terça-feira, 30 de maio de 2017

AS CINCO MAIORES DÚVIDAS DOS CRISTÃOS


Quais são as dúvidas mais comuns que os cristãos têm? Hoje discuto as cinco dúvidas mais comuns, conforme indicado por estudos recentes dessa questão.

Penso que a dificuldade maior das pessoas - que gera essas dúvidas - tem a ver com sua falta de conhecimento bíblico. Infelizmente, a maioria dos(as) cristãos(ãs) conhece a Bíblia de forma superficial e acaba preenchendo aquilo que desconhece ou com o que ouve por aí ou com respostas próprias, geradas por sua lógica humana, que quase sempre estão erradas. 

Quando as pessoas estudam mais a Bíblia, esse tipo de dúvida costuma desaparecer com facilidade - como que derretem como gelo exposto ao calor do sol.

Dúvida 1: Será que estou salvo(a)?
Várias pessoas têm dúvida quanto à própria salvação. Para essas pessoas a ideia que basta ter fé e confessar Jesus como Salvador parece meio simplista. 

No fundo, elas acham que a salvação depende do que elas fazem e não estão seguras de já terem feito o bastante para serem salvas. Daí sua dúvida. 

Não há dúvida que a fé é suficiente para salvar qualquer pessoa - a Bíblia é clara a esse respeito. 

A questão verdadeira está na natureza da fé que de fato salva. Que fé é essa? E isso é simples de responder: só salva a fé que transforma a pessoa, isto é produz frutos (obras). Tiago, irmão de Jesus, explicou: "a fé sem obras é morta". Ora, se a fé está morta, não pode gerar qualquer efeito prático, como a salvação. 

Se sua fé não vem mudando sua vida, aí sim você deve ter dúvidas quanto à sua salvação. Mas, se ela tem feito de você, mesmo que lentamente, uma pessoa mais de acordo com a vontade de Deus, pode ficar tranquilo(a).

Dúvida 2: Será que cometi o pecado sem perdão?
Muitas pessoas têm receio de terem cometido o pecado sem perdão - a blasfêmia contra o Espírito Santo -, especialmente antes da sua conversão. Seu receio é que, se tiverem feito isso, mesmo tendo se convertido a Jesus, não escaparão da condenação eterna.

Essa dúvida nasce na falta de entendimento da natureza do pecado sem perdão. De forma resumida, trata-se da rejeição total e definitiva, pela pessoa, do Espírito Santo (veja mais). E, sendo assim, uma pessoa verdadeiramente convertida não pode ter cometido esse pecado, pois ela só chegou a Deus pela ação do Espírito Santo na sua vida. 

Em outras palavras, quem se preocupa se cometeu o pecado sem perdão é porque certamente não o cometeu. Simples assim.

Dúvida 3: O inferno existe mesmo?
Para muitos, a existência do inferno, lugar onde as pessoas passarão a viver uma vida de tormentos sem fim, parece inaceitável. Até porque os pecados que a pessoa cometeu nesse mundo são limitados e sua presença no inferno será ilimitada - uma coisa parece desproporcional em relação à outra.

Essa dúvida é relativamente simples de esclarecer. Começo lembrando que o inferno não é um lugar cheio de demônios, que ficam torturando as pessoas, com fogo e enxofre, como muita gente pensa - para mostrar isso basta lembrar que o próprio Satanás vai ser lançado no inferno.

A melhor definição para inferno é o lugar onde Deus escolheu não estar. E o sofrimento vem daí: Afinal, o ser humano foi criado para estar em contato constante com Deus.

Agora, se a pessoa escolheu conscientemente não estar com Deus, não há porque Ele impor sua presença na vida dela. Simples assim. Por isso é razoável dizer que as portas do inferno estão trancadas por dentro e não por fora. - foi a pessoa que escolheu de vontade própria estar ali. 

E, uma vez Deus tendo aceito essa decisão da pessoa e se afastado em definitivo dela, não há mais como ela mudar de opinião, porque somente a atuação do Espírito Santo poderia re-aproximá-la de Deus, o que deixou de ser possível. 

Dúvida 4: A Bíblia contém erros?
Algumas pessoas são surpreendidas quando estudiosos famosos apontam erros bíblicos. E aí perdem sua confiança na Bíblia e deixam de acreditar na sua autoridade. 

Há cristãos(ãs) que pensam assim e tentam aproveitar o que parece estar certo e deixar de lado o que parece estar errado. Mas, isso não funciona na prática. E a razão é simples: quem diz quais partes da Bíblia estão certas ou erradas? Os estudiosos? 

E nunca podemos esquecer que os(as) estudiosos(as) também erram, portanto, toda a base do conhecimento bíblico ficaria apoiada em bases frágeis. Uma parte do que for considerado certa hoje, pode deixar de ser aceita amanhã. E aí? 

Na verdade, ou se aceita a Bíblia integralmente, ou ela perde sua autoridade de uma vez por todas. Não há meio termo nesse caso. 

Mas, para o(a) cristão(ã), isso gera um compromisso do qual não se consegue escapar: É preciso aceitar a premissa que a Bíblia não tem erro. E voltando ao começo da discussão: O que fazer quando um estudioso apontar um possível erro na Bíblia?

A resposta é: Não aceite essa declaração e, se não souber responder, vá buscar a resposta junto a quem saiba. Eu estudo a Bíblia há muitos anos e confesso que nunca vi nenhuma dessas possíveis dúvidas ficar sem explicação. O problema é que as pessoas não costumam fazer isso e acabam deixando que a dúvida se instale no seu coração. 

Dúvida 5: Jesus é mesmo o único caminho para salvação?
O ensinamento que Jesus é o único caminho para a salvação parece intolerante e excludente. Mas não é bem assim.

Uma dúvida que logo vem à mente das pessoas é: É quem nunca ouviu falar de Jesus? Como os índios, mulheres criadas em países islâmicos ou até mesmo crianças.

Ora, a Bíblia ensina que a ignorância não é levada em conta por Deus. Ou seja, quem nunca ouviu falar de Jesus terá essa realidade levada em conta quando for julgado(a) por Deus no final dos tempos. Essa pessoa não será julgada como você ou eu.

Depois, porque o significado da afirmação que Jesus é o único caminho para chegar até Deus parte da constatação que sua morte abriu o caminho para para o ser humano ter seus pecados perdoados e se com Deus (veja mais). 

Se isso é verdade, não é intolerante afirmar esse fato. Verdades não são tolerantes ou intolerantes. Se são verdades, elas refletem a realidade e não há intolerância nisso.

É como dizer que ´"todo mundo morre" é intolerante. Essa avaliação não faz sentido, pois todas as pessoas morrem mesmo - talvez seja triste constatar isso, mas ainda assim estamos diante duma verdade.

Com carinho

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