domingo, 28 de abril de 2013

O PODER DA MíDIA

Alguns anos atrás, duas noticias chamaram minha atenção, por provarem mais uma vez o poder da mídia. Além disso, demonstram como esse poder pode estar a serviço não de informar o público, mas sim de outros interesses.

A piada de mau gosto 
Uma simples piada de mau gosto custou alguns bilhões de dólares para alguns investidores. Alguém invadiu a conta de Twitter da Associated Press e soltou uma mensagem dizendo que tinha havido um atentado terrorista e o então Presidente Obama tinha sido ferido.

Essa mensagem provocou a queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque durante quase meia hora. Bilhões de dólares foram perdidos por alguns investidores que venderam suas ações na pressa. Enquanto isso, outros lucraram exatamente aquilo que foi perdido. E assim que a notícia foi desmentida, a Bolsa de Valores voltou a subir.

Eu fico chocado com o poder que um único órgão de mídia tem de mudar o humor da Bolsa de Valores. Basta escrever e publicar algumas poucas palavras.

O carniceiro 
Você já ouviu falar de Kermit Gosnell? Acredito que não. Poucas pessoas sabem quem ele é e o que fez. E isso porque a grande mídia construiu uma barreira de silêncio sobre o caso dele, que começou nos Estados Unidos, onde mora, e se espalhou por outros países, inclusive o Brasil.

Não sei se você sabe que o aborto é permitido nos Estados Unidos, desde que a gestação ainda não tenha passado de determinado prazo (normalmente, 20 semanas). Basta a gestante ir até uma clínica especializada nesse tipo de atendimento, assinar um papel e o procedimento de aborto é feito de forma legal. Nenhuma pergunta é feita.

Gosnell é um médico que tocava uma dessas clínicas de aborto. Mas, com detalhe diferente: ele fazia abortos em fetos com muito mais tempo de gestação. Acabou preso e seu julgamento virou um show de horrores.

Não vou entrar aqui nos detalhes, mas basta saber que ele abortava crianças que já tinham condições de sobreviver sozinhas, fora do útero materno, e as matava cortando sua coluna cervical com uma tesoura.

É claro que as alegações de sempre foram feitas: as mães que procuravam esse tipo de ajuda eram pobres, sem condições de cuidar dos filhos e assim por diante. Mas, a grande mídia americana (assim com a brasileira) nunca reconheceu que naquela clínica foram cometidos assassinatos em série. Gosnell é um dos maiores assassinos da história, pelo número de bebês que matou, embora somente cinco deles foram amplamente provados e usados na sua condenação.

Porque a mídia, que adora relatar assassinatos e outras violências, praticamente nada falou sobre esse caso? Foi a mídia especializada cristã quem pegou o assunto e não deixou a notícia morrer.

A razão para esse silêncio absurdo é clara: não havia interesse em falar disso. Isso porque a grande mídia, de forma geral, é a favor do aborto sem grandes restrições, considerando isso como uma conquista da mulher. E um caso como esse é muito negativo para quem defende essa causa. Mais um exemplo de uso do poder sem limites que a grande mídia tem.

Não se esqueça, portanto, que as notícias que chegam até você são somente aquelas que a grande mídia deseja divulgar. Essa é uma realidade triste que não pode ser nunca esquecida. Portanto, procure outros meios de informação - como sites independentes, blogs de autores confiáveis e assim por diante. Lá você vai encontrar as informações que lhe são muitas vezes negadas.

Com carinho

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