quarta-feira, 27 de junho de 2018

A RESTAURAÇÃO QUE VEM DO SENHOR

Todos nós precisamos da restauração de Deus em nossas vidas, assim como acontece em alguns desertos, onde no período de estiagem tudo fica seco e aí vem as chuvas e a vegetação milagrosamente reaparece, restaurada. A restauração de Deus é exatamente como a chuva que chega depois da longa estiagem.

E o período seco, embora difícil, também é muito importante em nossas vidas, pois é durante sua passagem que somos ensinados por Deus e moldados em pessoas melhores. Também é nesse período que costumamos incrementar nosso contato com Deus - orando e jejuando - e quando vemos nossa fé ser fortalecida.

É sobre tudo isso que eu falo no meu mais novo vídeo - veja aqui.
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sábado, 23 de junho de 2018

ESGOTAMENTO ESPIRITUAL

Esgotamento espiritual é coisa séria. Isso acontece quando você pode até estar com sua fé em Jesus intacta, mas perde a vontade de ir à igreja, de trabalhar na obra de Deus e assim por diante. Como se você ficasse andando por aí como um "zumbi" espiritual, não sabendo se está de fato vivo/a ou morto/a.

Esse problema pode ter muitas causas e precisa ser tratado adequadamente, antes de afetar sua vida espiritual de forma quase irreparável. É sobre isso que a pastora Carol e a Alícia falam no seu mais novo vídeo - veja aqui.

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quinta-feira, 21 de junho de 2018

COMO DEUS USA O SOFRIMENTO HUMANO PARA O BEM

Outro dia conversava com um amigo sobre como Deus pode usar o sofrimento humano para levar a pessoa até Ele. 

A conversa começou com a discussão sobre as razões porque algumas pessoas se recusam a aceitar Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Por mais que seja mostrado para elas a importância dos ensinamentos de Jesus e as consequências de não aceitar a Graça de Deus que Ele corporifica, ainda assim elas não se convencem. Por que isso acontece?

Penso que há várias razões para essa resistência. Uma primeira possibilidade é as pessoas desconfiarem do cristianismo por causa do mau exemplo que vários líderes cristãos têm dado ao longo da história. Outra possibilidade é que as pessoas não tenham recebido boas explicações sobre os ensinamentos cristãos. Nesse caso simplesmente as pessoas não entenderam bem a doutrina cristã, o que Jesus ensinou.

Mas existe uma terceira possibilidade que eu gostaria de discutir aqui. Na minha experiência essa talvez seja a razão mais comum para a rejeição do cristianismo: o desconforto por precisar mudar. As pessoas sabem que, ao aceitar Jesus, entrarão num processo de mudanças que afetará sua forma de ver o mundo e também seus hábitos de vida - a fé cristã verdadeira sempre gera esse tipo de consequência.

Afinal, mudança real e permanente sempre envolve algum tipo de perda - é preciso desistir de alguma coisa para colocar algo novo no lugar. E as pessoas aceitam entrar num processo de mudança quando acreditam que o ganho a ser obtido por conta da mudança irá compensará as perdas. Por exemplo, a perda do prazer de fumar será compensada pelo ganho de uma saúde melhor.

Ocorre que muitas vezes as perdas relacionadas com as mudanças trazidas pelo cristianismo têm custo alto demais e assim as pessoas decidem continuar como estão. Em outras palavras, os hábitos que precisam ser abandonados - por exemplo, vícios, consumo excessivo ou promiscuidade sexual - proporcionam algum tipo de prazer do qual as pessoas não querem abrir mão. Aí essas pessoas preferem permanecer como estão, na sua "zona" de conforto. Simples assim.

É exatamente por isso que a maior parte das conversões a Jesus se dá em meio ao sofrimento - as pessoas decidem mudar porque não dá mais para continuar como estão, quando não aguentam mais os sofrimento. Aí o custo de mudar cai e o benefício gerado pela mudança cresce.

Muitas pessoas só se mostram disponíveis a mudar, a sair da sua "zona" de conforto e abraçar um caminho novo, em meio a grande sofrimento. E o Espírito Santo usa esse tipo de situação para fazer com que as pessoas se aproximem de Deus. 

Assim, podemos dizer que Deus, dentro dessa perspectiva, Deus usa o sofrimento humano como uma forma de atrair a pessoa para Ele - faz do "limão uma limonada".

É claro que seria muito melhor, e tenho certeza que Deus preferiria que fosse assim, as pessoas mudarem quando tudo ainda estivesse bem com elas, simplesmente por serem convencidas que Jesus é o único caminho. Mas infelizmente muita gente não consegue fazer isso, precisa antes passar pelo sofrimento. É assim que acontece na prática.

Com carinho

terça-feira, 19 de junho de 2018

FAZENDO PERGUNTAS A DEUS

Todos nós temos algumas perguntas, para as quais somente Deus sabe as respostas. Até tentamos encontrar as explicações, mas esbarramos nas nossas limitações, que nos impedem de encontrar respostas imediatas. Isso acontece com todo mundo, cedo ou tarde.

Há um livro na Bíblia - Jó - que trata exatamente dessa situação. Um homem privilegiado, que tinha tudo, perdeu todas as coisas boas da sua vida e olhou para Deus, perplexo, pois não conseguiu encontrar explicação para o desastre que se abateu sobre sua vida. E mesmo em meio a tanto sofrimento e dificuldade, Jó não perdeu a esperança e a fé em Deus.

Essa é o tema do meu mais novo vídeo. Nele uso o exemplo de Jó para encontrar ensinamentos para a minha e para a sua vidas, nos momentos de perplexidade - veja o vídeo aqui.

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domingo, 17 de junho de 2018

E QUANDO FAZEM PIADA COM COISA SÉRIA...

É comum que alguém venha a fazer piada com alguma coisa que seja muito séria ou até mesmo sagrada para você. Por que isso acontece? O que fazer nessas situações?

Tempos atrás eu participava de uma aula de ginástica em grupo e fazia frio. Em dado momento, alguém que fazia parte do grupo disse: "prefiro ir para o inferno, pois lá é mais quentinho..." Eu não me aguentei e respondi: "cuidado com o que você pede, pois Deus pode atender seu pedido". Todo mundo riu e ficou por isso mesmo.

Às vezes é muito pior do que isso, especialmente quando a piada se refere a alguma coisa que consideramos sagrada - por exemplo, a figura de Jesus Cristo. Aí o "bicho pega", pois a piada pode gerar indignação e algum tipo de reação de em quem a ouviu e a pessoa que fez a brincadeira, sem perceber que cruzou um limite que não deveria, cai na defensiva, dizendo que não teve intenção de ofender ninguém, que foi só uma brincadeira e a reação está demonstrando intolerância. Já vi esse tipo de coisa acontecer muitas vezes e, em algumas delas, infelizmente eu mesmo acabei envolvido. 

A razão para as piadas com coisas sérias
Por que será que as pessoas fazem piadas com coisas tão sérias? Penso que há duas razões para isso. A primeira decorre do fato das não conseguirem olhar de frente para certos ensinamentos sérios da Bíblia - por exemplo, que haverá pessoas salvas e outras que irão para o inferno. E ao não conseguirem lidar bem com essa ideia, enfrentam o problema fazendo piada, descaracterizando o ensinamento bíblico, tornando-o menos sério. Esse foi o caso, por exemplo, da piada sobre o inferno à qual me referi acima. 

A segunda razão para as pessoas fazerem piadas com assuntos espirituais sérios é marcar uma posição contrária a eles. A ideia é ridicularizar aquilo de que discordam. Este foi o caso de uma marca de cerveja lançada tempos atrás no mercado chamada "Diabólica" - além do nome terrível, o anúncio dessa cerveja fazia uma brincadeira de profundo mau gosto com o conceito de Céu e Inferno. O texto do anúncio fazia pouco caso com o conceito cristão de "salvação".

Claramente, o autor do anúncio e os dirigentes da cervejaria, que o aprovaram, são contra a doutrina cristã e aproveitaram a oportunidade para deixar isso claro através de uma "brincadeira". E muita gente importante na mídia e no meio artístico age assim.

Como enfrentar esse tipo de situação
Antes de tudo, não devemos ficar calados - muitas vezes as pessoas ouvem a piada indevida e se encolhem, nada dizem, para evitar passar uma imagem de intolerantes ou mal educadas. Mas é preciso marcar posição e mostrar que aquela brincadeira passa o limite tolerável, por mexer com coisas se´rias e/ou sagradas. 

E sempre é possível marcar posição sem ser grosseiro/a ou inconveniente. Jesus fez isso várias vezes, quando era provocado pelos fariseus. Uma boa forma de fazer isso é usar a mesma arma do ataque inicial: uma piada, mostrando que a brincadeira não foi bem aceita e a pessoa provocadora precisa tomar mais cuidado. Foi isso que eu fiz no exemplo que dei acima.

A segunda coisa a fazer é tentar entender a motivação por trás da brincadeira de mau gosto, para "calibrar" a resposta de acordo com essa motivação. Se a pessoa faz piada com assuntos sérios por não saber lidar com eles, a melhor resposta é ajudar a pessoa a entender o que está em jogo e enfrentar seu próprio desconforto. 

Por exemplo, se a pessoa se sente desconfortável com a doutrina cristã da salvação, talvez porque pense que não vai ser salva, é possível falar de Jesus e mostrar que a salvação está ao alcance de todo mundo, basta aceitar o Salvador na própria vida. 

Normalmente essa posição decorre da falta de conhecimento teológico da pessoa e basta esclarecer a verdade, explicando o que a Bíblia ensina, que o problema se resolve. 

Agora, quando alguém faz da piada uma arma para atacar as crenças cristãs, sem considerar que está embaraçando e até ofendendo quem está ouvindo, rebata com muita firmeza, embora de forma educada e sem demonstrar raiva. E não se preocupe em ser politicamente correto - afinal, se a pessoa não respeita a crença alheia, a ponto de fazer piada com ela, ela não pode se surpreender ou se queixar de receber uma resposta firme. 

Quando o ataque é feito por uma empresa, como no caso da cerveja à qual me referi acima, a resposta mais adequada é simplesmente boicotar os produtos ou serviços que ela oferece. O povo cristão pode até promover uma campanha pública nesse sentido. 

Afinal, a parte mais "sensível" de uma empresa é o bolso e quando ela começa a perder dinheiro, rapidamente muda de posição e há inúmeros exemplos históricos que comprovam o bom resultado desse tipo de estratégia. 

Concluindo, nunca deixe de reagir quando ouvir uma piada de mau gosto sobre uma crença cristã importante. É claro que as pessoas têm direito a manifestar livremente sua opinião, pois estamos numa democracia, o que inclui fazer críticas e até piadas com coisas que são importantes para as outras pessoas. Mas o mesmo direito que uma pessoa tem de criticar a doutrina cristã, o/a cristão/ã também tem de responder de forma firme, mas sempre educada.

Com carinho

sexta-feira, 15 de junho de 2018

O SIGNIFICADO DO CASAMENTO NA BÍBLIA

Qual é o verdadeiro significado do casamento na Bíblia? Essa é uma informação muito importante para todas as pessoas que vivem a experiência de passar pelo casamento e de lutar para manter essa relação viva e saudável ao longo dos anos. 

Não é fácil entrar numa relação a dois e nela ficar por toda a viva. E penso que o fracasso, na maioria dos casos, nasce da falta do entendimento do significado que o casamento tem para Deus, segundo a Bíblia relata. O relacionamento conjugal ideal é aquele onde duas pessoas se tornam uma só carne (Marcos capítulo 10, versículos 7 e 8). Em outras palavras, as duas pessoas se unem de forma tão completa, que se tornam uma coisa só.

Agora, será que duas pessoas que se tornaram uma coisa só podem se referir ao "meu dinheiro" e ao "seu dinheiro"? Será que um relacionamento, onde as partes ficam analisando se as "vantagens" geradas pela relação superam os "custos" dela decorrentes, demonstra uma união plena? É claro que não, mas exemplos como esse, de falta de união do casal, são muito mais comuns do que se imagina. Não admira, portanto, que as pessoas se separem tanto. 

Quando é que dois se fazem uma só carne?
Há diversos sinais que caracterizam a existência de uma união como aquela que a Bíblia preconiza e, por limitações de espaço, vou me concentrar em três deles, que, acredito, descrevam bem a perspectiva que precisa existir num casamento saudável. 

O primeiro sinal é haver um projeto de vida comum para o casal que seja equilibrado, isto é atenda as necessidades e anseios das duas partes. Por exemplo, imagine que o marido economiza para comprar o carro dos seus sonhos, enquanto a mulher se sente triste por não ter condições financeiras para dar melhores condições de vida para seus pais, já velhos. Essa é uma situação de flagrante desequilíbrio.

Outro exemplo de situação de desequilíbrio: imagine que o marido quer economizar para poder fazer um curso de pós-graduação, para melhorar suas oportunidades profissionais, enquanto a esposa quer priorizar o consumo (viagens, decoração do apartamento, etc). Mais um exemplo ainda: um dos dois quer filhos de imediato, enquanto o outro/a quer adiar esse projeto. 

Projetos de vida desequilibrados, sem harmonia, como os exemplos que acabei de dar, não leva o casal a lugar nenhum. As diferenças de opinião vão gerar discussões e insatisfações crescentes e se não for possível superar essas divergências a tendência será a separação. 

O segundo sinal da existência de uma união como a Bíblia propõe é haver confiança entre as partes, tanto assim que cada parte contribui com o melhor que têm para o projeto de vida comum, confiando que a outra parte está fazendo o mesmo. 

Não estou dizendo que os dois precisam contribuir de forma igual, pois as capacidades das pessoas nunca são exatamente as mesmas nas diferentes áreas da vida em comum. A própria biologia do seres humanos indica que as mulheres darão uma contribuição - a gestação de filhos/as - que os homens nunca poderão igualar. E assim pode acontecer em outras áreas, por exemplo, quando uma das partes ganha muito mais dinheiro que a outra (por ser mais capacitada, ter podido se preparar melhor, etc).

Como disse, cada parte deve contribuir com aquilo que tiver de melhor para o sucesso do projeto de vida comum. E o ponto importante é que ambas confiem que cada pessoa está sempre fazendo seu melhor, mesmo quando houver desequilíbrio nas contribuições efetivas dadas por cada um/a. 

Tentar manter uma "contabilidade", comparando as contribuições individuais, para conhecer quem é digno de mais crédito (por exemplo, "eu trago mais dinheiro para dentro de casa, então tenho mais direitos"), é um erro sério, mas muito comum. Até porque há contribuições - como um gesto de carinho ou um cuidado durante uma doença - que não podem ser quantificadas e comparadas com outras contribuições. 

O terceiro sinal da existência de uma união como a Bíblia propõe é haver disposição de ambos para fazer concessões em prol do bem comum, sem esperar retribuição. Por exemplo, um dos dois recebe uma oferta de emprego em outra cidade, oportunidade muito importante para sua carreira profissional. Aí a outra parte aceita mudar, abrindo mão de sua vida na cidade onde residem. E faz isso sem esperar que, mais adiante, a parte beneficiada venha a fazer um sacrifício equivalente como forma de "pagamento". Não a concessão deve ser feita sem esperar nada em troca, tendo como recompensa apenas a possibilidade de fazer a outra pessoa feliz.

Resumindo, um projeto de vida em comum que seja equilibrado, a confiança mútua e a capacidade de fazer concessões em prol do bem comum são sinais fortes de um casamento onde os dois se "fizeram um", onde o casal passa a viver como uma coisa só, inseparável. Esse é ensinamento da Bíblia.

Com carinho

segunda-feira, 11 de junho de 2018

O LÍDER QUE TAMBÉM É SERVO

O bom líder precisa ter várias qualidades. E a principal delas é saber equilibrar as ações necessárias para conduzir as pessoas na direção desejada, com o serviço feito a elas.

É isso que eu explico no meu mais novo vídeo, onde comparo o mau exemplo de Roboão, filho de Salomão, cuja história está descrita no livro de 1 Reis, com o melhor dos líderes, Jesus Cristo. 

Nosso Senhor nos ensinou que o verdadeiro líder é antes de tudo humilde e sabe levar em consideração as necessidades e ansiedades dos/as liderados/as. E nunca se aproveita das fragilidades e carências deles/as. Veja meu novo vídeo aqui

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quinta-feira, 7 de junho de 2018

A BÍBLIA AJUDANDO A COMBATER A DEPRESSÃO

Depressão é um problema muito sério - toda hora ficamos sabendo de gente que se matou, devastado/a pela depressão. Defendemos tratamento para quem está deprimido, inclusive recorrendo a remédios. Mas a Bíblia também pode ajudar no combate à depressão.

A primeira coisa é orar para não deixar que pré-julgamentos atrapalhem. E depois é importante ler a Bíblia - há dois textos que falam de pessoas deprimidas e como elas conseguiram vencer essa luta com o apoio de Deus. São textos podem ensinar muito a você.

É sobre isso que falamos no nosso novo vídeo - veja aqui.

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terça-feira, 5 de junho de 2018

O CHAMADO DE CADA PESSOA

A Bíblia afala de diversas situações onde há um chamado de Deus para diferentes pessoas se envolverem na sua obra. E essas situações têm muito a nos ensinar para nossa vida. 

Vejamos três exemplos. O primeiro envolveu Moisés, no conhecido episódio da "sarça ardente". Moisés pastoreava rebanhos do sogro, Jetro, quando viu algo estranho no Monte Sinai. Subiu até lá e encontrou um arbusto queimando, mas que surpreendentemente não se consumia. E de dentro da sarça ardente, Deus falou com Moisés e lhe deu a missão de libertar o povo de Israel da escravidão no Egito (Êxodo capítulo 3).

O segundo exemplo aconteceu com Isaías: o profeta teve uma visão do trono de Deus e ficou aterrorizado, pois se sentiu um homem pecador, em meio à santidade no entorno de Deus. Aí um anjo purificou a boca de Isaías com uma brasa viva e Deus o enviou para anunciar sua vontade para o povo de Israel (capítulo 6, versículos 1 a 10).

O terceiro caso envolveu Jesus e um de seus apóstolos, Pedro, aquele que negou o Mestre por três vezes. Os discípulos vinham num barco e se aproximavam da praia, quando viram um homem - o próprio Jesus , já ressuscitado - assando peixes num braseiro. Pedro o reconheceu e nadou até a praia, ansioso por encontrá-lo. Ali, Jesus perguntou a Pedro, também por três vezes (uma para cada vez que Pedro o negou), se o apóstolo o amava, e lhe pediu para pastorear suas ovelhas (João capítulo 21).

Repare bem nas diferenças entre os três casos. Isaías era um sacerdote e a visão que teve fez referência à liturgia usada no Templo de Jerusalém, coisa que o profeta conhecia bem. Moisés falou com Deus pela primeira vez em um monte, perto de onde pastoreava seus animais - sua atenção foi chamada por uma planta que queimava. Jesus falou com Pedro numa praia, onde uma refeição simples estava sendo preparada, cenário bem familiar para pescadores, como era o caso do apóstolo. 

Dessa constatação podemos tirar um ensinamento importante: Deus fala com cada pessoa respeitando sua forma de ser, suas necessidades, sua cultura, as circunstâncias em que vive e assim por diante. Isso prova que Ele respeita os seres humanos. 

E nosso chamado é para atuar na obra de Deus exatamente da maneira que somos. Deus somente espera que venhamos a mudar - passando a viver mais de acordo com aquilo que a Bíblia ensina -, depois que esse chamado é aceito e nos envolvemos de fato na obra de Deus. E essa mudança será uma decorrência natural da intimidade que passaremos a ter com o Espírito Santo.

Lembro-me de ouvir, certa vez, um rapaz, afastado da igreja e do convívio com Deus, dizer que primeiro precisava corrigir seus caminhos, antes de voltar à igreja. Ele pensava ser preciso primeiro mudar, para depois poder se aproximar de Deus. 

Esse é um erro terrível, pois quem tentar agir assim, nunca vai conseguir voltar reativar a convivência com Deus. A forma correta de agir é exatamente a oposta: primeiro a pessoa precisa decidir se envolver na obra de Deus e faz isso. E depois a mudança na sua vida vem, justamente como consequência da maior proximidade com Deus.

Cada um/a de nós é chamado/a por Deus para se aproximar d´Ele e atuar na sua obra exatamente nas condições em que nos encontramos - com as falhas e as limitações que temos. E se aceitarmos esse chamado - como fizeram Moisés, Isaías e Pedro - e seguirmos em frente, sem hesitações, Deus mudará as nossas vidas. Passaremos a ser outras pessoas.

Portanto, não hesite em ouvir e atender o chamado de Deus, quando ele vier. Você não vai se arrepender.

Com carinho

segunda-feira, 4 de junho de 2018

DEUS DÁ EXATAMENTE O QUE PRECISAMOS

Deus dá exatamente o que precisamos. E aprendemos isso estudando a história de Moisés e do povo de Israel andando pelo deserto do Sinai, depois de sair do cativeiro no Egito. 

Em certo momento o povo reclamou da falta de comida e Deus mandou o maná, o "pão que caiu do céu" para matar a fome das pessoas. E é interessante perceber que Deus usou essa experiência para ensinar obediência, paciência e fé ao povo, pois a colheita e o consumo do maná deviam seguir determinadas regras. Por exemplo, só colher o que fosse necessário para um dia ou ainda colher na sexta feira uma porção dupla, para não precisar trabalhar no sábado. 

Esse é o tema do meu mais novo vídeo - veja aqui.

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

MAS ONDE ESTAVA O ADÚLTERO?

O Evangelho de João relata um fato na vida de Jesus que acho ter grande aplicação hoje em dia, pois trata da questão da justiça. Refiro-me ao caso da mulher que foi pega adulterando e acabou levada por uma turba de homens até Jesus. 

Ora, a lei de Israel determinava que, no caso de adultério, o/a adúltero/a deveria ser morto/a por apedrejamento. Por isso, os homens que levaram a mulher pecadora até Jesus, sedentos de sangue, só esperavam que Ele confirmasse a sentença para apedrejar aquela mulher. 

A reação de Jesus foi inesperada pois disse para aqueles homens o seguinte: “aquele dentre vós que estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra”. Os homens se entreolharam e percebendo que não tinham autoridade moral para executar a mulher pecadora, pois suas vidas também eram cheias de pecados. Envergonhados, foram embora, um a um, deixando a mulher em paz (João capítulo 8, versículos 1 a 11). 

O ensinamento tradicional desse texto se relaciona com a hipocrisia - os acusadores da mulher pecadora não tinham moral para passar qualquer tipo de julgamento pois também eram pecadores, talvez até maiores do que ela. Sua postura, portanto era hipócrita. 

Mas eu queria aqui lembrar de outro ensinamento que pode ser colhido nessa mesma passagem da Bíblia, que se refere à questão da justiça. E começo perguntando: onde estava o adúltero? O texto bíblico conta que apenas a mulher foi pega em flagrante delito, mas a mulher certamente não adulterou sozinha. Por que então o adúltero não foi massacrado junto com ela? Por que ela teve que suportar sozinha toda a vergonha do ato de adultério?

A razão para isso me parece simples: naquela época, o homem era sempre a parte forte de qualquer história, pois a sociedade era muito machista. A corda simplesmente arrebentou do lado mais fraco: a mulher foi execrada publicamente enquanto o pecador nada sofreu. Provavelmente, aqueles homens atribuíram a ela toda a culpa pelo que aconteceu.

E continuamos a ver esse mesmo tipo de injustiça - quando o mais fraco acaba sendo penalizado de forma desproporcional - até os dias de hoje. Por exemplo, o ladrão de galinhas é pego rapidamente, preso e condenado, enquanto políticos e empresários corruptos, protegidos por legiões de advogados caríssimos, poucas vezes pagam pelos seus crimes. 

Uns 20 anos atrás, conheci o caso da esposa de um homem importante, que era muito apaixonada por seu marido, tendo inclusive deixado sua carreira de modelo para acompanhá-lo aonde ele ia. Ao se ver às voltas com a traição dele, desesperada, sem esperanças de recuperar o homem amado, ela se matou. E a imprensa da época noticiou apenas o desequilíbrio emocional dela - o que certamente era um fato - mas nunca citou o adultério que tinha detonado a tragédia. Meses depois, o viúvo se casou com a amante e continuou a viver muito bem por muito tempo, sempre presente nas colunas sociais dos jornais. 

Quando enchentes causam deslizamentos nas encostas dos morros, as pessoas pobres que moram ali são muitas vezes apresentadas pela mídia como irresponsáveis. A mídia aponta que ninguém deveria morar num lugar sabidamente perigoso. Não deixa de haver alguma verdade nessa declaração, mas o que não é apontado é que as pessoas moram em local perigoso pois não têm recursos para morar em outro local. Enquanto isso, as autoridades públicas, que deixam de usar as verbas de combate a enchentes para diminuir o risco das encostas, e gastam milhões com propaganda dos seus próprios governos, continuam vivendo como se nada tivessem que ver com essas tragédias. E tudo continua igual, até a próxima enchente. 

Infelizmente isso não acontece só no mundo secular. É possível ver o mesmo problema em muitas igrejas cristãs. Por exemplo, tempos atrás, uma moça, nova convertida, escreveu para o site para contar sua experiência. Ela cometeu adultério com o pastor da sua igreja, que a estava "discipulando". Depois de cometido o ato, o pastor disse para a moça que ela era a "tentação que Satanás tinha enviado para desencaminhá-lo". A moça entrou em surto e desesperada escreveu para pedir socorro.

Sem dúvida a moça errou, mas o pastor - homem que tinha obrigação de manter um comportamento correto, pelo ministério que desempenha - errou ainda mais. E ele nunca poderia, para se justificar, jogar toda a culpa na moça, abusando da sua autoridade espiritual. 

Há pastores que só pensam em tirar proveito material da sua posição, mas não podem ser criticados porque são "ungidos" do Senhor. Já conheci muitas beatas fofoqueiras que eram desculpadas porque prestavam serviços à obra de Deus e tinham "bom coração". E há muitos outros exemplos, como padres pedófilos protegidos pela hierarquia da Igreja Católica ou os/as "voluntários/as" que trabalham em instituições de assistência social não para ajudar o próximo e sim para ajudar a si mesmos/as. 

Nós, cristãos/ãs, não podemos entrar nesse tipo de "jogo", onde os erros das pessoas mais fracas são expostos, enquanto as pessoas poderosas têm caminho livre. Portanto, quando perceber algo errado, posicione-se contra o mal feito com clareza, não importa quem esteja por trás desse ato. Foi assim que Jesus agiu quando criticou inclusive os poderosos do seu tempo e defendeu as pessoas mais fracas. Vamos seguir o exemplo de Jesus.

Com carinho