sábado, 23 de maio de 2020

EVANGELIZAR É UM ATO DE AMOR


Hoje vamos falar sobre a importância do ato de evangelizar. E isso não é uma escolha nossa, algo que podemos fazer ou deixar de fazer conforme nossa vontade e conveniência. A necessidade de evangelizar é um mandamento dado pelo próprio Jesus - veja o que diz Marcos capítulo 16, versículo 15:
Indo por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura
O mandamento contido no versículo acima é conhecido (no jargão teológico) como a Grande Comissão. Esse mandamento é simples: temos obrigação de falar sobre o Evangelho de Cristo para pessoas não convertidas com as quais viermos a encontrar. 

A Grande Comissão é extremamente importante, mas, infelizmente, poucas pessoas se empenham de fato em obedecê-la. E o pior é que as pessoas ficam encontrando desculpas para si mesmas, tentando justificar o que deixam de fazer e acalmar suas consciências. Vejamos o que está por trás dessas situações:

1. Preservação da própria imagem 
Há cristãos que se sentem constrangidos por precisar falar sobre o Evangelho com quem não for convertido, pois têm medo de sofrer críticas e/ou serem rejeitados por quem vierem a abordar. Em outras palavras, esses cristãos querem preservar sua imagem e não serem vistos como fanáticos, incômodos ou outras coisa assim.

Cristãos com esse comportamento frequentemente acabam por se auto-enganar, alegando, por exemplo, não ter tempo para falar do Evangelho. Há até quem crie desculpas mais sofisticadas, alegando que não falam diretamente sobre Jesus, mas usam estratégias alternativas para evangelizar. 

Tempos atrás, durante uma aula de Escola Bíblica Dominical, uma senhora alegou que preferia falar do Evangelho usando seu próprio exemplo de vida pessoal como referencia. E fez essa declaração mostrando-se muito satisfeita consigo mesma. Ora, essa atitude não é bíblica - nenhum dos apóstolos fez isso. 

É claro que o testemunho das vidas dos cristãos é importante, pois comprova o impacto do Evangelho na vida deles, depois de se converterem. Mas, o foco da mensagem precisa ser sempre a figura Jesus e apenas o testemunho da própria vida não consegue fazer isso. Afinal, mesmo as pessoas mais avançadas espiritualmente são referencias imperfeitas, pois elas também pecam, menos que as outras pessoas, mas ainda assim estão longe de serem perfeitas. A única referencia perfeita é o próprio Jesus.

Quem faz atua assim, na verdade tem vergonha de falar do Evangelho, pois quer se preservar de críticas ou incompreensões. Só isso.

2. Falta de conhecimento 
Muita gente alega ter falta de conhecimento da Bíblia para dizer aquilo que é necessário sobre Jesus, inclusive para rebater os argumentos contrários ao Evangelho. 

Essa justificativa é até razoável no início da vida espiritual de uma pessoa, nos primeiros tempos após sua conversão, quando ela ainda está sendo discipulada e aprendendo coisas básicas do cristianismo. Foi isso que aconteceu com o apóstolo Paulo, por exemplo, já que, após sua conversão, ele ficou três anos se preparando, antes de começar seu ministério de pregação do Evangelho. 

Agora, é comum encontrar cristãos com muitos anos de vida espiritual ainda usando essa mesma desculpa - conheço vários casos assim. E é claro que há algo errado aí. Na verdade, falta a essas pessoas dedicação e compromisso para se preparar para obedecer à Grande Comissão, estudando as doutrinas básicas do cristianismo. Preferem continuar a viver sua vida espiritual de forma passiva, só recebendo e não se preocupando em dar algo de si para os outros. 

3. Necessidade de encontrar o momento certo 
Tem gente que se justifica dizendo ser difícil encontrar o momento certo para falar do Evangelho. Alegam, por exemplo, que não podem fazer isso no trabalho, pois ali não seria lugar para falar sobre Jesus. Quando estão com convivendo secamente com amigos, não querem incomodar, falando sobre salvação ou pecado. E em família, os assuntos são outros e a chance de falar sobre Jesus parece nunca aparecer. O momento certo de evangelizar nunca chega, pois sempre há algo no caminho.

Na minha experiência, quando a pessoa decide mesmo se tornar disponível para falar sobre Jesus, a oportunidade sempre acaba aparecendo, pois quem cidade de gerar as oportunidades certas é o Espírito Santo. Às vezes, entro num táxi e começo a jogar conversa fora com o motorista e, quando me dou conta, o assunto já é Jesus. E o motorista está me fazendo perguntas sobre o Evangelho. O mesmo acontece quando vou numa festa familiar ou estou com amigos. É como se houvesse uma força invisível que puxa a conversa para esse lado e coloca Jesus como o centro das atenções. 

A evangelização como ato de amor
Evangelizar é um mandamento, não há dúvida quanto a isso. E, além da obediência, uma outra razão importante para fazer isso: trata-se de um ato de amor ao próximo.

Eu me explico. O Evangelho é a coisa mais preciosa que existe para qualquer ser humano - é como um tesouro que encontramos ao longo da vida. Ora, se o Evangelho é tão precioso assim, você deve ter vontade de reparti-lo com quem ama. Falar do Evangelho, portanto, é um ato de amor. 

Não fique encontrando desculpas para acalmar sua consciência por não falar sobre o Evangelho e assuma um compromisso de vida real com a Grande Comissão. Não tenha vergonha e nem preguiça de falar sobre Jesus, sempre que for possível. E saiba que você acabará por fazer grande diferença na vida de muitas pessoas.

Com carinho

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