domingo, 17 de novembro de 2013

A FALTA DE ESPERANÇA DO ARNALDO JABOR

"Sempre o mal esteve relacionado com com as intenções de quem o cometeu. Os horrores do século 20 deviam nos ter ensinado que isso é uma ilusão. O absurdo é que um mal imenso ... possa caminhar junto com uma total ausência de más intenções."     Jean Pierre Depuy no livro "Por um catastrofismo esclarecido"
Em coluna publicada em 12/11/2013, no jornal O Estado de São Paulo, de onde tirei a citação acima, o cineasta Arnaldo Jabor comentou que o mal da sociedade hoje em dia não se deve a erros de ordem moral pois é sistêmico, isto é está embutido na forma como funciona a própria sociedade. Citou como exemplo a catástrofe ecológica, que não se deve à maldade do ser humano ou à sua estupidez, mas a uma forma de pensamento errada, torta mesmo. 

Concluiu que hoje, contra o mal, só temos o fraco recurso de fazer cumprir os chamados "direitos humanos". E somente se pode ser feliz hoje em dia "fechando os olhos" para as injustiças, para as catástrofes e para as violências. 

O artigo é muito interessante e não tenho espaço aqui para discuti-lo em detalhe. Mas o que me interessa analisar é que esse tipo de pensamento vai em direção totalmente contrária à do cristianismo.

Agora, por que é importante saber qual visão de mundo é a correta, a do Jabor ou a cristã? Porque quando o diagnóstico dos problemas é errado, a solução para eles também será. Jabor, de forma coerente com sua análise, não propõe nenhuma saída - se limita a mostrar como as coisas são - porque essa saída não existe. As coisas são assim porque são assim e não há muito o que possa ser feito. Não há esperança enfim.

O cristianismo diagnostica que o mal do mundo se deve ao pecado, ou seja ao fato dos seres humanos agirem de forma contrária à vontade (Lei) de Deus. Basta pensar como o mundo seria se todos seguissem verdadeiramente o mandamento de "amar ao próximo como a si mesmo". 

O tal mal sistêmico, aquele inserido na forma como a sociedade funciona, se deve, digamos assim, ao "estoque" de pecados passados. Afinal, a sociedade onde vivemos é fruto de bilhões de decisões tomadas ao longo do tempo pelos nossos antepassados e nós mesmos. E se muitas dessas decisões foram erradas, por conta do egoismo, da ganância e de outros pecados, não é de admirar que as estruturas da sociedade sejam injustas e suas regras desumanas e tudo isso concorra para infelicitar os mais fracos. 

Acho que Isso fica bem claro na questão ecológica. Diferentemente da conclusão de Jabor, foram os pecados que impediram os países de agirem de forma correta. Por exemplo, trinta anos atrás, quando a ciência entendeu verdadeiramente os problemas relcionados com a destruição do meio ambiente, para reduzir a energia baseada no carbono, trocando-a por energia limpa, um país veria seus custos de produção aumentados e perderia espaço nos mercados internacionais. E ninguém queria abrir mão de nada que tinha conquistado. 

Aí todos os governos adotaram a posição de que fariam o certo apenas se todos os países fizessem o mesmo. Essa posição cautelosa, gerada pela falta de confiança, vem atrasando a solução dos problemas e a situação piorou muito nesses trinta anos.

Agora, se o cristianismo está certo e o problema é o pecado, há esperança. Afinal, a transformação dos corações das pessoas, através da conversão a Jesus, faria com que elas se comportassem de forma diferente, mais de acordo com os desejos de Deus. E aí a situação iria melhorar - o ciclo do pecado seria quebrado e hábitos melhores passariam a imperar.

Só Jesus Cristo pode mudar esse mundo, encontrar curas para seus males e fechar suas feridas. Foi por isso que Ele, pouco antes de voltar para o Pai, ordenou a seus seguidores que fossem por todo o mundo, pregando o Evangelho a toda criatura" (Marcos capítulo 16, versiculo 15). 

Com carinho 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O TAXISTA MISSIONÁRIO

Recentemente, passei por uma experiência muito interessante. Estava no meu carro com a minha mulher, quando um taxista parou ao lado e pediu para falar. Depois que abrimos o vidro, ele começou a falar de Jesus e nos deu um folheto escrito na frente e verso, intitulado "Carta aberta a todos os religiosos em geral".

Nesse papel ele apresenta a tese que Jesus é o verdadeiro caminho para Deus e aconselha as pessoas a reconhecerem isso. Um texto simples, sem gerandes pretensões, mas cheio de verdades.

Esse homem causou--me profunda impressão pela alegria com que falou sobre Jesus e sua dedicação ao evangelizar - seguimos seu carro por alguns quarteirões e ele entregou o mesmo papel para um monte de gente. 

Trata-se de um verdadeiro missionário, sendo seu campo de atuação as pessoas com quem cruza no trânsito de São Paulo. É alguém que cumpre realmente o mandamento que Jesus nos deu em Marcos capítulo 16, versículo 15"Indo pelo mundo, pregai o Evangelho a toda criatura."

Com carinho 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

OBAMA DISSE QUE MATA MUITO BEM

Acabou de ser lançado nos Estados Unidos um livro - "Double Down: Game Change 2012" - sobre a campanha eleitoral de 2012 que re-elegeu o Presidente Barack Obama. 

Os autores - Mark Halperin e John Heilemann - afirmam literalmente no livro que, durante a campanha, o Presidente várias vezes se vangloriou dizendo que era muito bom para matar pessoas. Estava se referindo ao sucesso das atividades que seu Governo tem tido ao conseguir matar pessoas consideradas terroristas mediante ataque de drones (aviões não tripulados).

Ora, como a Casa Branca não desmentiu essa afirmação e tentou explicá-la, dizendo que foi tirada do contexto, etc, etc, fica claro que Obama disse mesmo isso, o que é uma lástima, para um homem que se declara cristão.

Esse caso mais uma vez prova que o poder corrompe. E a corrupção aqui não é desvio de dinheiro, tão comum no Brasil, e sim desvio de propósitos. Isso ocorre principalmente quando os fins - os objetivos de um governo, por exemplo, de defender seus cidadãos - justificam os meios que são empregados, como ocorre com os ataques de drones.

Matar pessoas com a justificatica de que são "inimigas" é muito preocupante. O Governo que faz isso se arroga os direitos de policia, promotor, juiz e executor da pena de morte. Tudo de uma vez só. E uma sociedade democrática não pode agir assim.

Já se sabe que foram cometidos erros nesses ataques, pois pessoas inocentes forem mortas - hoje há até uma séire de televisão muito famosa nos Estados Unidos, chamada Homeland, cujo ponto de partida é uma situação como essa. 

E o que pode ser feito pelo Governo Obama quando percebe que cometeu tal tipo de erro? No máximo pedir desculpas, o que não adianta muito. As autoridades norte-americanas se defendem dizendo que esses são "danos colaterais", um nome pomposo para terrível expressão: "coisas ruins que acontecem durante as guerras". 

Outa justificativa comum - que seria difícil pegar essas pessoas e julgá-las pelos meios convencionais - também não "cola". Se fosse assim, deveríamos voltar ao período do linchamento, quando as pessoas presas no meio da rua eram justiçadas ali mesmo pela multidão enfurecida. Os meios legais tornam a condenação das pessoas realmente mais difícil, mas também protegem os inocentes de serem condenados pelo que não fizeram.

Um país que se diz civilizado e cristão deveria usar seu poder para fazer a coisa certa - identificar seus inimigos, e puni-los, usando os meios legais a sua disposição. E, no caso de um país poderoso como os Estados Unidos, os recursos disponíveis para fazer isso são muito grandes. E, ao fazer isso, o país ganharia estatura moral perante todo o mundo.

Outra coisa a notar é que a pena de morte agora passou a ser executada à distância, como se fosse um jogo de videogame - uma pessoa opera alguns comandos, vê o que está acontecendo numa tela e explode o "inimigo". Fica fácil, muito fácil matar alguém - no final do expediente, o perador do drone vai para casa, pensando que cumpriu seu dever e fez o bem para seu país. Não há qualquer remorso.

Pelo menos, no caso da guerra real, os soldados que matavam sabiam que faziam algo de terrível, pois viam as consequencias dos seus atos nos corpos destruídos dos inimigos. Pori sso todos aqueles que participaram de conflitos como a Segunda Guerra Mundial sempre foram unânimes em reconhecer que a guerra é um negócio terrível.

Em resumo, como o comportamento de Obama e seus principais auxiliares está distante daquilo que Jesus ensinou: amar ao próximo como a si mesmo. Será que Obama gostaria ser alvo de um ataque por avião não tripulado? De receber desculpas por que familiares e amigos seus foram mortos, com a justificativa de que não passaram de danos colaterais? Certamente não. Por que então se arroga o direito de fazer isso com os outros?

Que Deus tenha piedade daqueles que cometem esses erros e daqueles que sofrem as suas consequencias.

Com carinho