terça-feira, 7 de março de 2017

MULHERES MUITO CORAJOSAS

Há muitas histórias de mulheres corajosas, que arriscaram tudo por um ideal ou o por amor.

Como uma homenagem ao dia internacional da mulher, que comemoramos nesses dias, escolhi alguns exemplos admiráveis de mulheres, todos tirados da Bíblia.

Espero, com isso, dar minha colaboração para que essas seis mulheres tão corajosas - Tamar, Cifrá, Puá, Jael, Vasti e Ester - continuem a ser lembradas com o respeito e a admiração que merecem.

1) Tamar, aquela que tomou seu futuro nas mãos 
Gênesis capítulo 38 
Tamar rompeu com todas as convenções sociais para influir no seu próprio destino. E teve sucesso porque soube usar as leis e costumes da época em que viveu a seu favor - agiu de forma não só corajosa, como inteligente.

Ela se casou com Er, o primogênito de Judá, e ficou viúva antes de ter um filho. Pela lei do levirato, cabia ao parente mais próximo - o segundo filho de Judá, Onã - ter relações com ela, para gerar um descendente legítimo para o marido morto. 

Mas Onã não cumpriu com suas obrigações, pois não queria que Tamar gerasse um filho, o qual viria lhe tirar o direito da primogenitura. E Onã acabou punido por Deus por ter desobedecido a lei.

Judá, o chefe do clã, não soube do pecado de Onã e ficou pensando que havia uma maldição sobre Tamar - afinal, já era o segundo filho seu que morria após se relacionar com ela. E com medo de perder outro filho, Judá deu a desculpa que Selá era muito jovem e pediu a Tamar que esperasse. E deixou o assunto cair no esquecimento.

Judá, sem perceber o que tinha feito, condenou Tamar a uma vida terrível – sem filhos e estrangeira (era canaanita), nunca teria um lugar de direito no clã e passaria a viver como uma morta-viva. 

Tamar não se conformou com essa situação e resolveu agir por conta própria. Sabendo que Judá iria viajar, disfarçou-se de prostituta e colocou-se à beira da estrada. Judá a viu, a desejou e manteve relação sexual com ela. E como não tinha dinheiro para pagar, deixou-lhe seu selo, cordão e cajado como penhores da dívida. Mais tarde, tentou fazer o pagamento e recuperar seus penhores, mas ninguém conseguiu encontrar a tal “prostituta”. 

Tempos depois, Tamar apareceu grávida e quando as pessoas do clã descobriram, levaram-na à presença de Judá para que fosse castigada (a pena era a morte na fogueira). Aí ela mostrou para Judá os penhores que tinha guardado, deixando claro que ele mesmo era o pai das crianças (gêmeos). Judá reconheceu seu erro, reconheceu os filhos com Tamar e o mais novo deles, Perez, acabou entrando na linhagem de Jesus.

2) As parteiras que desobedeceram o faraó 
Êxodo capítulo 1, versículos 15 a 22
O faraó do Egito foi avisado pelos seus astrólogos que haveria de nascer um libertador para tirar o povo de Israel da escravidão. Para prevenir que isso acontecesse, faraó deu ordem a duas parteiras - Cifrá e Puá - que matassem todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino. 

Essas mulheres, arriscando a própria vida, desobedeceram ao faraó e salvaram os bebês, dentre eles Moisés, que viria ser o libertador do povo.

3) Jael, que matou o general cananeu 
Juízes capítulo 4, versículos 17 a 24 
Essa história se passou no tempo dos juízes, depois da volta de Israel à Terra Prometida (Canaã). Em dado momento, houve uma invasão dos canaanitas, comandados pelo terrível general Sísera. Nessa oportunidade, a profetisa Débora trouxe a mensagem de Deus que o povo seria salvo pelas mãos de uma mulher. E foi isso que aconteceu.

Os israelitas venceram uma batalha contra Sísera e o general foi obrigado a fugir à pé. Seu objetivo era reagrupar suas forças, conseguir novos soldados e voltar a atacar. Ou seja, mesmo depois da derrota, o perigo para Israel continuava, pois Sísera era um general muito poderoso.

Durante sua fuga, o general acabou entrando na tenda de Jael, mulher de Héber, onde foi convidado ficar e descansar. E cansado, acabou adormecendo.

Jael aproveitou-se desse descuido para matá-lo, no que demonstrou grande coragem, pois qualquer passo em falso e ela é quem teria sido morta.

4) Vasti, que se recusou a ser um simples objeto
Ester capítulo 1, versículos 10 a 22 
A história de Vasti talvez surpreenda você, pois ela foi esquecida pela maioria dos estudiosos da Bíblia.

Vasti era a rainha de Assuero, rei da Pérsia, sendo mulher de grande beleza. Por isso, o rei gostava de exibi-la como a um troféu.

Certa feita, o rei deu uma grande festa, que durou sete dias - imaginem o que deve ter acontecido nesse evento. No último, embriagado, o rei ordenou que Vasti viesse a sua presença, usando sua coroa e vestes reais, para exibi-la aos convidados.

E ela, para espanto geral, recusou-se a desempenhar tal papel humilhante. Os conselheiros do rei pediram-lhe para punir Vasti de forma rigorosa, para que as mulheres do reino não seguissem o exemplo dela, rebelando-se contra seus maridos. E Vasti foi punida, perdendo sua posição rainha (pelo menos escapou com vida). 

A história de Vasti não terminou em sucesso, mas seu testemunho não deve ser esquecido: mulheres nunca devem permitir que seus homens a tratem como objetos. 

5) Ester, a salvadora do seu povo
Ester capítulos 4 e 7
A rainha que sucedeu a Vasti chamava-se Ester. Ela era israelita e foi escolhida por Assuero também por sua grande beleza. 

Certo dia, Ester ficou sabendo haver um complô para destruir o povo israelita que vivia exilado no meio dos persas. Tomou coragem, vestiu-se com as vestes reais e foi à presença do Rei, para desmascarar a trama.

Caso o rei não aceitasse bem sua atitude, poderia mandar matá-la, pois a rainha não podia tomar a iniciativa de ir até o rei - segundo a lei, tinha que aguardar ser chamada por ele.

E antes de ir até o rei, advertida do risco que corria, Ester pediu a seu povo que orasse e jejuasse com ela e declarou corajosamente: “Se perecer, pereci”. 

O rei desarmou o complô e o povo de Israel foi salvo. A coragem de Ester é comemorada até hoje pelos judeus na festa chamada Purim.

Com carinho

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