segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O RENO DE DEUS: JÁ, MAS AINDA NÃO

O ministério de Jesus na terra não durou muito: Cerca de 3 anos apenas. E nesse curto espaço de tempo Ele ensinou muita coisa, mas, naturalmente, concentrou sua atenção em alguns poucos temas, digamos assim, suas prioridades. 

E como foram prioridades para Jesus, esses mesmos temas deveriam despertar grande interesse para o povo cristão. As prioridades de Jesus também deveriam ser as nossas. 

Mas, é perturbador, para dizer o mínimo, perceber que boa parte dos(as) seguidores(as) de Jesus costuma eleger prioridades bem diferentes das d´Ele. E para comprovar isso, basta analisar os pecados mais criticados por Jesus (hipocrisia, falta de amor a Deus e ao próximo e falta de compromisso com a obra de Deus) e comparar essa lista com com os pecados mais enfatizados pelas igrejas cristãs hoje (os de natureza sexual). São preocupações bem diferentes.

Outro exemplo interessante é pode ser encontrado quando lembramos que Jesus mandou seus seguidores darem do seu tempo, do seu dinheiro e do seu amor, sem esperar receber nada em troca. Hoje em dia, uma das linhas teológicas mais populares é a chamada "Teologia da Prosperidade", que incentiva as pessoas a “investirem” em Deus, doando para sua obra (igrejas) e contando em receber retribuição na forma de prosperidade (bênçãos). 

Se você quer ser um(a) bom(oa) cristão(ã) precisa fazer diferente: Precisa alinhar suas prioridades com as de Jesus. Simples assim. 

E talvez o melhor lugar para começar é priorizando o crescimento do Reino de Deus na terra. Afinal, o Reino de Deus talvez tenha sido o tema mais frequente no discurso de Jesus, conforme o relato dos Evangelhos.

O que é o Reino de Deus
A palavra "reino" indica certo território que tem um governante chamado rei(rainha). Ali, esse(a) governante manda e sua vontade é lei. E todo mundo obedece. 

Assim também é com o Reino de Deus: Trata-se do local onde a vontade de Deus é obedecida. E isso fica muito claro numa frase da oração do "Pai Nosso": "Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu..." (Mateus capítulo 6, versículo 10).

Ora, essa preocupação de Jesus tinha uma razão muito evidente: A vontade de Deus é muito pouco feita no mundo. Se fosse diferente, não existiria tanta pobreza, violência, injustiça, etc. E isso precisa mudar.

Por isso Jesus passou bom tempo ensinando seus seguidores(as) a priorizarem as ações que contribuíssem para a chegada e o crescimento do Reino de Deus, aqui e agora. 

Jesus nos lembrou também que o Reino é como a semente de uma grande árvore: É pequena, no início, mas cresce até poder dar sombra e fornecer frutos em abundância (Mateus capítulo 13, versículos 31 e 32). A obra de Deus começa pequena, aparentemente frágil, mas cresce de forma inesperada e gera resultados que surpreendem. 

Tanto é assim, que o cristianismo começou com um grupo de apenas 50 pessoas, 2.000 atrás. E hoje são quase 2,6 bilhões de pessoas que seguem Jesus, de uma forma ou de outra. 

Certamente, nenhuma daquelas 50 pessoas, tímidas e preocupadas com a própria vida (afinal, seu líder tinha sido crucificado), que aparecem no relato do livro de Atos dos Apóstolos, onde é contado o início da vida da igreja cristã, imaginou que suas ações gerariam tantos frutos, que o resultado seria tão espetacular.

Já, mas ainda não
Agora, o Reino de Deus tem uma característica interessante. Ele chegou, quando Jesus veio ao mundo, e continua presente, através do trabalho do Espírito Santo. A Bíblia é clara a esse respeito. 

Mas, somente estará completo no final dos tempos, quando a vontade de Deus será feita em todos os lugares e por todas as pessoas. Quando tudo e todos(as) se renderem à soberania de Deus.

Assim, vivemos num período que pode ser considerado como “já, mas ainda não”. O Reino JÁ chegou, mas AINDA NÃO está presente na sua plenitude, o que somente irá acontecer depois da segunda vinda de Jesus. 

E é exatamente na fronteira entre o "já" e o "ainda não" que o(a) cristão(ã) precisa aprender a viver. 

Com carinho

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