sexta-feira, 7 de novembro de 2014

PROVA ARQUEOLÓGICA DA EXISTÊNCIA DE DAVI

Cerca de 25 anos atrás, havia uma grande discussão histórica: será que o rei Davi realmente existiu mesmo ou não passa de uma figura mitológica? 

Para nós, cristãos, que acreditamos no testemunho da Bíblia, essa dúvida nunca existiu. Davi é uma figura fundamental da história de Israel.

Mas o fato é que não havia nenhum artefato arqueológico que provasse a existência de Davi. Somente textos, como a Bíblia ou escritos dos rabinos judeus, faziam referência a ele. Ora, alguns historiadores e arqueólogos, que passaram a ser conhecidos como minimalistas, lançaram dúvidas sobre a existência de Davi. Para eles, esse homem não passa de um mito - uma figura de fantasia criada pela cultura judaica que estava em busca de um herói que inspirasse as pessoas. 

O debate continuou durante muito tempo e muita gente deu atenção aos minimalistas. Muitos cristãos se sentiam confusos, achando que havia aí um grande problema com o relato bíblico. Até que foi encontrada uma inscrição, numa escavação arqueológica no local de Tel Dan, fazendo referência à "casa (dinastia) de Davi", que reinava sobre Judá à época. A inscrição foi feita em 830 AC, cerca de 150 anos depois do reinado de Davi - a parte realçada na foto abaixo é onde é feita essa referência. 


Ora, o costume daquela época era que cada dinastia fosse referenciada pelo nome do seu fundador. E a dinastia que reinava sobre Judá, a parte sul do reino de Israel (depois que ele se dividiu), descendia de Davi. Além disso, como a inscrição data de apenas 150 anos depois do reinado de Davi, não haveria tempo hábil para um mito ser criado - os estudos mostram que a criação de mitos leva várias centenas de anos. Portanto, essa inscrição é uma prova real da existência do homem Davi - confirma exatamente aquilo que a Bíblia afirma. 

É claro que os minimalistas tentaram reagir, primeiro dizendo que a inscrição era forjada e depois questionando a tradução fazendo referência à "casa de Davi". Mas eles acabaram sendo desmentidos por outros especialistas e a veracidade da inscrição se sustentou. E, a partir daí, os minimalistas foram perdendo credibilidade e embora ainda resistam, gozam de pouca reputação hoje em dia. 

Os minimalistas cometeram um erro conhecido: tomaram a ausência de evidencias (provas) concretas como evidencia da ausência de alguma coisa (no caso, Davi). Esse tipo de erro lógico infelizmente é muito comum - tropeçamos nele a toda hora. Por exemplo, quando os ateus alegam que não encontram provas que Deus existe e, portanto, isso prova que Ele não existe, estão cometendo o mesmo tipo de erro.   
A inscrição encontrada em Tel Dan chamou recentemente a atenção da mídia pois é parte de uma grande exposição de artefatos arqueológicos que está sendo apresentada no Museu Metropolitano de Nova Iorque. Pena que não posso ir a Nova Iorque vê-la de perto. Se você for, não perca essa chance. 

Com carinho

3 comentários:

  1. Deus abençoe seu trabalho, e o direcione sempre para a verdade. Shalom

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  2. Sempre procurei um lugar para adorar a Deus em congregação onde me sentia bem, nessa busca conheci uma pessoa que se auto intitula Apóstolo, Conversamos muito e tudo o que ele falava estava de acordo com o que eu pensava sobre uma igreja, mas, de repente ele me veio com uma história de que Davi e Salomão não existiram, pirei, e mais,diz que os seguidores de Jesus são adoradores de baal pois o verdadeiro nome e o nome que deveríamos chama-lo é: Yaohushua. Vi muitas verdades em tudo o que ele falou mas infelizmente creio que ele esta se perdendo em suas convicções. Gostaria de um parecer seu.
    Grato. Shalom

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  3. Meu caro

    O problema com essas questões históricas aparece quando elas são espiritualizadas, ou seja são tomadas posições espirituais com base naquilo que se acredita ou se deixa de acreditar a respeito delas.

    Por exemplo, qual seria o problema se chamássemos Jesus pelo nome errado, dois mil anos depois do que Ele esteve no mundo, se vivemos hoje numa cultura totalmente diferente? Será que Ele deixaria de nos atender por causa disso?

    Duvido muito: nosso Deus é amoroso e misericordioso e certamente não vai levar em conta uma coisa dessa no relacionamento conosco.

    Portanto, discutir coisas como o nome correto de Jesus - eu mesmo tenho um post aqui sobre isso - são interessantes e nos permitem conhecer mais da história do nosso Salvador e dos seus primeiros seguidores. Mas seu impacto não pode levar alguém a dizer que alguém é adorador do demônio se faz isso ou aquilo.

    Concluindo, na minha opinião, não há qualquer sustentação bíblica para as posturas desse dito apóstolo. Penso que são distorções teológicas perigosas.

    Vinicius

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