que correm em paralelo: o físico e o espiritual. É fácil entender o primeiro deles, pois é aquilo que nos cerca e onde experimentamos nosso dia-a-dia. Agora, o mundo espiritual é diferente: trata-se de um universo não material, onde habitam anjos e demônios.

O fato é que os dois universos se influenciam mutuamente. Uma ação errada, desenvolvida no mundo físico, costuma ter consequências também espirituais. Por exemplo, quando a pessoa comete um pecado - digamos, um roubo - a consequência material é que alguém acaba prejudicado. E há sofrimento físico por causa disso. Mas também há consequências espirituais, sendo a principal delas o afastamento do pecador de Deus, pois Deus é santo e não suporta o pecado. Outra consequência espiritual é a abertura que o pecador dá para Satanás operar na sua vida.

Consequências materiais costumam ser bem evidentes, mas as de cunho espiritual frequentemente passam meio despercebidas. Por isso as pessoas pouco fazem em relação às questões espirituais.

As janelas entre os dois universos
De vez em quando, aparecem como que "janelas" de comunicação entre os dois universos. E, nesses momentos, as pessoas conseguem perceber com clareza o que está se passando no mundo espiritual.

A Bíblia traz um exemplo muito interessante desse tipo de situação. O profeta Eliseu estava na sua casa, que se encontrava cercada pelas tropas do general sírio Naamã. O servo do profeta, apavorado com a situação, apelou para Eliseu, pedindo-lhe que intercedesse para Deus mandar ajuda. E a resposta de Eliseu foi surpreendente. Simplesmente pediu a Deus que abrisse os olhos do rapaz e o servo pode ver a casa de Eliseu cercada por uma milícia de anjos (2 Reis capítulo 6, versículos 13 a 17).

Eliseu era muito próximo de Deus e por causa disso via sempre o lado espiritual das coisas. Mas, seu servo, como acontece com a maioria das pessoas, vivia apenas o lado material. Ela nada sabia sobre o "outro lado". Só quando uma "janela" entre os dois universos se abriu, foi que o rapaz conseguiu perceber o que estava acontecendo.

Há outros exemplos na Bíblia falando de "janelas" abertas para o mundo espiritual. Jacó viu, num sonho, uma escada ligando a terra ao céu e anjos subindo e descendo por ela (Gênesis capítulo 28, versículos 10 a 16). Durante a transfiguração de Jesus, os discípulos o viram em toda a sua majestade e glória e Deus falou com eles (Mateus capítulo 17, versículos 1 a 9). A visão do trono de Deus que o profeta Isaías teve é impressionante (capítulo 6, versículos 1 a 8).

Agora, assim como Eliseu, há pessoas que têm o dom do "discernimento espiritual", isto é, capacidade de ver as conexões entre os dois universos. Para essas pessoas, há como uma "janela" permanentemente aberta entre essas duas realidades. Mas para a maioria de nós outros, essas "janelas" somente se abrem em momentos muito especiais.

Batalha espiritual 
Sabemos que há conflitos no mundo físico, como brigas ou guerras, que costumam ter consequências muito ruins. No mundo espiritual, também há disputas entre as forças de Deus e as de Satanás. 

Mas, é importante perceber que não são dois lados com poder igual. O poder maior e incontestável é o de Deus. Satanás é um arcanjo caído e, portanto, uma criatura de Deus, logo seu poder é limitado. 

Mas, precisamos ficar constantemente alertas contra a ação do mal sobre nossas vidas, porque o poder de Satanás é respeitável. Ele estabeleceu como sua missão tentar atrapalhar os planos de Deus e levar as pessoas a se perderem. Essa posição satânica leva a uma disputa constante entre as hostes divinas e as hostes do mal. Em linguagem teológica, chamamos isso de "batalha espiritual".

A Bíblia traz vários exemplos desse tipo de situação. Um dos mais interessantes ocorreu com o profeta Daniel, que vivia no exílio e estava passando por momento difícil. Aí ele pediu ajuda a Deus e a resposta da sua oração demorou 21 dias. Veja a declaração surpreendente do anjo que foi mandado por Deus em resposta à oração de Daniel (capítulo 10, versículos 12 a 14):
E o anjo prosseguiu me exortando: “Não temas, caro Daniel, porque as tuas palavras foram ouvidas sim; desde o primeiro dia em que aplicaste humildemente o teu coração a fim de buscar entendimento diante do teu Deus, as suas orações foram ouvidas, e eu vim em resposta ao teu clamor. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias. Então Miguel, um dos príncipes supremos, veio me ajudar a vencer o inimigo, porquanto não pude mais continuar ali com os reis da Pérsia. Assim, estou aqui agora para explicar-te o que acontecerá ao seu povo nos tempos futuros, pois a visão que tiveste se refere a dias ainda muito distantes…"
Preste bastante atenção no que foi dito acima: Deus mandou um anjo e Satanás ("o príncipe do Reino da Pérsia") impediu por três semanas que o anjo chegasse até Daniel. Foi preciso que viesse um poder maior - o arcanjo Miguel -, para que o anjo pudesse concluir sua missão.

Outro exemplo interessante é a disputa entre o arcanjo Miguel e Satanás pelo corpo de Moisés, relatada em Judas versículo 9 - o Inimigo queria ficar com esse corpo para fazer dele um motivo de idolatria pelos israelitas, enquanto o arcanjo Miguel tinha como missão evitar isso. No final, Miguel prevaleceu, mas houve luta.

Repare que a luta entre as hostes divinas e as do Inimigo acaba tendo consequências no mundo físico - por exemplo, Daniel precisou esperar 21 dias pela ajuda para superar seus problemas. E essas consequências não devem ser minimizadas.

Palavras finais
Precisamos nos preparar adequadamente para enfrentar batalhas espirituais, pois elas ocorreram em nossas vidas, cedo ou tarde. E as aramas de que dispomos são a oração, o jejum, a Palavra de Deus e a nossa fé.

E há duas coisas que precisamos evitar fazer. A primeira delas é não tomar conhecimento ou minimizar as questões espirituais apenas porque não são visíveis no dia a dia. Isso é extremamente perigoso pois se não tivermos consciência clara dos riscos espirituais que corremos, deixaremos de nos preparar adequadamente para enfrentá-los.

A outra situação a ser evitada é o medo. Há pessoas que, depois de tomar consciência dessas questões espirituais, ficam apavoradas e passam a ver a ação de Satanás em tudo. Recebo muitos comentários aqui no site falando sobre isso.

E isso é muito ruim pois o medo é mau conselheiro. E não há porque ter medo porque, se tomarmos as precauções necessárias, será perfeitamente possível nos protegermos adequadamente dos ataques de Satanás.

Afinal, conforme ensina a Bíblia: "maior é o que está em nós do que o que está no mundo" (1 João capítulo 4, versículo 4). Em outras palavras, maior é o Espirito Santo (quem que está em nós) do que o "príncipe deste mundo" (Satanás). 

Com carinho

segunda-feira, 13 de maio de 2019

ORIENTE E OCIDENTE

Hoje vamos falar sobre tolerância. Vamos falar sobre a capacidade de conviver bem com as diferenças existentes entre as pessoas. E o que é ainda mais importante, sobre a capacidade de aceitar essas diferenças. De não usar essas diferenças para passar julgamento nos outros e muito menos ainda discriminar quem é diferente.

E para poder abordar essa questão, eu procurei lembrar das diferenças que existem entre as várias culturas existentes no mundo. E um bom exemplo é a comparação entre as culturas do oriente e do ocidente. As pessoas educadas nesses dois polos culturais pensam e agem de forma muito diferente. E em alguns casos, as diferenças chegam a causar espanto.

Quando nos deparamos com diferenças tão grandes, que se deixam mostrar nas mais diferentes áreas do comportamento humano, aparecem dúvidas. Quem está certo nesse ou naquele caso? Quem está errado ao fazer isso ou aquilo? Qual é forma correta de fazer uma coisa ou outra?

A Bíblia nos ensina que precisamos aprender a viver com a diferenças. Precisamos exercitar a nossa tolerância. E foi isso que o apóstolo Paulo ensinou num texto famoso de Romanos, no capítulo 14. O texto ensina uma coisa fundamental. Na verdade, não nos cabe julgar como as outras pessoas pensam e agem. E somente Deus pode fazer isso porque Ele vê o íntimo de cada pessoa. Mas, nós somos muito influenciados pelas aparências, pelo que parece ser a realidade. E, quando julgamos, acabamos por cometer injustiças.
E é sobre o tema tolerância, usando como base esse ensinamento de Paulo, que o Rogers fala no seu mais novo vídeo - veja aqui.
Veja outros vídeos recentes dele aqui e aqui.

sábado, 11 de maio de 2019

MODERNIZAR SEM PERDER A ESSÊNCIA

Frequento classes de escola dominical há mais de 50 anos e as aulas hoje em dia continuam a ser conduzidas exatamente como era feito a meio século atrás. Parece que as igrejas recusam a modernização. Não sabem que vídeo-games, tablets, celulares inteligentes e outras maravilhas da tecnologia moderna existem e podem ser muito úteis no ensino da Bíblia, o que é uma pena. Aliás, esse é um problema comum na vida das igrejas cristãs: a dificuldade em acompanhar a modernização das sociedades onde estão inseridas.

É claro que dá para continuar a ensinar o evangelho de Jesus Cristo da forma tradicional, mas, sem dúvida, fica muito mais difícil atrair a atenção de uma geração que cresceu acostumada à mídia áudio visual. 

E há um outro campo de ação onde a resistência à modernização é ainda mais grave: refiro-me ao campo das ideias. Basta lembrar, por exemplo, o que vem acontecendo com a igreja Católica, que perde membros na maior parte dos países por conta de sua ideologia antiquada, problema que foi recentemente reconhecido pelo próprio Papa Francisco. Vejamos alguns exemplos disso: excessiva centralização do poder, levando quase à paralisia da organização; tratamento dado ao líder máximo equivalente quase ao de um semideus, impedindo que os erros papais sejam apontados e questionados; e alienação das mulheres das posições de liderança, desperdiçando uma enorme quantidade de talento.

A falta de modernidade não é privilégio dos católicos, podendo ser encontrada também na maioria das denominações evangélicas. Um bom exemplo está relacionado com os ensinamentos sobre a família. Na esmagadora maioria das igrejas cristãs, quase todas as atividades e ensino são voltados essencialmente para o modelo familiar normal: um núcleo formado pelo pai (provedor), pela mãe (cuidadora) e pelos filhos e filhas do casal. 
E não há nada de errado com esse modelo familiar, mas ele representa apenas uma parte da sociedade brasileira, que se tornou bem mais complexa. Segundo os últimos dados estatísticos de que disponho, apenas 51% das famílias se enquadram no padrão tradicional. O restante conta com um único cabeça (pai ou mãe ou avó) e/ou mantém filhos oriundos de diferentes casamentos convivendo sob o mesmo teto. 

Ora, se quase todos os esforços das igrejas são dirigidos para um tipo de família que representa apenas metade do espectro social, isso quer dizer que a outra metade fica desatendida. Quase nada é feito para atender as suas questões específicas - por exemplo, como é para filhos de pais diferentes conviverem entre si?

Outros exemplos de idéias antiquadas são a proibição do uso de métodos anticoncepcionais, a teimosa defesa da tese que a mulher deve ser submissa ao marido (fruto de uma leitura distorcida dos ensinamentos de Paulo), ou ainda a demonização do divórcio, com frequência tornado equivalente ao adultério.

Ideias antiquadas causam o afastamento das pessoas das pessoas das igrejas, especialmente daquelas com maior capacidade de pensamento crítico E aí as igrejas vão aos poucos se tornando irrelevantes, deixando de impactar a sociedade onde estão inseridas.

A dificuldade para a modernização nasce no medo que muitas pessoas têm de mudar. E de serem rejeitadas por Deus por conta disso. Aí preferem se manter onde estão, seguindo as mesmas idéias e práticas por medida de segurança.

Não tenha medo de aceitar idéias que lhe pareçam novas, de sair da sua zona de conforto. Essa é uma necessidade real da vida. Afinal, aquilo que não muda, acaba por perder a vitalidade.

O outro lado da mesma moeda: não perder a essência
Agora, a modernização de idéias não pode ser feita às custas do abandono dos princípios fundamentais do cristianismo. Um bom exemplo desse tipo de erro é aceitar a tese que "todos os caminhos levam a Deus", para evitar parecer intolerante para a sociedade. Ora, a doutrina cristã estabelece com clareza que Jesus Cristo é o único caminho para a salvação do ser humano - e Ele mesmo nos ensinou isso. Deixar esse ensinamento de lado, para parecer "moderno", é comprometer a essência do cristianismo.

Outros exemplos importantes de compromissos que não deveriam ser feitos são a plena aceitação de práticas sexuais promíscuas, do aborto e do tratamento das igrejas como negócios.

Ao deixarem de lado as verdades básicas do cristianismo que parecem incômodas, as igrejas cristãs correm sério risco de ficarem parecidas demais com o mundo que as cerca. E aí elas perdem sua razão de ser, pois não mais conseguem servir de contraponto para o mundo, apontando suas falhas e lutando para corrigi-las.

Ficar parecido demais com o mundo significa, para o cristianismo, perder a "guerra" pelo coração e mente das pessoas. Afinal, em igualdade de condições, as pessoas quase sempre vão preferir o mundo às igrejas, pois o primeiro parece ser bem mais interessante.

Concluindo, não tenha medo de defender as idéias centrais do cristianismo. De parecer intolerante ou atrasado. De ser diferente do mundo que o cerca. Muitos cristãos passaram por esse mesmo desafio e conseguiram vencer. Mas, também não se deixe transformar num dinossauro, velho e ultrapassado. É preciso equilibrar as duas coisas.

Com carinho

quinta-feira, 9 de maio de 2019

O TEMPLO DE JERUSALÉM

O templo de Jerusalém era o local mais sagrado para o povo de Israel. O centro da religião judaica. E somente nesse Templo podiam ser feitos sacrifícios e outras cerimônias demandadas pela Lei Mosaica (a Torah). 

Por causa disso, Jerusalém era o local de grandes romarias durante as festas religiosas, como a Páscoa e o dia do Perdão - vinham judeus de toda parte do mundo para congregar ali. 

Muitas passagens do ministério de Jesus se deram nesse Templo - milagres, pregações, discussões teológicas com sacerdotes e doutores da lei e a expulsão dos vendedores que faziam seu comércio do Templo de Jerusalém e exploravam a fé do povo. 

Não é possível entender bem os textos do Novo Testamento sem ter noção clara do papel fundamental que o Templo de Jerusalém tinha naquela época.

A origem do Templo
Quando o povo de Israel saiu do Egito, liderado por Moisés, Deus ordenou ao povo que fabricasse uma tenda, que passou a ser usada como um templo portátil (Êxodo capítulo 36). 

Essa tenda, também chamada de Tabernáculo, foi montada em cada lugar onde Israel acampou durante suas andanças pelo deserto do Sinai. O Tabernáculo foi a primeira construção humana onde a glória do SENHOR se fez presente (Êxodo capítulo 40).

Quando Israel passou a habitar na Terra Prometida, o Tabernáculo foi instalada de forma permanente na cidade de Shiló e continuou a ser o centro da religião israelita. Mas, alguns séculos depois, quando Davi já tinha se tornado rei de Israel, a cidade de Jerusalém foi conquistada e elevada à condição de capital do reino. Aí Davi decidiu levar o Tabernáculo para Jerusalém, para marcar o status daquela cidade. 

O Templo de Salomão
Anos depois, Davi teve a ideia de construir um Templo para substituir o Tabernáculo, entendendo que Deus merecia uma “moradia” mais digna do que uma simples tenda. Essa tarefa, entretanto, somente foi levada adiante cerca de 30 anos depois, pelo filho de Davi, Salomão. O fruto desse esforço é chamado de "Primeiro Templo" ou "Templo de Salomão". 

Ele foi construído num monte que ficava no centro de Jerusalém - a tradição diz ter sido esse o mesmo local onde Abraão foi sacrificar seu filho, Isaque, por ordem de Deus. Próximo ao Templo, Salomão construiu também um palácio para si e outro para sua principal esposa, filha do faraó do Egito.

O Templo de Salomão, seguindo a orientação de Deus, era formado por 5 partes: 
  • O pátio externo onde eram conduzidos sacrifícios de animais e a liderança religiosa se dirigia ao povo.
  • O átrio (hall de entrada), ainda externo à construção principal, demarcado por duas enorme colunas de sustentação.
  • O Santo Lugar, um primeiro cômodo, já dentro do edifício principal, onde ficavam o incensório (local para queimar incenso), uma mesa com doze pães (representando as doze tribos de Israel) e o famoso candelabro de sete braços.
  • O Santo dos Santos, que era um segundo cômodo, separado do primeiro por uma cortina decorada, onde ficava apenas a arca da Aliança.
  • Construções auxiliares para guardar alimentos, instrumentos de culto, riquezas, etc.

O povo podia acessar apenas o pátio externo do Templo, sendo que os homens ficavam na frente e as mulheres atrás. 

No Santo Lugar só entravam os sacerdotes, que se revezavam 24 horas por dia na queima de incenso e nos louvores. Somente o sumo-sacerdote podia entrar no Santo dos Santos e uma única vez por ano, no dia do perdão (Yom Kippur). Essa determinação era tão séria que o sumo sacerdote era amarrado por uma corda, para ser puxado caso não conseguisse sair sozinho. A razão para tal restrição era simples: o Santo dos Santos estava cheio da glória de Deus.

A estrutura do Templo era de pedra e madeira, mas a face interna do edifício principal era forrada com placas de ouro. Também eram desse mesmo metal todos os utensílios usados no Santo Lugar e no Santo dos Santos. 

A restauração do Templo
Cerca de 400 anos depois da construção do Templo, a cidade de Jerusalém foi invadida e saqueada pelos babilônios e toda a liderança judaica foi levada para o exílio. 
Cerca de 50 anos depois, após a Babilônia ter sido conquistada pelos persas, um grupo de judeus foi autorizado a voltar para Jerusalém, sob a liderança de Neemias. Esse grupo reparou as muralhas da cidade e restaurou, da melhor forma que pode, o Templo original, para permitir que a vida religiosa do povo fosse normalizada.

O Segundo Templo 
Cerca de 500 anos depois dessa restauração, já nos tempos do rei Herodes - o mesmo que tentou matar Jesus quando bebê -, esse rei resolveu construir um Templo maior e mais luxuoso. 

Herodes não tinha 100% de sangue judeu e era muito rejeitado pela população e imaginou que a construção do novo Templo lhe traria legitimidade junto ao povo. O resultado dos seus esforços é chamado de "Segundo Templo" ou "Templo de Herodes". Foi essa versão do Templo que Jesus conheceu.

O rei começou o projeto alargando a esplanada onde o Templo de Salomão tinha sido construído. Para isso foi preciso construir muros muito altos e fazer um enorme aterro - são essas as muralhas que podem ser vistas hoje. A muralha que fica no lado ocidental é o local hoje conhecido como "Muro das Lamentações", onde os judeus vão orar.

O Templo de Herodes era magnífico, revestido de mármore branco por fora e de ouro nas paredes internas. A construção brilhava à luz do sol. 

A nova versão do Templo conservou a mesma organização básica da construção original (pátio, átrio, Santo Lugar, Santo dos Santos) e os edifícios auxiliares foram muito ampliados.

Herodes levou algumas décadas para concluir o novo Templo e morreu sem ver a obra pronta. Ainda havia trabalhos ocorrendo ali no tempo de Jesus (Marcos capítulo 13, versículos 1 e 2)

A situação hoje 
Cerca de 40 anos depois da morte e ressurreição de Jesus, o povo judeu se revoltou contra os romanos e foi reprimido - a revolta durou 4 anos. No ano 70 da nossa era, o Templo foi destruído pelas tropas do general Tito, que saquearam todas as riquezas ali acumuladas. O saque foi tão rico que custeou a construção do Coliseu em Roma.

O chamado Monte do Templo - a tal esplanada onde o Templo ficava - ficou longo tempo abandonado e muito material foi retirado dali para ser usado em outras construções. Somente quando os muçulmanos, chefiados por Saladino, conquistaram Jerusalém, já na Idade Média, é que o lugar voltou a ter status especial, pois a tradição islâmica estabelece que Maomé subiu aos céus a partir da rocha que estava na base do Templo. 

Por causa disso, nessa mesma esplanada foram construídas duas mesquitas muito importantes - "Aksa" e "Domo da Rocha", sendo que essa última está situada exatamente onde o Templo ficava.

O Monte do Templo (ou Esplanada das Mesquitas, como os muçulmanos preferem chamar) está hoje sob controle de Israel, mas a administração do local é muçulmana. E não podem ser feitas escavações arqueológicas ali, pois elas iriam danificar as mesquitas. Certamente tais pesquisas iriam encontrar coisas extraordinárias, mas a situação política impede tal tipo de trabalho. Os estudos arqueológicas atuais, portanto, se concentram na região externa, fora dos muros que demarcam a esplanada. 

Os judeus e certos cristãos mais radicais desejam construir o Terceiro Templo, mas os muçulmanos se opõem, porque isso significaria a destruição das suas mesquitas sagradas. E o impasse permanece até hoje, sendo uma fonte de tensão constante. Alguns chegam a afirmar que por causa disso irá acontecer a terceira guerra mundial. Esperemos que não.

Com carinho