quinta-feira, 15 de março de 2018

CONHECENDO DEUS E SE FORTALECENDO COM ISSO

O grande objetivo de todo/a cristão/ã deve ser construir um relacionamento com Deus que seja próximo e produtivo. É preciso conhecê-lo, respeitá-lo e construir uma parceria com Ele para a vida.

Nesse relacionamento, uma das partes funciona perfeitamente bem: o próprio Deus. Afinal, Deus conhece completamente cada ser humano (Salmo 139:1-4), ama todos com paixão (João capítulo 3, versículo 16) e está disposto a construir uma parceria de vida com cada um (Jeremias capítulo 29, versículo 11).

Portanto, os problemas estão todos do nosso lado: Somos nós que rejeitamos Deus, não investimos tempo suficiente em conhecê-lo e assim por diante.

Como podemos conhecer Deus
Jesus ensinou com clareza como cada pessoa deve amar Deus:
...Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento (Mateus capítulo 22, versículo 37).
Há algumas dicas bem interessantes no versículo acima, sendo a primeira delas a constatação que o relacionamento com Deus deve ser sempre pessoal. Repare que Jesus falou em amar “seu Deus, ou seja cada pessoa deve se apropriar d´Ele como o Deus da sua vida, seu único amor espiritual.

A segunda dica interessante é que há várias formas de amar Deus: nos campos dos sentimentos, espiritual e da mente. Portanto, é possível conhecer Deus através da emoção, da espiritualidade e do raciocínio. 

Esse último aspecto talvez surpreenda você, pois muita gente boa pensa que a fé deve ser meio cega, livre de raciocínio lógico. Mas o papel da mente é muito importante no conhecimento de Deus. 

Conhecer Deus através da mente, tema que estamos tratando na postagem de hoje, envolve entender quem Ele é de fato, suas características, suas formas de agir, seus objetivos, etc. Falarei em outra postagem sobre o conhecimento de Deus através das emoções e do espírito.

O ponto de partida
A Bíblia e a natureza – as duas formas como Deus escolheu se revelar aos seres humanos – contam quem Deus é e como age. E a figura que emerge de qualquer estudo cuidadoso é extraordinária, acima de qualquer expectativa humana.

Penso que as pessoas hoje em dia sabem muito pouco sobre como Deus é de fato e a maior prova para mim disso é a forma como banalizam sua relação com Ele. Elas tratam Deus como se fosse mais um/a amiguinho/a ou parente, ou ainda pior, alguém que está aí simplesmente para atender suas vontades. Alguém com quem elas tem até direito de ficar bravas e desapontadas.

Muitas pessoas perderam o temor a Deus e isso inclui muita gente bem intencionada. E essa é uma realidade muito triste e preocupante. Creio que essa tendência nasceu numa deturpação de um ensinamento de Jesus. 

Em dado momento do seu ministério, Jesus incentivou as pessoas a chamarem Deus de “Pai” e Ele teve uma razão forte para fazer isso: O povo judeu tinha um relacionamento com Deus muito burocrático e institucionalizado. Havia enorme respeito, mas, também, distância excessiva do povo com Deus. Poucas pessoas – como Abraão, Moisés e Davi -, no Velho Testamento, conseguiram construir um relacionamento próximo e pessoal com Deus. A norma era tratar Deus como um Rei poderoso e distante.

Aí Jesus ensinou que era possível, e até mesmo desejável, construir um relacionamento pessoal com Deus. Era possível olhar para Deus como se olha para um Pai. E isso mudou o rumo das coisas e tanto foi assim que, nos relatos do Novo Testamento, as pessoas se mostram mais “confortáveis” na presença de Deus.

Infelizmente, muita gente entendeu isso como permissão para banalizar o relacionamento com Deus, o que nunca foi a intenção de Jesus. E essa banalização hoje chega às raias do desrespeito. Isso fica particularmente evidente na perda da solenidade nos cultos - as pessoas batem papo abertamente, enquanto a cerimônia está em curso, consultam seus celulares, entram e saem quando querem e assim por diante. 

E se referem a Deus como se falassem de uma pessoa qualquer, sentindo-se no direito até de cobrá-lo das coisas que acham que Ele deveria fazer.

É preciso resgatar o temor a Deus e uma das formas de fazer isso, acredito eu, é ensinar as pessoas entenderem quem Deus de fato é. E há muito a falar sobre essa questão, mas por limitação de espaço vou dar apenas alguns exemplos simples, mas que acredito podem fazer você passar a olhar para Deus de outra forma.

A dimensão da presença de Deus
Deus é espírito e, portanto, não faz sentido falar do seu tamanho físico, mas podemos avaliar a dimensão da presença d´Ele no universo. Ora, sabemos que Deus está presente em todos os lugares do universo – não há como se esconder d´Ele (Salmo 139, versículos 8 a 10). 

Portanto, o tamanho físico do universo dá uma ideia da dimensão da presença de Deus. E os cientistas dizem que o universo tem o tamanho da distância que a luz conseguiu viajar desde o início da sua criação (cerca de 13,7 bilhões de anos atrás). Ora, como a luz viaja à velocidade incrível de 300.000 km/seg, o “diâmetro” do universo mede cerca de 260.000.000.000.000.000.000.000 km. 

Não dá nem para imaginar uma dimensão dessas, de tão grande que ela é – lembro que diâmetro da terra tem apenas cerca de 13.000 km. 

E volto a lembrar que Deus se faz presente em todos os pontos do universo. É de fazer cair o queixo que exista um Ser com esse tipo de presença.

A incrível relação de Deus com o tempo
Sabemos que Deus criou o universo, incluindo suas quatro dimensões (altura, largura, comprimento e o tempo). Portanto, como Deus criou o tempo, não pode estar submetido a ele. 

Deus pode atuar no tempo - pode escolher determinada época da história para intervir (e fez isso várias vezes) -, mas não é afetado por ele. E como não é afetado pelo tempo, Deus não muda - afinal, todas as mudanças acontecem com a passagem do tempo.

E é difícil imaginar um Ser que permanece sempre o mesmo - não cresce, não amadurece, não envelhece, etc. Na prática, nem temos como nos conscientizar de uma realidade dessas.

Se Deus lida com o tempo de forma diferente de nós, passado, presente e futuro não tem para Ele o mesmo significado que para nós. É difícil entender de fato como Deus lida com o tempo – há muita especulação filosófica a esse respeito, mas não é possível tirar conclusões definitivas.

O poder inimaginável de Deus
Agora, imagine o poder e a inteligência que Deus precisa ter para conseguir criar o universo e tudo que nele está contido, incluindo a vida na terra. 

As leis científicas são exatas e extremamente complexas. A estrutura da vida – o DNA – é uma maravilha de organização e complexidade. Numa outra postagem recente, mostrei como o universo em geral, e a terra em particular, foram ajustados de forma precisa para permitirem a existência da vida (veja mais). Ali eu comentei que a probabilidade de um ajuste desse tipo de ter ocorrido por acaso é muito menor do que a de dar um tiro por acaso no universo e acertar um alvo de 5 cm no outro extremo dele.

Não se esqueça que é o poder de Deus que mantém tudo isso organizado e em funcionamento – Ele sustenta o universo. Trata-se de um poder impossível de avaliar, pois está além da nossa compreensão.

Regatando o temor a Deus
Nunca se esqueça que, quando você procura Deus, em oração ou louvor, você está se comunicando com esse Ser extraordinário. Está falando com alguém tão maior do que você mesmo/a, que o diálogo nem deveria ser possível. Ela nem deveria se dignar a falar com você, que dirá se preocupar com seus problemas.

Podemos construir uma relação pessoal com Deus e Ele quer isso de nós. Mas nunca podemos perder a admiração e o respeito que Ele nos merece. Não podemos banalizar os contatos com Ele, como se estivéssemos falando com qualquer outra pessoa. Sempre lembrando que o temor (respeito, consideração, admiração, etc) a Deus é o princípio de toda sabedoria humana (Salmo 111, versículo 10).

Finalizando, quero lembrar aqui do profeta Daniel. Ele, ainda jovem, enfrentou uma situação muito difícil: Exilado num país estranho (Babilônia) foi submetido a uma guerra cultural terrível (veja mais). 

E conseguiu resistir, não se deixando contaminar pelos hábitos e crenças impuras do povo babilônio, nem mesmo quando jogado numa cova cheia de leões para ser devorado (salvou-se num milagre promovido por Deus). 

Daniel resistiu porque conhecia a Deus. Sabia quem Ele era. Daniel não correu para Ele apenas quando sua situação ficou difícil. Deus era parte constante da sua vida. E mais adiante, quando já tinha superado essas dificuldades, refletindo sobre sua experiência anterior, o profeta testemunhou:
...mas o povo que conhece seu Deus se tornará forte e fará proezas. E os entendidos entre o povo ensinarão a muitos... (Daniel capítulo 11, versículos 32 e 33)
Com carinho

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