quarta-feira, 31 de outubro de 2018

TENTANDO ENTENDER DEUS

Como entender Deus em toda sua majestade e glória? Como explicar esse Ser para aqueles que ainda não o conhecem? É o que vou tentar responder nessa postagem. 

O antropomorfismo
Comece por fechar seus olhos e pensar em Deus. Como você o imagina? A imagem mais comum é a de um belo senhor, de barbas brancas, com formas majestosas. Mas Deus não é assim - essa é a imagem d´Ele que alguns artistas famosos, como Michelangelo, usaram para representar Deus nas suas pinturas. E de tanto olhar para fotos desses quadros famosos, ficamos com essa impressão na cabeça.

Esses artistas viam Deus como um ser humano e essa também é a abordagem usada pela própria Bíblia, quando fala, por exemplo, sobre os braços, os olhos ou as mãos de Deus. É claro que Deus não tem braços ou olhos, mas é um pensamento reconfortante imaginar que podemos nos abrigar nos braços d´Ele.

Essa “humanização” de um Ser que não é humano é chamada de antropomorfismo. E esse recurso é muito usado nas artes de forma geral - basta ver os desenhos animados onde animais e até vegetais "funcionam" como pessoas. 
Mas o recurso ao antropomorfismo não é uma tentativa real de entender como Deus é e sim de torná-lo mais “parecido” conosco, diminuindo as diferenças.

Aquilo que Deus não é 
É muito comum também as pessoas tentarem descrever Deus falando do que Ele não é ou não faz – não peca, não erra, não tem limites, etc. E conseguimos entender coisas importantes usando essa abordagem. 

Por exemplo, Deus não está limitado a nenhum lugar, portanto, pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo (onipresença). Deus não pode ser afetado pelo tempo, portanto, Deus é eterno (sempre existiu e sempre existirá). 
Agora, é fácil perceber que essa abordagem não gera todo o conhecimento que buscamos. Por exemplo, dizer que alguém é um homem não é alto e nem forte ou gordo não contribui muito para saber como essa pessoa é de fato. Ajuda, pois dá uma ideia aproximada, mas ficam lacunas importantes.

As "impressões digitais" de Deus
É comum também tentarmos entender Deus através do que Ele faz - chamo a isso procurar as "impressões digitais" de Deus na natureza e na vida das pessoas. 

Por exemplo, Deus criou o universo e estabeleceu as leis fundamentais que o governam. Logo, é claro que Deus é incrivelmente poderoso, tem uma inteligência gigantesca e uma criatividade absurda. 

É evidente também que, se criou tudo isso, Deus tem conhecimento completo sobre a realidade física, incluindo os seres humanos. Assim, Deus sabe o que pensamos e o que fazemos. Nada o surpreende. 

Mas, ainda assim, fica uma lacuna. Isso porque, se você disser que um homem é paciente, articulado, culto e tem certo nível de inteligência, ainda assim fica muito a explicar sobre quem essa pessoa de fato é. 

A Bíblia fala também que Deus é amor. Será que um sentimento pode ser a essência de um Ser vivo? Parece que não. Na verdade, quando a Bíblia fala dessa forma, está dizendo que Deus se revelou para nós como um Ser essencialmente amoroso - a impressão que passa é que Ele é feito de puro amor. 

Por que é difícil falar de Deus?
Há duas razões para que seja tão difícil falar sobre Deus. A primeira delas é que se trata de um Ser de um tamanho, poder e majestade que desafia nossa capacidade de entendimento. Entender como Deus de fato é, para nós, seria tão difícil como uma criança de 4 anos entender a Teoria da Relatividade Geral, formulada por Albert Einstein.

A segunda razão é que as palavras humanas não foram feitas para descrever Deus. Para explicar melhor essa limitação, vou usar o exemplo da música. Ela funciona a partir da melodia, do ritmo e da harmonia. Mas como descrever essas coisas com palavras. 

É quase impossível explicar a música com palavras - no máximo, podemos dizer como nos sentimos ao ouvi-la. A música somente pode ser "compreendida" de fato com os "olhos" do coração. 

Assim também ocorre com Deus: Ele não pode ser compreendido adequadamente pelo raciocínio humano e nem descrito pelas palavras de qualquer idioma. Somente podemos entendê-lo verdadeiramente com outros “olhos”, os da fé.

Com carinho

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