terça-feira, 3 de março de 2015

OS ÚLTIMOS TRÊS MINUTOS DA VIDA

Certo vez vi o vídeo onde um homem conta a história do que aconteceu com ele durante os três minutos anteriores a um pouso forçado do avião onde viajava, quando tinha certeza que ia morrer. Ele aproveitou esse curto período de tempo para fazer uma avaliação da sua vida e chegou a diversas conclusões interessantes que conta no vídeo.

Experiências de grande tensão, de quase morte, costumam ter esse tipo de impacto nas pessoas. É quando elas costumam perceber, muitas vezes pela primeira vez, o quanto a vida é frágil e passageira. E conseguem entender de fato o que importa na vida.

O grande escritor argentino Jorge Luis Borges, num poema que escreveu no final da sua vida, lamentou ter carregado consigo tantas vezes um guarda-chuva para usar caso chovesse. Em outras palavras, Borges lamentou não ter corrido mais riscos na vida, não ter vivido de forma mais leve. 

Há um exercício simples que você pode fazer: marque três minutos do seu tempo, imaginando que está vivendo seus momentos finais, e procure avaliar o que fez de sua vida. O que fez de certo e de errado. Os resultados que obteve. Talvez você se surpreenda com as próprias conclusões.

Fiz esse exercício certa vez e me surpreendi comigo mesmo. Saí daquela experiência com três conclusões que gostaria de compartilhar com você. Talvez possam lhe ser úteis, como têm sido para mim:

A primeira é: não perca tempo com bobagens, especialmente quando se tratar da relação com as pessoas que ama. Não dê muita importância a eventuais palavras infelizes ditas por elas aqui ou ali, aos ciúmes bobos e outras coisas desse tipo. O tempo passa depressa e é preciso aproveitá-lo bem.

A segunda conclusão é: não adie as coisas importantes. Lembro da experiência vivida por certo pastor, quando foi visitar um homem doente no hospital para falar sobre Jesus - isso está contado no livro intitulado “O cristão ateu”A conversa correu muito bem, mas ficou restrita a assuntos sociais - não se falou sobre Jesus. Depois que saiu do hospital, percebendo seu erro, o pastor decidiu voltar no dia seguinte para concluir sua missão. Quando voltou ao hospital, ficou sabendo que o doente tinha morrido na noite anterior. Aquele pastor teve sua chance - fazer a diferença na vida espiritual do homem doente - e a desperdiçou. Vai ter que carregar esse arrependimento pelo resto da vida. 

Muitas vezes deixamos de dizer para pessoas queridas que as amamos por falta de tempo, desatenção ou qualquer outro motivo bobo. Deixamos de nos reconciliar com porque ficamos esperando que a outra pessoa dê o primeiro passo. Não falamos sobre Jesus com quem precisa porque ficamos com vergonha de sermos mal compreendidos. E assim por diante.

As oportunidades precisam plenamente aproveitadas. Quando não se faz isso, o arrependimento é certo e muitas vezes já não haverá tempo para consertar as coisas.

Finalmente, é preciso estabelecer as prioridades certas. O mundo moderno passou a valorizar as pessoas pelo que elas têm e não pelos que são de fato - um grande erro. De acordo com esse tipo de padrão, Jesus foi um homem fracassado: morreu pobre, sem glória e teve morte vergonhosa, reservada aos piores criminosos. E, na prática, ninguém teve tanto impacto na história do mundo. 

Ao priorizar as coisas materiais sobre todas as demais, a sociedade leva as pessoas a escolher prioridades erradas. A valorizar o que não deveria ter tanta importância assim. O fundamental não é o que a pessoa tem, a posição social que ocupa ou o valor que os outros lhe atribuem e sim quem ela é de fato. Se ama o próximo, faz algo para minorar o sofrimento de quem precisa, se ajuda o próximo a encontrar Jesus. É isso que dá sentido de fato à vida. 

Com carinho

2 comentários:

  1. Obrigada pela dica do exercício,vou tentar.Gostei bastante do blog,encontrei-o pesquisando sobre o "conhece-te a ti mesmo."

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    1. Realmente Deus tem caminhos que não entendemos. Ele trouxe você até o blog através de uma pesquisa que não deveria dar esse resultado. Só nos resta sempre dar Glórias a Ele.

      Volte sempre.

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