sábado, 15 de outubro de 2016

A HISTÓRIA DA DINASTIA DO REI HERODES CONFIRMA A BÍBLIA

O rei Herodes foi aquele que mandou massacrar os recém-nascidos judeus, na cidade de Belém, para conseguir matar Jesus (Mateus capítulo 2, versículos 16 a 18). Por causa disso, ele passou para a história como homem perverso.

O que você talvez não saiba foi que esse rei, apelidado o Grande, iniciou uma dinastia que governou a Palestina por muitos anos. E três dos membros dessa dinastia são citados na Bíblia e como todos são chamados de Herodes (sobrenome da família) tem gente que confunde essas pessoas, achando que são uma só.

É interessante saber mais sobre essas figuras históricas pois nos dá condições de entender melhor os relatos da Bíblia e também permite mais uma vez confirmar que a Palavra de Deus fala sempre a verdade. 

Foi Herodes o Grande que reconstruiu o Templo de Jerusalém, que se tornou uma das maravilhas arquitetônicas da sua época. Construiu também a cidade de Cesareia Marítima, a fortaleza de Massada e diversas outras obras grandiosas. E daí veio o seu apelido, o Grande.

Ele governou a Palestina, como "Rei dos Judeus", desde o ano 40 Antes de Cristo, quando foi nomeado para esse cargo pelo Senado de Roma. Reinou como rei vassalo dos romanos até sua morte, no ano 4 Depois de Cristo. E procurou sempre agradar seus patrões, mantendo a ordem nos territórios a seu cargo e recolhendo do seu povo os impostos que os romanos exigiam.

Herodes o Grande não teve muito impacto na história de Jesus, pois morreu quando nosso Salvador tinha apenas dois ou três anos. Mas conseguiu atrapalhar a vida de Maria e José, que se viram forçados a fugir com a criança para o Egito, para escapar do decreto real, de onde só voltaram depois que Herodes morreu (Mateus capítulo 2, versículos 19 a 22).

Quando Herodes o Grande morreu, a Palestina foi dividida entre três filhos dele. Herodes Arquelau, o mais velho, recebeu a Judeia (incluindo a cidade de Jerusalém) e a Samaria, tendo reinado sobre esses territórios por 10 anos.

Foi deposto pelos romanos no ano 6 Depois de Cristo e acabou seus dias no exílio. A partir daí e durante um certo período, os romanos decidiram governar a Judeia e a Samaria diretamente e foi por isso que a sentença de morte de Jesus foi passada não por um rei vassalo e sim por um governador romano (Pôncio Pilatos).

Interessa também para o leitor da Bíblia o outro filho de Herodes o Grande, Antipas, que herdou do pai a Galileia (onde Jesus foi criado) e a Peréia (região na margem esquerda do rio Jordão), onde João Batista desenvolveu seu ministério.

Antipas foi quem mandou matar João Batista (Mateus capítulo 14, versículos 1 a 12) e interrogou Jesus, a pedido de Pilatos (Lucas capítulo 23, versículos 6 a 12), que usou a desculpa de estar Jesus debaixo da jurisdição de Herodes Antipas por ser morador da Galileia.

Herodes Antipas foi exilado no ano 39 Depois de Cristo, poucos anos depois da morte de Jesus. Foi sucedido por Agripa, filho de Aristóbulo e neto de Herodes o Grande. Como era muito amigo dos romanos (tinha sido criado em Roma), Agripa foi conseguindo aos poucos se apossar de vários territórios, como a Judeia (incluindo Jerusalém), praticamente restabelecendo o reino original do seu avô.

Agripa morreu no ano 44 Depois de Cristo. Sua morte impressionante é relatada na Bíblia, em Atos dos Apóstolos capítulo 12, versículos 19 a 23:

E, quando Herodes o procurou e o não achou, feita inquirição aos guardas, mandou-os justiçar. E, partindo da Judeia para Cesareia, ficou ali. E ele estava irritado com os de Tiro e de Sidom; mas estes, vindo de comum acordo ter com ele, e obtendo a amizade de Blasto, que era o camarista do rei, pediam paz; porquanto o seu país se abastecia do país do rei. E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez uma prática. E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem. E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou.
Muitos historiadores falam que a Bíblia não é verdadeira por conter relatos como esse, que parecem ser meio forçados. Acontece que a morte de Herodes Agripa também é contada pelo historiador judeu Flavius Josephus. Veja o que ele disse:
Então, quando Agripa tinha reinado durante três anos sobre toda a Judéia, veio à cidade de Cesaréia... e ali ele apresentou espetáculos em honra a César [o Imperador Romano]... Uma grande multidão de pessoas importantes tinha-se reunido... No segundo dia dos espetáculos, ele vestiu um traje feito totalmente de prata... e veio para o teatro de manhã cedo. A prata de seu traje sendo iluminada pelo reflexo dos raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente e ficou tão resplendente que espalhou horror entre aqueles que olhavam firmemente para ele. E no momento seus bajuladores gritaram... que ele era um deus... Quanto a isto o rei não os repreendeu, nem rejeitou sua ímpia bajulação... Uma dor severa também apareceu no seu abdome e começou de maneira muito violenta... ele foi carregado para dentro do palácio e o rumor espalhou-se por toda parte, que ele certamente morreria dentro de pouco tempo... E quando ele tinha se esgotado muito pela dor no seu abdome, durante cinco dias, ele partiu desta vida. Antiguidades, XIX, 7.2
Vemos aí mais uma vez a Bíblia ser confirmada historicamente.

Com carinho

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