quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O PROBLEMA É A ACEITAÇÃO DO PECADO...

Hoje vamos falar da aceitação do pecado e de como isso está na origem de alguns dos maiores problemas brasileiros.

Começo lembrando que são tantos os escândalos de corrupção no Brasil, em todos os níveis da administração pública, que eles acabam gerando nas pessoas uma sensação de desalento. Parece ser que o Brasil não tem jeito mesmo. Parece ser que há algo de errado com nosso povo.

Mas não é bem assim. Nosso povo tem baixo índice de instrução e isso gera uma série de problemas. Mas não somos, na essência, piores do que ninguém. Temos, os mesmos defeitos e qualidades que os demais povos.

E corrupção é um mal mundial. Não é exclusividade brasileira. Vejamos alguns exemplos:
  • Cerca de 5 anos atrás, a autoridade da ONU encarregada de gerenciar a crise humanitária no Haiti foi processada por uma série de atos corruptos. Ocorreram muitos desvios de verbas que deveriam ter sido usadas para ajudar a sofrida população do Haiti.
  • Por volta da mesma época, agentes do DEA, órgão norte-americano de combate às drogas, foram processados por terem participado de orgias promovidas por carteis de drogas colombianos. Chocante, para dizer o mínimo.
  • Recentemente, vários países sul-americanos, na esteira da operação Lava Jato, têm descoberto esquemas enormes de corrupção na execução de obras públicas. Muitos políticos importantes já foram presos ou caíram em desgraça.
  • Finalmente, vários dos principais auxiliares do atual Presidente norte-americano estão sendo processados atualmente por corrupção.
Corrupção existe em todos os lugares. A diferença é que nos países mais desenvolvidos, quando os corruptos são identificados, as punições são sempre exemplares. E essa ainda não é a realidade no Brasil. Há sinais que as coisas estão mudando, mas ainda estamos longe do ideal. E os problemas aqui ainda são muitos: lentidão e burocracia do Judiciário, leis confusas e ineficientes e assim por diante.

Agora, há ainda outro problema, esse sim próprio da sociedade brasileira, que é uma certa tolerância com pequenas transgressões. Por exemplo, é tolerado dar dinheiro para o policial livrar a pessoa de uma multa ou contratar um despachante para “agilizar” a emissão de um documento. Como também é tolerado comprar filmes piratas.

E essa aceitação do que parecem ser pequenos pecados acaba colaborando para normalizar a ideia da corrupção e torna muito mais difícil combatê-la. E isso corrói o tecido social e gera impunidade. Não é por acaso, portanto, que a campanha de maior sucesso contra o crime de que se tem notícia, desenvolvida em Nova Iorque, nas décadas de 80 e 90 do século passado, teve como slogan a “tolerância zero”.

O ensinamento da Bíblia
A Bíblia ensina que somos todos igualmente pecadores. Ninguém é perfeito, pois existe em cada ser humano a tendência para o mal. As pessoas precisam ser ensinadas e incentivadas a se comportar corretamente.

Ela também ensina que as pessoas precisam tomar consciência desse problema. Afinal, para Deus, não há pecados maiores e menores. Qualquer transgressão, por menor que seja, causa mal. Afasta o pecador de Deus, que é santo e não suporta o pecado.

E aí reside nosso problema específico no Brasil: essa consciência falta à maior parte do povo brasileiro. Vem daí, por exemplo, a excessiva tolerância com as pequenas corrupções. A convivência pacífica com as mentiras. A aceitação da hipocrisia e outras coisas mais.

E quem tenta alertar o povo brasileiro sobre esse problema costuma ser taxado pela mídia de moralista, intolerante, etc. Em outras palavras, a sociedade passa a desacreditar quem se insurge contra a situação errada pois não quer mudar de fato, não quer deixar de lado seus “pecados de estimação”.

Na verdade, está faltando cristianismo na sociedade brasileira. Os cristãos não são, na sua essência, melhores do que ninguém. Sua única vantagem é terem consciência dos próprios pecados e da sua fraqueza. E lutam contra suas falhas continuamente com a ajuda do Espírito Santo. Não se entregam a elas, achando que está tudo bem. 

Ora, os cristãos foram chamados por Jesus para serem como o “fermento” da "massa" da sociedade onde vivem. Precisam “contaminar” positivamente a sociedade com essas ideias e provocar uma mudança de dentro para fora. 

E não há dúvida que tem faltado “fermento” cristão no Brasil. A maioria dos nossos líderes religiosos são tímidos nas suas posições. E muitos daqueles que tem coragem de falar defendem teses tão descabeladas que acabam mais atrapalhando do que ajudando. E há outros que fazem ainda pior, dando mal exemplo, fazendo com que os cristãos sejam vistos, de forma geral, como não confiáveis e hipócritas.

Há um vazio a ser preenchido. Pena dizer isso, mas é a verdade. Precisamos de mais cristianismo na nossa sociedade. Mas isso somente será conseguido com líderes verdadeiros que “contaminem” nossa sociedade com as ideias ensinadas por Jesus. 

Gente como o pastor John Wesley, que mudou a sociedade inglesa no final do século XVIII, gerando um verdadeiro reavivamento naquele país. Ou mais recentemente, o pastor Martin Luther King, que combateu o racismo nos Estados Unidos. Ou ainda, Nelson Mandela, que liderou a cicatrização de feridas na África do Sul, depois de séculos de discriminação racial.

Todos eles foram homens comprometidos com as causas cristãs. Agiram como “fermento” que mudou para sempre a “massa” da sua sociedade. E é isso que precisamos ver acontecer em nosso país. 

Que Deus olhe para nosso país, tenha misericórdia de nós e promova um despertar na nossa sociedade, liderado por pessoas verdadeiramente escolhidas por Ele.

Com carinho

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